Oportunidade de mudar de vida...

local: L'atelier de Joel Robuchon | fonte: alifewortheathing.com
Até parece impossível!!! Vem directamente relacionado com o último post que deixei no blog e não foi de propósito!!! Digo isto afincadamente pois não quero que desconfiem de mim!!! Mas... E se de repente, do nada, de um momento para o outro virasse o meu percurso profissional 180º graus e ficasse a tomar conta do minimercado/charcutaria da esquina?!?!
Parece impossível, mas andei o dia inteiro a pensar nisto... estou completamente derreado a ponderar prós e contras da situação! Se seria uma boa opção de carreira??? Seria talvez a altura ideal ou não para me meter num negócio destes?... E quanto mais penso, menos certezas consigo racionalizar...
É um facto que ando com falta de trabalho, e pior... com falta de vontade de fazer o pouco trabalho que tenho - indicação directa de pouca motivação profissional... E é um facto também que sou um apaixonado por comida e sempre tive o distante sonho de ter um estabelecimento de vendesse produtos de cariz gastronómico, tradicional, regional e portugues! E que tivesse uma zona de cafetaria e de petiscos... como havia antigamente, lembram-se? Só sei  que deixou de existir... e não sei bem porquê? Pois imagino que voltará a ser moda, o fim das grande superfícies... e a vitória dos produtos realmente bons, tradicionais e de confiança, entregues com paixão e amor, directamente na mão, ao cliente e vizinho.
Sim, é possível porque o Sôr João vai reformar-se... E eis que a oportunidade bate á porta! Não é o espaço mais glamoroso, nem a melhor localização... aliás, até é terrível pois trata-se de uma cave num bairro manhoso num alto ventoso dos arredores do estádio nacional, mas é um possível início... seria uma viragem, uma opção e quem sabe se não será a "última oportunidade"!?!?

Serei eu uma pessoa interessante?

autor: desconhecido | fonte: itscarols.tumblr.com
Há uns dias deu-me esta pancada, e comecei a pensar se seria uma pessoa interessante... ou pelo menos interessante o suficiente para estar no patamar onde gostava de estar e de me sentir. Comecei a pensar nisso, um dia a caminho de casa pelo fim de tarde, talvez um pouco nostálgico admito, mas mesmo assim fiquei um pouco perturbado...
Se começar a ponderar sobre isso, realmente acho que nada de relevo acontece no meu dia-a-dia que mereça ser partilhado e ouvido... acho que deixei de ter assunto para falar com os outros, pois nos últimos meses reduzi a minha existência a um circuito muito limitado, que gira em torno de casa-ginásio-trabalho-casa e que pouco impacto e interacção tem com o mundo social.
No entanto, quando estou em festas ou em jantares de amigos ou conhecidos acho que partilho uma conversa agradável, mas penso que devo começar a ser um pouco repetitivo e acabar por usar os mesmos assuntos... logo um "chato".
Admito, é paranóia!!! Mas também sinto ser reflexo de andar a fazer trabalhos em part-time e sem continuidade, naquilo que até adoro fazer, mas o que me faz sentir pouco produtivo e sem sentido de realização profissional.
Acredito que era mesmo isso que precisava... sentir realizado profissionalmente, com o respeito dos outros, conta bancária normalizada e sem dívidas!
Creio que ficaria mais confiante... talvez mais interessante!?

O sentimento (falta) de liberdade.

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Encontra-se escrito numa das paredes do mítico Quartel do Carmo em Lisboa, em homenagem ao acto militar apoiado pela população nacional no dia 25 de abril de 74. É um poema lindo da Sophia a mais contemporânea das nossas grandes poetas com um excelente sentido de visualização clarificadora das coisas.
Mas não! Não vou começar agora a falar de poesia, que até é coisa que nem aprecio, nem das histórias da revolução, que para mim são importantes por ter passado serões longos a ouvi-las através de amigos e familiares directos...
Mas na segunda fiquei a pensar nisto... neste movimento que aspirava a uma revolução social, mas que colocou aqueles que não sabiam a governar nas rédeas de um país sequioso de comandantes... passam 37 anos e deixaram isto num estado... para o qual não tenho palavras...
Agora, as palavras dela deixam de fazer sentido, volta tudo literalmente ao princípio, pois com o aperto da comunidade "europeia" e a imposição do infame FMI terei de assistir ao estrangular de toda uma geração... a Minha Geração!!!
Virão, com certeza, alguns dizer que sou sempre pessimista, e eu pergunto se nesta altura conseguirá alguém ver as coisas de modo diferente?
Definitivamente, esta "não é a madrugada que eu esperava!"

Apartamento de solteiro... parte 0.1

autor: hugo

Já por várias vezes tive algum tipo de complexo com o meu apartamento... ou por ser pequeno, ou por estar situado num bairro estranho e sempre por estar virado a norte com tudo o que isso implica! Lembrei-me de falar nisso agora e rápidamente supus que haveria bastante para falar - daí a menção à "parte 0.1"... creio que em post próximos haverá muito mais!!!
Acho que já devo estar neste apartamento há bem mais de dois anos... só agora me lembrei que colocar uns quadros na parede. Ainda por cima, não aproveitei uns furos já existentes, pois só os queria ver num certo sítio... coisas à arquitecto! Assim, continuam alguns furos, soltos pelas paredes do apartamento, como que testemunhos de vivências anteriores. Ás vezes fico a olhar para eles e a pensar para que serviriam... se seriam quadros ou talvez prateleiras! Talvez isso, e o que teriam lá colocado? Será que tinham livros... Que livros seriam?...
Bem, estes quadros são bastante pessoais, pois são fotografias do início do século XX e retratam a praça em frente ao Mosteiro de Alcobaça, que é a minha terra natal e onde passei a minha juventude. Foram montados pelo meu falecido Pai e andaram sempre nas paredes de todas as casas onde já morei.
Fui a Alcobaça neste fim-de-semana da Páscoa almoçar com a família, comi bem, apanhei a bebedeira do costume, vi amigos e conhecidos que não via hà muito tempo... e decidi trazer o Livro! "O Pêndulo de Foucault" do genial Eco.
E sim! Vai ser desta vez que o irei acabar de ler, devorando as suas quinhentas e cinquenta e cinco impetuosas páginas.
No entanto, agora tenho que ir arranjar umas mesas de cabeceira...

Receio da Intimidade... e o seu fim.

Sempre tive um problema com a intimidade. Pronto!!!, está assumido...
Custa dizer, mas creio ser assunto cuja importancia é tal que merece a sua referência, se não o fizesse, então para quê ter iniciado o próprio blog!
Não estou só a falar só da intimidade de relacionamento com outros (outras...) e o modo de conviver ou a partilha de segredos mais importantes ou fantasias... não, estou também a falar do contacto directo e da simples intimidade física!!!
Desde muito novo que sempre tive algum tipo de desconforto com o meu próprio ser, sendo que nunca me consegui entender a mim mesmo. Sentia-o, e tendo a noção disso, projectava sempre a sua origem numa espécie de incompreensão social, que ainda acredito ser um pouco verdade, mas apenas por ter a consciencia que não partilho dos gostos comerciais e designados por "main stream". E, de alguma maneira, tento sempre interrogar sobre o status quo, e o porquê de este não ser diferente, talvez me considere um pensador.
Mas o dilema não residia aí, mas sim no meu próprio corpo! Eu próprio não me aceitava com o corpo que tinha e em especial o peso a mais... e agora tenho a perfeita noção disso. Esta condição, restringindo a auto-confiança, era forte impedimento à criação de amizades mais próximas e relacionamentos sexuais, que pudessem levar a relacionamentos mais sérios...
Chego agora a esta conclusão, como é óbvio, porque emagreci bastante e neste momento começo a reencontrar-me comigo mesmo, não estando ainda satisfeito, pois a perfeição é "difícil" de atingir... mas creio estar num melhor patamar.
Agora sim, mais confiante, mais disposto para... não queria correr o risco de dizer "mais feliz", mas definitivamente menos preocupado...

O Elogio e os Homens...

Não sei como receber um elogio! Apesar de ter vindo a melhorar um pouco, acho que nunca soube como o fazer e fico sempre um bocado embaraçado com a situação... Nunca sei se hei-de agradecer, acho que acabo sempre por explicar o "porquê" ou então desviar imediatamente a conversa noutro sentido.
Serei só eu, ou será uma particularidade dos Homens? Pensando bem, acho que só deve ser característica daqueles que são, ou pelos menos tentam ser, humildes. Pois conheço alguns que se não tiverem um elogio por dia, adoeçem...
Bem, explicando: Fui almoçar com um casal amigo, e após ter comentado que uma amiga está mais magra de cara, o elogio foi retribuido. Apesar de no fundo saber que é verdade, nunca consigo reagir bem... e imediatamente fico um pouco embaraçado, não sei porquê!!! Parece que me estão a acusar de alguma coisa...
Acho que a sociedade tornou-se bastante hipócrita e é normal oferecer elogios como quem manda beijos, e muitas vezes apenas para ter conversa... isso não é bom, pois vai-se tornando banal, por vezes fútil...
Depois quando isso me acontece através de pessoas que considero amigas e sabendo que o elogio é sincero, acho que o inconsciente deve ligar o "piloto automático" e chuta para canto...
Também... ás vezes tenho cada "pancada"!!!

Se a vida fosse como um Palimpsesto...

Aquando do inicio desta empresa que me levou à criação e manutenção deste blog, acho que acreditei ingenuamente que a atitude de escrever aqui o que me vai acontecendo e as coisas que me têm atormentado, levaria a uma melhoria... uma alteração de modo de vida e consequentemente uma ascenção a um patamar "superior", mais elevado, talvez mais pacífico, comigo próprio.
Sim..., digo ingenuamente pois creio ser inteligente o suficiente para saber que a vida não é bem como um palimpsesto que possa ser apagado e reutilizado para escrever uma nova história... ou antes, um melhor futuro!!!
Parece que o passado, com todo o historial de erros, falhas, lacunas, ofensas e maus hábitos, é como aquelas bolinhas pequeninas que se libertam de arbustos secos e que se "agarram" à roupa e tornam-se quase impossíveis de retirar, eliminar ou deixar para trás...
Preciso mesmo de mudar, de uma "metamorfose" espontânea... pois creio que ando tão preocupado com isso, tão compenetrado a tentar fazer qualquer coisas, que creio ter perdido a espontaneidade de simplesmente "deixar acontecer", e que provavelmente seria o melhor que me poderia acontecer. Talvez o sentimento mais libertador!!!

Autocomiseração

obviousmag - Hotel Grace Santorini
Queria estar longe, bem longe... num lugar diferente, que me fosse estranho e que me despertasse a curiosidade e a fantasia. Andar por lá incógnito, apenas deambular por ruas e vielas, praias e falésias...
Podia ser aqui na ilha de Santorini no sul da Grécia!
Estou farto que ficar enclausurado neste meu auto exílio! Começo a desconfiar que esta estúpida atitude se vá tornando num hábito recorrente e catalizador de uma espiral de um negativismo com leves toques depressivos.
Tenho pena de mim mesmo...
É incrível como consigo arranjar inúmeras desculpas, na maioria das vezes completamente imbecis, para me impedir de usufruir da vida e apenas ir!!!
Se não for por causa do tempo, é por causa da distância... se não for por causa da falta de companhia, é por causa de não ligar a ninguém a convidar... se não for por causa do dinheiro, é normalmente por falta dele.
Precisava de ter alguém para me "lançar" um desafio, alguém, por quem (eu) fosse para aqui e para ali, sem pensamento ou remorsos, dúvidas ou incertezas.
Precisava de alguém que fizesse sobressair todo o potencial, que desse luta, puxasse e me desafiasse, que fizesse de mim um homem melhor... pois eu estou com dificuldades!
Vou correr para a marginal... apanhar um bocado de sol!!! Acho que vou com a imagem da piscina panorâmica do Hotel Grace Santorini na mente.

"il nome della rosa"

E na noite que se seguiu ao furtuito e inesperado encontro sexual, entre Adso (o protegido) e uma jovem e pobre aldeã, o ingénuo Adso questiona William de Baskerville (o mestre) sobre o amor:
Adso - "Mas São Tomás de Aquino não louva o amor, acima de todas as outras virtudes?"
Mestre - "Sim! O amor de Deus, Adso. O amor de Deus!"
Adso - "E o amor de... uma mulher?"
Mestre - "As escrituras são muito claras - A mulher toma posse da alma preciosa do homem - enquanto Eclesiastes nos diz - Mais amarga que a morte é a mulher."
Adso - "Sim, mas o que pensais, mestre?"
Mestre - "Acho difícil convencer-me que Deus tenha introduzido tamanha idiota na criação do mundo sem a dotar de algumas virtudes. Que pacífica seria a vida sem o amor, Adso. Que segura, que tranquila... e que enfadonha!"

Sim, vai mesmo ser desta...

Olha, agora é Estigmatismo... Não podia ser uma coisa simples, tipo miopia... não!!! tinha que ser "uma deficiência visual, causada pelo formato irregular da córnea, formando uma imagem em vários focos que se encontram em eixos variados"...chiça!!!
Depois ainda me dizem: "não é grave, mas é muito chato!" e uma pessoa fica sem saber o que deve fazer. Mas quando falamos da nossa saúde e quando fazem prognósticos de degradação futura, toca agora a arranjar umas lentes com 0,25 uma com eixo a 98 outra com 140... com um caneco!!! agora, vou passar a ser um "caixa de óculos"... rrrhhhh!!!!
Bem, isto tudo começou com umas dores de cabeça e um ardor constante nos olhos, e agora com a confirmação do diagnóstico fiquei a saber de uma curiosidade bastante interessante.
Desde novo que começei a usar óculos de sol da Oakley com lentes polarizadas, que são extremamente caros!!! Nunca percebi o porquê de me sentir tão bem com esse tipo de óculos, e ficava muito chateado que o pessoal (incluindo familia) dizia que era uma estupidez gastar tanto dinheiro com isso. O certo é que deixei de o fazer recentemente e andava agora com uns banais Carrera.
E é então a cara da optometrista que me diz que as pessoas com este tipo de estigmatisto têm bastantes melhorias - ou antes menos sofrimento - se usarem lentes de sol polarizadas.
Isto de ter - a maior parte das vezes - sempre razão é lixado!!!
Agora, além de umas lentes para trabalhar e ler ainda vou ter de arranjar novamente uns óculos de sol com lentes polarizadas.  Belo começo de verão...

De súbito, comecei a pensar em arranjar um...

Não sei o que me deu... será por causa do começo da primavera...? ou outra razão? talvez mais profunda, ou mais perturbadora...
Sim! Era mesmo um destes, igualzinho à foto... um weimaraner, ou "uma", pois aqui não há lugar a discriminação dos sexos.
Acho que foi no domingo, fui passear um bocado e comecei a pensar que era porreiro ter um cachorro e ir com ele correr e para a praia e essas coisa, e logo comecei a racionalizar - como sempre! - como seria ter o cachorro no apartamento. E se os vizinhos têm, porque não poderia eu ter, e quanto custa a comida... e depois o veterinário e quando for de férias... uufff!!!!
Já para não falar no preço, pois se quiser mesmo um destes, ainda novo e tiver de o comprara um criador: "larga a nota!".
Enfim, fiquei muito preocupado! Isto é um mau sintoma... inconscientemente, acho que já tinha pensado nisso, mas agora foi diferente. Talvez sentisse um desejo..., não!!! Mais uma vontade...sim, era isso!
Não queria acreditar, não queria mesmo chegar a este ponto... mas acho que devo estar mesmo com falta de afecto!!!
Não era suposto isto ser assim... era suposto tomar controlo disto. Fiquei triste.
(nota: para leitores assíduos, alterei a raça, pois na altura que escrevi o post não sabia o nome destes meninos... por isso, peço as minhas desculpas. Por curiosidade, no início era um lavrador castanho)

"And Death Shall Have No Dominion"

Estava ontem a rever o "Solaris" do Soderbergh, e novamente tremi com a referencia a este poema do Dylan Thomas. O homem era de certeza um génio perturbado... como é possível as palavras terem este poder, com tanta carga emotiva, conotação romantica e tal surrealismo!!!
Bem, seria certamente um génio, pois como a maioria fez os seus melhores trabalhos ainda na casa dos 20 anos e também como a maioria morreu de alcoolismo na casa dos 30.
No seu legado conseguiu ainda inspirar o jovem cantor Robert Zimmerman a mudar de nome para Bob Dylan - que homenagem!
Descobri agora este video, com a gravação voz original do próprio autor, do poema que sempre me deixa estarrecido. A montagem vídeo ainda torna a experiência mais impressionante, e definitivamente not for the faint of heart!
Isto fez-me lembrar uma coisa: tenho de ir fazer o I.R.S....

O factor "girlyness"...

Estava ontem a rever o "Atonement" e creio que descobri (acho que sempre soube, mas agora tenho a certeza) qual a característica física - que por vezes se torna traço de personalidade - comum a todas as mulheres que acho mesmo muito interessantes.
Vou dar alguns exemplos: a Keira Knightley (protagonista do filme), a Evageline Lilly (Kate no "Lost"), a Ellen Page (protagonista em "Juno"), a Scarlett Johansson (já sei: sou "previsível" certo?) e a minha musa a inesquecível Audrey Hepburn... ou mesmo a minha penúltima relação séria...
Vou-lhe chamar o factor "girlyness", e não! esperem... não estou a falar de "meninas" ou raparigas novas, estou a falar de mulheres, por vezes com um clássico charme inerente ao seu físico, mas que intrinsecamente emanam uma aura de menina, algo gentil, por vezes tímida e sempre misteriosa. Por isso, nem sei se considere um traço físico ou antes uma face da sua personalidade.
Cheguei a esta conclusão, quando estava a ver o filme e fui "transportado" para o final do ano passado, altura da última vez em que me interessei por alguém... era uma amiga de uns amigos próximos, e durante uns jantares com o pessoal, despertou em mim um interesse que até a mim me surpreendeu na altura.
E sim!!! Ele tinha, e creio que continua a ter, todas estas característica e outras, que não apraz aqui estar a descrever (talvez num próximo post...)
Será que estou apaixonado por um "tipo" um género? Ou será antes algo diferente... Serei eu um felizardo por saber aquilo que mexe realmente comigo, e assim ter um caminho iluminado para seguir?!?

"How to fight loneliness"...

Foi no fim de um episódio do "Dr. House"...esta musica foi perfeitamente escolhida, adoro aquela série!!! E no entanto, sempre que a oiço fico um pouco estranho... não sei porquê, a música (além do refrão) não diz nada de jeito!!! E assim, vou acreditar que é da melodia e da orquestração...
Nesse episódio foi definida uma certa atitude do "Dr." como "auto-exilio", e fiquei a pensar nisso. Comecei a contabilizar, em mente, as vezes que me cingi ao meu pequeno domínio (mais conhecido por casa) e evitei de uma maneira ou de outra não me esforçar por ir a algum lado. Quando penso nisso, imediatamente formulo a desculpa do dinheiro... e realmente tem sido um pouco difícil gerir a vida de modo a que esta seja confortável a esse nível, e creio que - pelo menos para os homens - não ter dinheiro é um factor bastante importante na diminuição da auto estima (já para não falar em falta de realização profissional).
Agora o meu dilema é perceber o porque? Será apenas uma desculpa estúpida criada por uma mente já meio enevoada com raciocínios paranoicos, ou até será um razão válida para não o fazer?
As vezes penso que é mesmo suposto ficar sozinho!!! Tudo se torna mais simples, menos problematico, mais linear... e depois lembro de como fico quando oiço a música... merda!

Novamente...os problemas do passado!

Mais uma vez, fui perseguido pelos problemas do passado, que me têm mantido num estado de incerteza e desconfia em mim próprio... Estas coisas já não deviam - nem podiam - continuar a acontecer!!!
Neste sábado tinha que ir fazer um trabalho a Almeirim, e assim decidi ir um dia antas à "santa terrinha" (mais conhecida por alcobaça) juntar-me aos conterrâneos e conviver com o "pessoal"... Como deixei de ir lá com alguma regularidade, faço sempre a tentativa de ir dar uma palavras a vários amigos em diferentes locais, o que imediatamente torna essa proeza num verdadeiro "rally das tascas" que se prolonga noite dentro...
Tudo correria bem, se eu fosse uma pessoa normal, e tivesse vontade própria em me controlar na quantidade absurda de álcool que vou ingerindo... E pronto, mais uma vez consegui levar-me a um estado tal que não me consigo lembrar do fim da noite! Sim, mais uma vez, merda!!! Estou tão farto disto.
Sinto que estou a chegar a uma etapa que preciso urgentemente de arranjar um namora, por várias razões, mas uma delas é conseguir "acalmar" um pouco, ou bastante.
Ás vezes sou um verdadeiro puto...