autor: desconhecido | fonte: osabetudo.com
Agora são bastantes... O último foi um colega de faculdade. Ainda há uns dias fiz umas contas e cheguei ao valor de 60%! Valor dos meus amigos mais próximos que já foram, ou estão para ser pais...
Já dei comigo a pensar nisso, talvez uma atitude normal de um homem da minha idade. Eu acredito mais ser um "lugar comum" em que nos apanhamos a pensar naquilo que nos faz falta ou que acho que ainda devemos fazer.
Acho que nunca me vi como um verdadeiro "homem de família", que gostaria de ter 3 ou 4 filhos e tudo o que isso acarreta. Não creio ter o jeito e ou facilidade o suficiente para tratar de crianças pequenas... acho e sinto que me intimidam!
Talvez seja mais um sinal de imaturidade...
Mas o que é certo, é que apesar disso tudo, algo no interior me faz sentir que estou em falta! Provavelmente será o sentido cívico a exercitar a sua força, para que a espécie perdure. Mas ao mesmo tempo, se sinto que não sou o homem que gostaria de ser, como heide eu de produzir e criar um indivíduo à minha semelhança? Não seria isso uma contradição...?
Claro que nem vou começar a falar da mulher ideal para ser a mãe... Se começar a avaliar a situação por esse prisma...nem quando tiver 40!
No outro dia, estava a ver um filme estúpido na televisão e apareceu-me a seguinte frase:
"Acredito que um homem só precisa de uma coisa para ser feliz. Alguém para Amar! Se não poder ter isso, então oferece-lhe algo para aspirar. Se não poder ter isso, então dá-lhe algo para fazer!"
Ora, sei que não sou feliz, e entendo que não tenho alguém para amar. Deveria aspirar a alguma coisa, mas deixei de o sentir a algum tempo. Talvez devesse fazer um filho, pois assim teria alguém para amar e sempre poderia aspirar a ser um bom pai!
Eu sei... não faz sentido! Pelo menos já plantei algumas árvores e devido a ter começado a escrever neste blog, ando a pensar se um dia conseguirei escrever um livro.
Duas em três não é mau...
Hugo, eu trabalho diariamente com crianças... Crianças essas, que fogem daquilo que a sociedade dita como sendo "normal". E esse é o maior dos desafios da paternidade/maternidade. Ser pai ou mãe de uma criança "diferente". São muitas as vezes em que os pais me perguntam se estão a fazer o melhor para seu filho, se poderiam dar mais deles próprios... As dúvidas fazem parte destes pais, da mesma forma que, não nesta perspectiva, obviamente, fizeram parte dos nossos próprios pais, e irão ensombrar-nos a nós quando chegar a altura de sermos pais e mães.
ResponderEliminarE essa é uma pergunta, cuja resposta não é taxativa... ela vai-se tendo ao longo da vida
Curioso... a minha mãe, agora reformada, era professora de ensino especial. Agora, se seremos como os nosso pais, ou completamente diferentes? É uma boa pergunta! Nao obstante, acho que não seria capaz, pelo menos conscientemente, de trazer ao mundo uma criatura tão inocente. Especialmente nesta altura tão conturbada e distorcida... já sei...além irá dizer que sou derrotista... terei que aceitar!.
ResponderEliminarO meu apreço por ti, por participares no crescimento de crianças!
Não sei se já alguma vez leste "A Insustentável leveza do ser" de Milan Kundera.
ResponderEliminarAconselho-te vivamente. Põe a nu a permanente inconstância com que o Homem se depara, entre "o bom e o mau", "o leve e o pesado", e mostra como é difícil a balança equilibrar-se.
Bom fim-de-semana com sol e praia de preferência ;)
Já tinha pensado nisso, pois já ouvi falar bastante... Vou ver se o faço!
ResponderEliminarAconselho vivamente. Volta e meia releio-o
ResponderEliminargostei de visitar este blog...
ResponderEliminarescreve tudo o que pensa e com um leveza extraordinária!
vou continuar a visitar, e se quer a minha opinião... deve avançar com o livro!