09 agosto 2011

Condicionalismo infantil...

     autor: desconhecido | fonte: kisahberuang.com
Eu admito... começo por admiti-lo antes que alguém diga que não o fiz!
Talvez seja uma desculpa, ou simplesmente uma razão encontrada para me identificar como a vítima incompreendida numa sociedade conspurcada com maus hábitos que normalmente são herdados ou mal ensinados.
Mas... vou tentar explicar isto com calma.
Fui educado para ser um "cavalheiro"! Sempre me identifiquei com a mística e fui tentando praticar o óbvio, até que me ficou entranhado, como que identidade intrinseca da minha personalidade, coisa que me é impossível de negar, ou contrariar! Engraçado é que só recentemente encontrei a descrição mais básica para um cavalheiro e isso deixou-me a pensar.
Alguém disse: "Um cavalheiro define-se por ser a pessoa que não permite que os que estão à sua volta fiquem desconfortáveis."
Engraçado, não!? Pois além de colocar os outros em primeiro lugar, é impedido de utilizar uma das ferramentas mais praticada no "engate", ou seja, o tal do "desprezo" ou "fazer de conta" que não está interessado...
E então, porque é que essas ferramentas são tão utilizadas e, penso eu de que, comprovadamente com grande eficácia sobre o sexo oposto!?
Já tinha pensado um bocado nisto, e acreditava ter chegado a uma conclusão.
Mas foi só enquanto visionava um filme muito bem escrito é que me deparei com a verdadeira relevancia do facto. (peço desculpa, não me lembro do título...)
Ora, todos sabemos que as crianças, nomeadamente os rapazes, naquela idade de final de infância entre os 7 e os 12 anos, tem o hábito de tratar mal as raparigas. Esta atitude chega a ter impacto profundo, pois além da conhecida violência verbal, chega mesmo a ser pancada... leve, mas não deixa de ser agressão!
E então, o que acontece depois!? Depois, vai a rapariga a chorar para o colo da mãe, a explicar que não percebe porque o rapaz a tratou mal, e a mãe, faz o que de pior poderia fazer e que irá condiciona-la para toda a sua existência.
Assim, diz-lhe sorrindo, com aquele habitual terno tom de voz, proferido por quem parece ter todas as respostas para infindáveis dilemas existenciais:
"Deixa estar, pois ele faz isso porque realmente ele gosta é de ti!"
Que brutalidade! Isto é abuso!... Que mentira mais depravada e que atitude mais sádica por parte de um progenitor! A rapariga vai crescer, passar a adolescencia a "levar no focinho" e a gostar, ou a pensar que gosta...
Depois, chega à idade adulta com o condicionalismo de que só aqueles que a tratam mal é que gostam verdadeiramente dela. Não é triste!?..
Então é assim... não me consigo encaixar no perfil estereotipado do gajo que vai "dando para trás" e  "deixando a coisa andar" e mais não sei o quê...
Não quero, não tenho paciência... acho tudo treta. Quando gosto mesmo, digo, e se estou interessado, mostro-o! No entanto, não serve para nada!...
Serei sempre mal entendido, e como não sigo os "tramites" normais do sistema, acho que chego a passar por maluco e como andando "pelo beicinho" etc.
Mas que merda! Somos todos adultos e toda a gente se comporta como crianças...
Acho que a próxima vez que conhecer uma rapariga interessante, no fim da conversa devia dar-lhe uma cabeçada na testa e partir-lhe o nariz!
Acredito piamente que não se iria mais esquecer de mim, não fosse eu um cavalheiro.


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