29 dezembro 2011

E o ano a acabar...

     autor: desconhecido | fonte: itscarols.tumblr.com
Que cena... vou-me desculpando com a incerteza da vida, e nunca mais arranjo tempo para escrever!
Também é verdade que o tempo não tem abundado... mas quando há vontade, há uma maneira. Não vou fazer promessas... mas garanto-vos que mais escrita, só mesmo para o ano.
As melhores entradas possíveis... que todos tenham, pelo menos, aquilo que mereçam para o próximo ano!
Beijos e abraços.

13 novembro 2011

O retorno à terra natal...

     "where fairies dream" by incredi | fonte: deviantart.com
Começando pelo princípio.
Após vãs e fúteis tentativas de "fazer vida" e perdurar longe da terra que me viu crescer, ficando pela área da capital esperando que a lei das probabilidades fosse o singular catalisador do encontro da felicidade, finalmente voltei para casa!
Tinha ido para Lisboa - mais propriamente para a zona de Oeiras - porque a minha terra natal (Alcobaça) nunca me conseguiu oferecer, ou antes, proporcionar a vida que eu queria. Uma vida mais... completa! Claro que só fui para lá poque na altura lá tinha trabalho. Sim digo trabalho e não emprego... pois foi mais um desafio de um colega de mestrado para abrirmos um negócio próprio. Faço agoras as contas e foram... vai agora fazer 5 anos em Dezembro.
Sim!... Esse tempo todo de experiências profissionais atribuladas com sociedades que nasceram e terminaram, empregos curtos em locais esporádicos, negócio próprio que não vingou. E no meio disso tudo, foi a minha vida pessoal sempre colocada para segundo plano, tentando sempre disfarçar a necessidade de ter aquilo que não me queria aparecer.
Nessa altura, o que me salvou foi estar muito próximo de um grande amigo de faculdade e ter sido incluído no seu grupo de amigos mais próximos. Figurativamente, foi a minha muleta!
Assim, após ficar sem opções profissionais, e esgotas as inúteis tentativas de formar uma vida social lá... tomei a decisão de retornar.
Foi uma decisão difícil, mas inevitável!
Ter de deixar o pequeno domínio... o meu apartamento, onde tinha as minhas coisas e onde "controlava" o meu espaço e aquela miserável forma de sobreviver.
Só existia uma opção... essa seria voltar para casa da mãezinha, para o quarto dea minha adolescência... e voltar para a gente da minha terra!
Até seria um verdadeiro prazer, voltar a reatar antigas amizades e a viver belos jantares e fins de tarde bem passados, acompanhados de minis e caras conhecidas... não fossem as inevitáveis discussões parvas com a progenitora. Argumentos estúpidos, causas fúteis e vãs tentativas de solucionar o problema!...
Mas, não havia outra hipótese. E o meu desígnio nos próximos tempos é literalmente "comer a calar".
E assim cheguei de "malas e bagagens" e aqui fui ficando.
O objectivo principal: "encontrar trabalho"

02 novembro 2011

My personal breakthrough!...

     autor: "anger" by vlue | fonte: deviantart.com
E, entretanto... tanta coisa aconteceu! Talvez demasiado para tão pouco tempo, e no entanto muitíssimo para agora conseguir resumir num primeiro post.
Digo primeiro, porque depois de tão longo , talvez inevitável e sempre misterioso interregno... só poderia marcar um certo recomeço. Decidi chamar-lhe "My personal breakthrough".
Nem sei bem, mas creio que irei realizar alguns post's, cada um sobre diferentes assuntos, temas ou histórias relacionadas com as significativas mudanças na minha vida.
Isto, para não condensar tudo num único post. O que rapidamente se iria transformar num desses ensaios, génese de um romance para ler em viagem...
Em primeiro lugar, e de modo a rapidamente exorcizar todos os "demónios", vou dizer que... apesar de ainda não me considerar feliz, ando extremamente satisfeito! Talvez satisfeito não seja o termo... mais contente. Isto porque, finalmente e após demasiados lamentos e auto-comiserações, parece que a vida deu realmente uma volta de 180º (360º para os futebolistas...)
Creio que agora chegou o meu "bocadinho de sorte" pelo qual tanto tenho ansiado, e devo dizer, talvez já tardiamente merecido! (peço as minhas desculpas pela franca honestidade).
E ainda bem que foi agora, e não mais tarde... só depois de uma longa, árdua e francamente dura "tempestade" que mais parecia um inevitável, desertico e anunciado fim impossível de enfrentar, podia tal coisa acontecer!
Bem, reclamo as minhas sinceras desculpas a quem ainda "perder tempo" a ler estas coisas, por hoje ser tão breve. Mas o cansaço não permite muito mais.
Vou recomeças a escrever no meu bloco - á hora de almoço -  e reservar um tempo no fim do dia para vir  ao blog.
Só espero conseguir exprimir a minha visão de todos os acontecimentos, da forma mais clara e verosímil possível.

26 setembro 2011

"Aprendizagem de desamprender"

     autor: desconhecido | fonte: deskbase.blogspot.com
É com imagens como esta, bem bucólicas e cristalinas, que me lembrava assim que alguém fala de campo ou agricultura.. mesmo sabendo que não é nenhum espelho da realidade do nosso pais... caia sempre no erro de o fazer!
No entanto, assim que às 7:45h da manhã chego à quinta do acipreste e saio do carro para ir enfrentar mais uma "jorna" da apanha da maçã... todas essas imagens fugazes se desvanecem e os resquícios de romantismo se desvanecem no ar gélido e no nevoeiro cerrado das manhas de Outono, aqui neste lugar frenético.
É com algum pesar que observo a data do último post... ainda por cima um post interessante e relativamente importante para mim! Mas não consigo... não tenho força, paciência, estímulo ou vontade de escrever depois de um dia destes, tão desgastante fisicamente e espiritualmente estrangulador... sinto a alma "castrada", como se estivesse temporariamente suspensa de actividade. Quase imersa em nevoeiro de gelo seco, impeditivo de qualquer trabalhar da mente...
Como eu percebo agora Alberto Caeiro... quando, enquanto homem simples e pensador falava da sua "aprendizagem de desaprender".
Entendo agora aquela "falta de aspiração" a melhor ou vontade de fazer outras coisa das pessoa que trabalho em ofícios deste género, como que levados únicamente por ver o seu mísero ordenado no final do mês... sem qualquer tipo de gosto ou respeito pelo seu trabalho.
Sinto-me como elas... atado e sem força para pensar ou interrogar. Talvez seja por isso que não escrevi aqui mais cedo. Provavelmente não seja só pelo desgaste físico... mas mais importante que isso, o sentimento de "resignação" ao fatalismo que estas "jornas" acabam por incutir ao espírito humano!
Não tenho vergonha do trabalho! Antes pelo contrário... tenho um enorme orgulho por ser capaz de o fazer ao lado das pessoas que o fazem todos os anos. Mas deita-me a baixo de uma maneira tão subtíl que até eu demoro algumas semanas a percesber o que me aconteceu!
Preciso de "subir à mesa" e ver a vida de outro prisma... senão irei dar comigo num ritual concentrico, impedido de lutar por melhor!
Vamos crer que seja só uma fase... até porque além do trabalho, outras coisas têm acontecido que numa qualquer outra altura em que não andasse tão esgotado... provavelmente já se encontrariam aqui expostas! Talvez esta semana... entretanto ando a aprender a desaprender como fazer certas coisas. Algum pré-conceitos e estereótipos, incutidos durante esta curta e atribulada vidinha, e que através deste "reality-check" foram agora postos em causa e inevitavelmente sujeitos às devidas mutações.
Definitivamente, não ando a pensar tanto... neste caso particular até de menos. Mas isso, agora, fica mesmo para outro post!

18 setembro 2011

Mudança de ritmo...

     Stillframe do video-clip: "Slowdance"| Matthew Dear
Como tinha ficado sem trabalho em Lisboa, decidi ir passar uma temporada à terrinha, e aproveitando a época da fruta, lá fui eu (qual proletariado resignado) para a sua apanha. Em tempos de crise, temos que aceitar aquilo que nos é disponibilizado... E sim... como ia para a terra natal, sempre iria encontra-la!
Tinha passado duas semanas sem a ver. Apenas as fugazes trocas de mensagem por telemóvel - tão habituais e sempre inevitáveis em situações do "género" e em relacionamentos deste tipo.

Foram aqueles olhos, de um nobre e agradável castanho escuro, tão reconhecíveis, sem qualquer tipo de julgamento ou demais hipócritas expectativas que se tornaram na seiva que alimentou as últimas noites.

A partilha de um café... um jantar... uns copos à demasiado tempo adiados,  serviram para recordar o background conjunto, voltar a saber da família, as histórias da vida e os amigos em comum. Foi como voltar a provar uma comida reconfortante feita por alguém próximo.
Mas sempre que falamos de "nós"... a coisa torna-se mais complicada e a comunicação parece falhar! Não sei... talvez falta de hábito, algumas reservas... diferenças de personalidade e expectativas.
E assim, ficamos na dança do relacionamento...
O importante foi sentir a alteração de ritmo! A mudança radical de atitude... Fazer qualquer coisa, porra! Não tinha trabalho, fui apanhar fruta. Andava hiper nervoso, a "pensar na vida" e o trabalho manual, completo de sujidade, roupa estragada, braços arranhados, unhas imundas e músculos doridos acabou por ser libertador. Numa outra altura qualquer... antigamente, seria um suplício! Um transtorno e uma crise horrível... Agora, vamos andando e não vale a pena pensar muito.
Irei aceitar, diz sim, aquilo que me for naturalmente oferecido.
É engraçado... durante estes dias lembrei-me de uma frase que "apanhei" num qualquer filme e que tinha escrito no bloco de notas:
"If you get good at surviving, you forget why you are doing it for!"
Nada conseguiria pintar melhor esta fase da minha vida! Apanhei-me a andar constantemente a tentar sobreviver no meio de demónios e teorias complexas...  Já pouco ou nada me lembrava do "para quê" de isto tudo!
No fim de contas... basta partilhar um pouco da vida e apenas ansiar para estar perto desse "alguém".

13 setembro 2011

Dicotomia | Sexo e Paixão

     autor: desconhecido | fonte: techfeedr.com
Sempre tive o péssimo hábito de me apaixonar antes de "ir para a cama" com alguém! Digo péssimo, porque só me fez mal e acabou - mais tarde ou mais cedo - por me trazer algum dissabor... Homem que é macho, assertivo e masculino, não se apaixona até conseguir provar do bife! (não sei se me entendem...)
Lembrei-me agora que... não consigo entender a veia homosexual - não que tenha nada contra - mas não consigo entender o homem que perde a oportunidade de se entregar fisica e emocionalmente no quente, excitante e apaziguador leito de uma bela mulher!
Mergulhar no seu gentil e terno seio, e sentir o toque carinhoso e a sua doce e suave pele... Não sei se o faço bem, mas gosto... gosto tanto!
Provavelmente... agora que o pondero, acredito que não o fizesse bem.
Sempre fui uma figurinha patética e talvez ridícula, extremamente ansioso, a pensar demais... sem se entregar e com graves deficiencias ao nível da partilha de intimidade. Espero... não! Sei agora que isso já passou.
Disse-o há algum tempo a duas amigas, enquanto conjecturando sobre os conturbado inicios dos relacionamentos amorosos: "Talvez seja porque, mais vezes, a mulher apaixona-se e só depois leva o homem para a cama, enquanto que o homem vai primeiro para a cama e só se apaixona depois..."
Então o que é que isso fazia de mim!? Uma gaja...!? Não... não poderia ser isso! Seria mais uma esfarrapada desculpa, criada pelo profícuo e imaginário inconsciente, para me sentir apaziguado na minha inútil e mesquinha existência.
Como a auto-confiança não abundava, e a "forma física" era pouca - ou nenhuma - fui acabando por ter apenas algumas (não vou dizer poucas... porque não quero!) selectas parceiras sexuais e consequentemente... raríssimas "namoradas".
Talvez fossem só aquelas que gostavam mesmo de mim... não sei!
O certo é que talvez não tivesse a confiança necessária para prosseguir uma vida sexual dita "normal" para um jovem saudável e solteiro. Pergunto-me ainda se isso já terá mudado por completo e... de vez!?
Assim, dizia inocentemente que era como as meninas e que só me "esforçada" para ir para a cama com alguém, se já estivesse pelo beicinho. Que estupidez!
Maquiavélica e irrisória barbaridade...
As mudanças catalisadas por todos os acontecimentos dos últimos anos vieram alterar o status quo e agora já não me reconheço dessa maneira.
Creio que esta nova maneira de estar, mais despreocupada, tem tudo a ver com isso. Poderá ser reflexo, ou antes causa, ou talvez produto dessas alterações...
Já não sou bem eu! Sou um "ele" diferente... Pois agora, à medida que vou tomando noção destas merdas, vou-me contemplando como se estivesse numa qualquer experiência extra-corporal.
É como se fosse tudo um filme... uma história que vai a meio, mas que agora eu consigo fazer pequenas alterações ao argumento! Não sei se é o caminho para a felicidade ou paz de espírito... mas sinto que me torna mais... calmo e leve.
(curioso...já não é a primeira vez que o digo!)
Como se o peso da minha própria existência, a pressão da minha vontade... se desvanecesse na tépida brisa de um solarengo e fresco final de tarde de Outono.

10 setembro 2011

Da ansiedade... à ataraxia.

     autor: desconhecido | fonte: merryquitecontrary.wordpress.com
Não sei explicar bem... É qualquer coisa de gratificante que se sente.
Como se fosse a materialização de uma qualquer reminescente vontade selvagem de criar ou manter "um abrigo". Provavelmente será simplesmente a necessidade de verificar que se é capaz de o fazer!...
Acho que faz sempre bem a um homem andar a fazer pequenas obras ou arranjos na sua casa. Com a expressão facial da mais complexa das concentrações, a deambular compassadamente pelas divisões do apartamento a fazer coisas.
Estou a ver-me: de chinelos, calções descaídos e sem t-shirt... algumas linhas quebradas de suor a escorrer pelas costas... sujo, impregnado, mãos nojentas... a sujar tudo em que se toca e a pensar o que vai lanchar mais tarde.
Seja a fazer arranjos com ferramentas espalhadas pelo chão ou com luvas, trinchas, decapantes, espátulas e jornais a retirar tinta vã de portas velhas, como é o caso. Dores nos joelhos e nas costas por andar a raspar ombreiras em posições que nem poderiam constar no Kamasutra! (talvez seja mas é de ter ido de manhã ao ginásio... mas isso agora não interessa para nada!)
Mas um problemas revela-se!!! O trabalho torna-se inexequível... alterando rapidamente o "status quo" e tornando a situação impraticável.
Um homem fica "de rastos" ao tomar a consciência da sua própria impotência em relação ao simples mas desgastante trabalho nada herculiano... e resignado com a sua desistência. Seja por falta do equipamento ou ferramenta certa, seja simplesmente por não ter capacidade para o completar... e ainda fica o lixo espalhado e as merdas todas para arrumar!
É evidentemente claro que, na vida, algumas coisas têm que ficar por fazer!...
Mas andava já há algum tempo a planear estes pequenos trabalhos e tinha agora arranjado os materias que julgava necessários. No entanto, não vou conseguir acabar o serviço e vou ter de ir arranjar um maçarico e "pegar fogo" às portas, coisa que não queria fazer por me julgar incapaz, mas que terá de ser mais um desafio a ser ultrapassado...
Já são tantas as coisas que ficam ou que ficaram por fazer ao longo destes anos... coisas que foram adiadas por vontade própria ou por não ter vontade imediata para as fazer... por falta de verbas ou de simples desleixo no seu planeamento... Talvez algumas tenham sido, à partida, resignadas ao insucesso por começar logo a preocupar-me demasiado com as mesmas... e assim transformando-as em enormes montanhas impossíveis de escalar!
Agora já não é assim... já não me preocupo tanto. Que se lixe... fica por fazer até arranjar a ferramenta, e pronto! A casa é minha, e eu é que sei... Reconheço em mim a vontade suficiente para terminar o serviço, e por isso tenho a certeza que o irei fazer, mais cedo ou mais tarde.
Sinto-me diferente... sinto-me como se padecesse de Ataraxia (da Filosofia - Termo grego para um estado lúcido, caracterizado pela ausência de preocupação ou de qualquer outra preocupação). Não sei se é bom, ou se é mau...
Sinceramente... não quero saber. Faz-me sentir bem... fico leve.

07 setembro 2011

"ignorance is a bliss..."

     autor: desconhecido | fonte: itscarols.tumblr.com
Libertei-me disto e daquilo... de mais alguma coisa e de outras coisas que não importavam! Não me desfiz de tudo, pois quero continuar a ser EU, manter a minha identidade e não trair a minha intrinseca existência. Já não quero mais saber, controlar tudo e mais alguma coisa e provar que "o sei e posso fazer"...
Vinha agora no carro, com o morno sol tardio de um sempre amigo e sincero Outuno que se aproxima a bater na face, quando me "caiu a ficha":
"Não quero saber... que se lixe... ignorance is a bliss!..."
Não consegui dormir mais que duas horas na segunda feira... tinha umas merdas na cabeça, e foi um pouco extenuante. Aproveitei e peguei no livro que andava há duas semanas para acabar. Ainda bem que o fiz!
Terá sido provavelmente a melhor altura para o ler e de certa maneira irá contribuir (ou não...) para uma espécie de salvamento em último recurso da pobre alma conspurcada por auto-flagelos e imposições obrigacionistas de controlo ou de metas impossíveis ou improváveis de ser atingidas...
Sempre quis mais... melhor... tudo! Talvez... não! Sempre fui invejoso!
Porque não haveria de o ser... gosto de coisas bonitas, boas, diferentes... se os outros tinham porque não podia ter eu!?
Imaginava-me sempre como o "cavaleiro" em busca da sua batalha e da donzela presa no castelo... que nunca encontrava. Mas sempre fazia questão de dizer, gritando para todos o conseguissem ouvir, que o queria fazer... talvez para "provar" que o era capaz! Assim, fechava-me numa espécie de "casulo" afastando... bem! muita coisa que não vou aqui descrever!
O que interessa é que já não quero isso tudo... deixei de ambicionar e querer "provar" que posso travar essas batalhas e salvar não sei quem... por agora, antes prefiro ignorar era vontade e essa auto-obrigação que se tronava estupidamente enclausuradora!
Talvez não precise de ir salvar donzelas em apuros... quem me julgo ser!? Será que não basta ir passear, rir um bocado ou beber um copo!?
É um sentimento engraçado... a melhor maneira de o descrever é como e andasse o dia inteiro, sempre num constante e equilibrado estado pré-alcoólico.
Do tipo, quando ainda não estamos mal dispostos, todos são nossos amigos, não queremos mal a ninguém e só ambicionamos paz no mundo.
Secretamente ainda desejo uma coisa. Uma única e simples coisa... que no meu inconsciente, espero que não aconteça verdadeiramente, ou antes, quando acontecer que seja o mais tarde possível. No entanto, e como sou humano, reservo-me o direito de secretamente o desejar porque talvez a minha personalidade filosófica, taciturna e humilde assim o obriga.
No entanto, vou considerar isto um passo em frente... positivo e veículo de uma mudança. Não tem de ser uma mudança para "melhor"... neste momento bastará ser uma mudança para outra coisa qualquer... sim, qualquer! É me indiferente.
Melhor!? Melhor só isto acontecer e não saber que aconteceu... se fosse só um sonho, e quando finalmente despertasse não me recordasse de nada!
Era mesmo lindo, talvez pacífico... era uma benção.


05 setembro 2011

"como tornar-se doente mental"

     "Le fils de l'homme" René Margritte (1964)
Acho que estou danificado... não! tenho a certeza que estou ou que sou estragado ou "partido"... de certa maneira, não estou na perfeitas das condições... ou antes, em condição nenhuma de jeito!
Não é novidade... não! Mas sempre existe um restício qualquer de esperança em que "a coisa" mude de alguma maneira... ou que paulatinamente a corrente me leve para uma parte mais limpa...
Como não bastava já andar com uma bebedeira do tamanho do mundo - pois não é normal um gajo conseguir beber tanto álcool e durate tanto tempo sem ir parar a uma qualquer urgência hospitalar - a chatear e importunar a totalidade dos amigos / conhecidos e trabalhadores dos bares na terrinha.... mas tinha que armar confusão com uma amiga de escola!...
Não sei explicar, deu-me para ali! E nem me consigo lembrar bem porquê... Espero e peço a todos os "santinhos" não lhe ter arranjado confusão e não ter estragado uma amizade.
Mas como não sou, de certeza absoluta, uma gajo "normal"... isso não bastou e tinha de arranjar qualquer coisa ainda mais complicado para me meter antes de a noite definhar e dar lugar à manhã inevitável de domingo.
Sim... fui-me meter com ela! Alguém com quem, provavelmente não devia me meter... acredito que muita gente o pense, mas também pouco me estou a ralar com isso. Certo é que uma conversa estúpida com os copos já perto das seis da manhã, sobre o passado e algumas infelizes experiências que temos em comum, acabou por revelar "alguma coisa" e..  não consegui resistir.
Sinto que a apanhei de surpresa!... Pois é perfeitamente normal, porque até eu fui completamente surpreendido por aquilo que fiz.
É uma daquelas coisas que, só passando por elas... a assim aconteceu!
Se pensar um pouco, e conhecendo-a desde novo, lembro que sempre lhe achei piada... não! Não é piada... talvez a achasse interessante, misteriosa e diferente! Sim... diferente e distinta de todas as "outras"... fora dos parâmetros normais.
Ou seja, eventualmente... conhecendo me como sou, eu tinha que me interessar! Acho que há algumas semanas tinha comentado isso com um amigo quando me tentaram fazer um "arranjinho" com alguém por quem não tenho interesse nenhum... deve ter ficado no incosciente.
Há uns valentes anos... numa idade em que os amigos andavam todos em grupos ou "círculos" e eu passei um pouco por todos... chegamos a conviver bastante. Claro que há altura... eu um verdadeiro "betinho" que tinha a mania que era rebelde, ela por outro lado era "outra coisa" (...) e não tinha nada a ver.
Agora, não sei... talvez! Porque não!?
O domingo foi lixado... sem saber o que fazer... dor de cabeça brutal e o organismo a dar avisos de saturação e lembretes para ganhar juízo rapidamente! Antes de me vir embora para Lisboa passei os olhos pela estante no quarto e vi o livro. Peguei nele, nem o abri... não me lembrava que o tinha, mas agora fazia todos o sentido. Atirei-o para dentro da mala.
Na altura acho que pensei: "Já que sinto que estou a perder o juízo, então porque não ler sobre o assunto!"
Qual livro!? Há, o livro é o "como tornar-se doente mental" do J. L. Pio Abreu.

02 setembro 2011

O vinho... e mulheres que falam de vinho!

     autor: desconhecido | fonte: reencontros-dinamc.blogspt.com
Hoje acabei o trabalho já tarde... tinha de finaliza-lo hoje porque queria ir amanhã para a "terrinha" e leva-lo comigo. Consegui ainda ir cansar-me ao ginásio - não o tenho conseguido fazer com assiduidade - que já tinha saudades... não tinha planos para hoje à noite, decidi que iria beber uma garrafa de vinho ao jantar.
A caminho de casa, lembrei-me que só tinha "reservas" e devia ir comprar algum nectar mais "em conta". Acabei por levar do super uma botelha de Porta da Ravessa (pois os tempos estão difíceis...) que abri ao começar a preparar um arroz de salmão e cogumelos. Mas assim que metei o primeiro copo na boca... raiva! Que merda de vinho!...Nem valia os míseros dois euros e meios que paguei por ele. Após o primeiro gole, não consegui proseguir tal trabalho, e decidi meter novamente a rolha na garrafa e guarda-la para outras nupcias...
Mas, e agora!? O que é que eu faço...
Olhei desesperado para o stock caseiro... encontrava-se já está muito diminuto! Á falta de grande escolha, peguei numa Quinta da Alorna Reserva 2007 e nesse instante pareceu-me disposta... sentia-a pronta e permissiva para ser aberta!
Não vacilei e assim que o nectar bateu no copo de pé alto, os aromas floresceram e tocando levemente na alma dorida por uma semana chata e sem jeito, lembrando outros tempos... e outras e bastante interessantes companhias!
A primeira "boca" não trouxe surpresa.... mas foi já no acompanhamento do belo prato, confeccionado com primazia, que me lembrei dela!
Tinha gravado um programa à uns dias no Meo... um episódio do "Gostos e Sabores" do chefe Hélio Loureiro na Adega Mayor com uma das enólogas... a bela e conhecedora Rita Carvalho.
Recordei as palavras do chef nesse episódio: "A vida é demasiado curta para se beber mau vinho!" Lindo!... Já me fez sentido na altura, mas agora... ganhou completamente outra amplitude!
Já em plena degustação, o vinho que tinha acabado de abrir tinha já "evoluído" à mesa...tornando-se mais complexo à medida que o tempo passava, "escondendo" aromas nas curvas do copo e desvendando traços de personalidade à medida que ia respirando. Aliás, como é característicos de um reserva deste tipo... e paulatinamente, ia me lembrando dela a falar sobre os vinhos da herdade do Comendador Nabeiro.
Sitia-o bem!... Tanto na primeira vez que vi, como no caso dela mais recentemente. Qualquer coisa de tão subtil e interessante que me arrepia e me deixa derrotado... Uma mulher!... Uma bela mulher a falar de vinho, e com um conhecimento apaixonado, nobre, profundo e sentido! Fosse sobre as castas Syrah e Petit Verdot que eram o sal e pimenta dos vinhos da adega; ou sobre as barricas de carvalho francês e americano que oferecem as diferentes notas de complexidade ao vinho; etc.
Gostava de conhecer e de me envolver com alguém que tivesse uma paixão destas... com esta particularidade e nobre gosto pelo (re)confortante e meio catalisador de bons momentos que é o nosso bom vinho.
Eu já o sabia... mas agora verifiquei a minha certeza!
Quando me perguntam o que vai bem com este vinho!?...
Talvez a companhia dela... d'aquela pessoa!



31 agosto 2011

Porque havia de o fazer...

     still frame do spot publicitário: "Sumol - Mantém-te original!"
Mais uma vez... de uma maneira estúpida e algo infantil, já andava mais uma vez a pensar muito!... e em coisas que, literalmente, não vale a pena pensar demasiado!
Acho que não me estou a fazer entender... pois é claro! Se nem eu consigo perceber o que estou para aqui a escrever!?... No entanto, e citando:
"Como tudo que é digno de ser escrito, soube-o inexplicavelmente e sem método." Stranger than fiction - 2006, citação de um personagem.
Parafraseando...
Andava eu a pensar o que deveria escrever no blog, a remoer sobre o assunto e a pressionar-me para conseguir fazê-lo até certa altura ou dia... E eis que, inexplicavelmente, cheguei a conclusão que estava já a "forçar" demasiado a situação. A elucidação deixou-me estarrecido!
Desde que comecei,  ia mentendo o hábito de escrever quando o momento o exigi-se, aparece-se uma vontade de o fazer e se proporciona-se o tema.
Agora, andava a tentar escrever condicionado por um "prazo" auto-imposto... uma espécie de obrigação imposta por uma vontade infantil de "ser ouvido" ou simplesmente pela mania de o fazer.... e pior! Tenho a leve sensação que estaria já a ponderar sobre o que os outros iriam pensar sobre o que eu iria escrever! Bem... que confusão esta!
Achava eu que entendia já o paradigma do funcionamento do blog, e assim ficando confortável com a sua génese, crescimento e manutenção... mas, mal eu sabia, que eu próprio me estava a preparar para sabotar a sua própria existência!
Não era isto que eu queria... mas foi nisto que me meti!
Inadvertidamente, encontrei as "desculpas" para lixar completamente mais uma coisa que criei... e sinto mesmo que, muito provavelmente, este será já um pequeno prenuncio de uma espécie de "morte anunciada".
Vendo bem as coisas, sempre fui do tipo de pessoa que não lhe interessa minimamente o que os outros pensam de mim.... não tenho por hábito entrar em "modas" e ser demasiado "politicamente correcto" ou mesmo hipócrita!
Não faço ideia porque que raio comecei a pensar assim... mas tenho a certeza que não o que sentir! Talvez seja da chuva... talvez seja isso.
Espero que o Outono apareça depressa...


29 agosto 2011

O Primata vs. O Altruísta

     autor: desconhecido | fonte: pattybypatricia.zip.net
E no meio da conversa, entre os três, ela com os olhos no horizonte exclama como assertiva convicção: "O Homem só come aquilo que foge!"... deu-se um segundo, olhamos uns para os outros e largamos uma daquelas pequenas mas brilhantemente libertadoras risadas de grupo. Não resisti, mesmo tendo percebido à primeira, e reiterei: "O Homem... o quê!?"
Foi bonito... mesmo lindo! Uma frase tão curta, tão sucinta... mas optimamente descritiva e demonstradora da visão que as mulheres têm dos homens.
Parametrizando: Acompanhava duas amigas, deambulando a caminho do café, pela frente de mar há algumas semanas. Naturalmente, como nos conhecemos bem, íamos a falar do inevitável e sempre presente tema... e no meio de um qualquer raciocínio, uma delas "sai-se" com esta brilhante frase, que... além de ser interessante, deixou-me a pensar:
Será mesmo assim... tão linear, previsível e universal!?
Ou a realidade será mais profunda e diferenciada?
Pensando bem e revendo as minhas próprias experiências e os conhecimentos adquiridos por histórias de outros, acho que consigo dividir estes Homens em duas categorias e assim desmaterializar um pouco esta ideia inicial.
Assim, vou chamar aos tipos... o Primata e o Altruísta!
O Primata - à primeira vista, todos reconhecemos o Homem que, como pode "comer" aquilo que bem quer, rapidamente só se começa a interessar por aquilo que realmente lhe foge;
O Altruísta - num segundo plano temos o Homem que prefere esperar até encontrar aquela que quer "comer" para sempre, mas que normalmente está indisponível, porque anda a correr atrás do primata;
Admito e imagino outros tipos e diferentes sub-categorias destes Homens.
Mas aqui para nós... estes dois extremos servem-nos para ponderar bem e pensar um pouco mais nestas "coisas"...!
Entenda-se que o Primata consegue perpetuar esta verdadeira proeza, porque "aos olhos de quem o vê" ele é "bonito" ou antes "Bom" (tipo.. um pão!);
um "menino mau" ou o verdadeiro "mau da fita"; gajo rico/afortunado ou alheiamente despreocupado...
Pelo contrário, o Altruísta é martirizado por ser demasiado sensível ou estupidamente honesto; demasiado carinhoso ou intrinsecamente cavalheiro;
um "homem simples" ou simplesmente "normal"...
Assim, temos uma espécie de triângulo estúpido no qual dançam os relacionamentos... como que uma tempestade de areia, de onde esporadicamente, por acaso e com bastante sorte brotam alguns felizes e casuísticos casais.
Olhando bem... parece mesmo que a realidade é bem mais estranha que a ficção!
Não tenho um moral para esta história... até talvez seja mais uma desculpa para me retirar algum peso de cima, e assim aliviar a auto-comiseração! Mas quando comecei a pensar nisto, senti-o como verdadeiro e pessoal.
Nesta equação... no eixo do triângulo, estará o tempo e a consequente mudança de "expectativas" dos intervenientes! Mas o tempo é relativo... como tudo.

25 agosto 2011

Stranger than fiction

    frame do filme: "Stranger Than Fiction"

"As Harold took a bite of Bavarian Sugar Cookie, he finally felt as if everything was going to be okay.
Sometimes, when we lose ourselves in fear and despair, in routine and constancy, in hopelessness and tragedy... there are Bavarian Sugar Cookies.
And, fortunately, when there aren't any cookies we can still find reassurance in a familiar hand on our skin... Or a kind and loving gesture... Or a subtle encouragement... Or a loving embrace... Or an offer or confort.
Not to mention hospital gurneys... And nose plugs... And uneaten Danish... And soft-spoken secrets... And Fender Stratocasters... And maybe, the occasional piece of fiction.
And we must remember that all these things, the nuances, the anomalies, the subtleties which we assume only accessorize our days, are in fact here for a much larger and nobler cause. 
They are here to save our lives.
I know the idea seems strange. But I also know that it just so happens to be true.
And so it was...(...)" última cena do filme, escrito por Zach Helm


Aos que ainda não viu esta bela "película", aconselho vivamente a o fazer!
Adoro o filme!... Foi um dos que me apanhou de surpresa, mesmo sabendo à partida do elenco brutal, pois não esperava um guião tão complexo, uma cinematografia genial, espantoso design de produção e uma realização impecável.
É uma daquelas coisas que dá raiva... pois uma pessoa identifica-se tanto com o filme que parece que foi feito só para nós! A história é tão estranha e impossível, mas ao mesmo tempo carrega uma realidade tão simples e humana...
Acho que me faz sempre sentir bem... em especial quando estou chateado!
Todos nós queremos ter alguém que nos "faça bolachas"... mas, quando não temos bolachas, há que apreciar as outras coisas, as pequenas coisas, os pormenores afinal... para mim, este filme nunca deixará de ser um deles!

24 agosto 2011

Outro aniversário...

     autor: desconhecido | fonte: desconhecido
E assim, lá passou mais um "dia de aniversário" enervante, sempre chato, já normal e sempre desinteressante... são já os belos 32! Bela idade.
Não gosto mesmo do dia! Não entendo este ritual humano, pois não favorece nada o mérito e, antes pelo contrário, só prejudica a aprendizagem... Isto de "toma-lá prendinhas" só porque é dia em que nasces-te há "não sei quantos" anos ou em que nasceu um puto qualquer na Cisjordânia hà dois mil anos... é pá, não me parece nada bem!!!
Sempre achei que as coisas devem ser celebradas espontaneamente e na altura em que são verdadeiramente merecidas. Se gosto de uma pessoa, e sinto que devo anima-la, convido-a para jantar ou ofereço-lhe "um boneco"... agora esperar pelo dia de aniversário para jantar com amigos ou passar o dia inteiro a receber telefonemas de pessoas muito preocupadas em dar os parabéns é uma.... verdadeira estupidez! 
O que raio é que eu fiz para merecer os parabéns!? Eihn? O quê?? Por ter nascido sem me ter asfixiado na porcaria do cordão umbilical, talvez... Dêem os parabéns à minha mãe que ela ficava toda contente... a mim, não me digam nada!
Garanto-vos que não é pela idade, pois desde que comecei a pensar por mim próprio, já em "adulto", sempre me senti desta maneira. Não sei bem porque isso aconteceu... mas pensando no caso, até acho que tenho uma ideia.
Sim, lembro-me!... Acho que os meus pais organizaram uma festa, de verão claro, na casa de praia com algum amigos e colegas de escola... sim, teria uns 10 ou 11 anos e sim... havia uma rapariga, há sempre uma rapariga!
De seu nome Sandra... linda de morrer, com o seu ar super tímido, nada extrovertida... cabelos pelos ombros escuros como a noite sem luar, olhos mornos de um castanho profundo  e uma pele lindamente torrada.
Andava sempre com os seus finos lábios levemente gretados, e por isso estava constantemente a por o seu baton do cieiro... era tão lido!
Lembro que ela não andava... era como se desliza-se, paira-se ou flutuasse no ar!
Gostava tanto dela... acho que lhe cheguei a enviar os bilhetes e as cartas do dia dos namorados tão característicos do ambiente escolar juvenil.
Seria na festa, sim!... Convidei-a, já com o intuito de a coisa se dar nesse dia!
Mas, não deu!... Não tive nervo, capacidade, coragem.. chamem-lhe o que quiserem! Também tinha 11 anos... porra! Deve-me ter marcado bem... e talvez seja por isso que não gosto nada de dias de aniversário!
Ou pelos menos, agora que me lembrei disto, já tenho uma desculpa para dar às pessoas que incompreensivelmente espantadas sempre me perguntam:
"Mas porque é que não gostas de fazer anos!?"
Bem... que se lixe! Já passou. Houve anos em que me incomodou profundamente "fazer mais um ano", por exemplo, os antecipados 30 foram um pouco chatos... deve ser por o número é muito redondo!
Agora não! Estou em paz com a minha idade, contente com o meu corpo, extraordinariamente feliz com a minha impecável forma física e satisfeito por estar a chegar ao patamar emocional que pretendia.
E se gostava de ter uma prenda? Gostava pois! Adorava mesmo ter um pouco de... sorte.


22 agosto 2011

Apartamento de Solteiro...0.5

     autor: desconhecido | fonte: www.izideal.pt
E foi então que sucumbi, entreguei-me e deixei me levar por teorias fúteis ou simples maneirismos que alguns julgam ser sinais divinos de mudança e que iram inevitavelmente fazer com que o destino mude.
Sim! Entreguei-me, embora pontualmente, a alguns desses "requintes" sempre presentes em livros vulgares de auto-ajuda...
Não sei porque o fiz!... Na altura, quando me contaram a história, ri-me que nem um perdido e passado uma semana acabei por o fazer. Nunca acreditei nessas "macumbas" e "mezinhas" que aparecem esporádicamente num livro ou numa revista... sou uma pessoa pragmática, um homem objectivo e racional.
No fim de contas, sou um gajo, não é!?
Passando a explicar. Na passada semana, enquanto tomava café na praia com duas amigas que já não via há bastante tempo, e depois de algumas conversas sobre o "estado das coisas" (leia-se: a vida amorosa...) uma delas pergunta-me se já tinha lido "O Segredo". Bem! Não o li, nem sequer sei do que se tratava... mas intuitivamente e por conhecer bem a pessoa, rapidamente associei ideias e disse-lhe que não acreditava nessa espécie de livros de auto-ajuda.
Tratando-se da mulher mais persistente que alguma vez conheci, lá explicou a teoria e me fez entender que tinha resultado para ela, etc. Na altura ouvi, e depois ri com a outra amiga que também não acredita nessas coisas. Mas a coisa ficou.
O certo é que ontem, enquanto arrumava umas coisas nem casa, e sem pensar nisso coloquei todos os meus pertences de casa de banho encostados a um lado na prateleira sob o espelho... imediatamente larguei uma gargalhada!
Olhei-me no espelho, bem nos olhos e pensei: "E se resulta-se mesmo?"
Resolvi tentar, afinal o que tinha a perder... Deixei as coisas na prateleira assim, fui à mesa da sala e coloquei dois individuais em vez do único que normalmente serve o dono da casa. Quando me deitei nessa noite, deixei bastante espado do lado esquerdo da cama e não toquei na almofada, e agora vou tentar deixar espaço vazio no sofá e não ficar lá deitado. Só não consigo deixar o lugar de estacionamento vago, porque não tenho garagem e a rua não é minha!...
Acho que a ideia da teoria é prepararmos na prática o espaço para oferecer a alguém, para que nos tornemos emocionalmente disponíveis para que essa pessoa apareça!... Não sei se é bem isso, mas vamos tentar crer que sim.
Naturalmente, eu como não acredito nestas coisas, certamente que não irá resultar comigo! Como em tudo, para que aconteça alguma coisas temos que acreditar minimamente que será possível essa coisa acontecer...
Mas, a actividade fez-me ver outra coisa... algo mais simples e mais prático!
Já não tenho aquela vergonha ou complexo com o meu apartamento! Paulatinamente, todos aqueles detalhes que me chateavam solenemente, foram já arranjados e organizados. Já tenho sofá, as minhas mesas de cabeceira, alguns candeeiros, e uma mesa de jantar com individuais!... Tirando a bicicleta ocupar quase toda a marquise e a omnipresente desarrumação na casa de um homem... finalmente estou satisfeito, contentado e descansado.
Será esse o meu "sinal" para que finalmente deixe aquela pessoa entrar!?...



21 agosto 2011

Mixed feeling...

     autor: desconhecido | fonte: pekenina.blogs.sapo.pt
Acordei cedo... tinha-me deitado a pensar levantar cedo para ir dar uma corrida, antes de sair de Alcobaça para dar um salto a Almeirim por causa de um trabalho. Mas acordei com uma dor de cabeça... um certo mal estar, com se fosse uma leve tontura, talvez mais uma sensação estranha e provavelmente maléfica!
Não fui correr... Meti-me no duche, e enquanto a água fria escorria pelos cabelos ia moendo o pensamento de culpa. Tinha tanta coisa para tratar durante a semana passada e não fiz quase nada do que tinha planeado! Ou porque não quis, ou porque não me deixaram, certamente algumas porque fui impedido... mas no fim das contas, eu é que sou o culpado.
Eu é que decidi o que tinha de fazer e quando o tinha de fazer. E fui EU, apenas eu que não fiz aquilo que me comprometi a fazer no tempo devido.
Enquanto me vestia, ia pensando se podia fazer algumas dessas tarefas na segunda ou terça... de súbito lembei-me! "Tenho de estar segunda em Lisboa..." merda!!! Foi o pânico... não ia a Almeirim, para voltar para trás e depois ir para Lisboa no mesmo dia... Que porcaria!!! Empacotei tudo à pressa e meti as malas no carro... roupa, sapatilhas, portátil, pastas, fruta... eu sei lá.
Na viagem voltou aquele sentimento, de que nunca me consigo libertar e que tende a ensombrar a minha ignóbil existência... "Não sei onde pertenço!"
Definitivamente, não sei onde e qual é o meu lugar... onde é a minha base, as minhas fundações, o meu farol. Ando permanentemente, como que, baralhado... frequentemente a pensar em Alcobaça quando estou em Lisboa e pontualmente o inverso... nunca estou bem em lado nenhum e nada, nem ninguém me "agarra" e me obriga a parar...
A causa principal é indubitavelmente o trabalho, ou antes a ausência dele e a latente instabilidade do negócio. Estou farto... figurativamente, a "rebentar pelas costuras"! Isto não pode ser assim... não queria isto.
Chego à capital, e encaixo na rotina que já me é familiar: ida ao ginásio, passagem pelo super-mercado e arrumar a casa. Tão estúpido, de certa maneira fútil e desinteressante... mas tão simples, apaziguador e estranhamente calmante!
Acho que anseio por uma vida mais simples... talvez mais linear. Não queria estar para aqui a pensar nisto! Porque é que me meto a pensar nisto!!!
Talvez consiga resolver o problema sem pensar nele!? Será isso possível?
Adenda:
Lembrei-me agora. Estou no estado ideal para ser "agarrado" por um qualquer movimento extremista de direita (ou de esquerda...) ou um desses grupos de pseudo-religiosos angariadores de dízimos no valor de 20% do ordenado...
Num estado destes, tão débil e letárgico, até me aventuro a dizer que estou "madurinho" para passar a ser um religioso fanático e entregar o meu "destino" nas mãos de Deus, ou antes, nas mãos dos que mandam no destino de Deus na terra, os católicos...

17 agosto 2011

Inevitabilidade da certeza...

     autor: hugo | nascer de sábado @ centro de Alcobaça
Eu ia dizer: "Detesto ter razão!..." Mas depois reparei que a frase só mostra a minha próprio estupidez. Se eu sei que as coisas vão acontecer, então porquê meter-me "a jeito" para que elas aconteçam!?
Tinha a certeza que os primeiros dias de férias na terra seriam pejados de excesso, e inevitavelmente assim aconteceu... a foto o prova! Foi através desta imagem, encontrada no meu telefone, que descobri que na sexta-feira à noite, saí do último bar já com o nascer do sol de sábado. Claro que a fotografia está tremida (vai-se lá saber porquê!) e que nem me lembro de a ter tirado, óbvio!
Mas também estou a exagerar... têm sido uns dias porreiros que têm dado para fazer tudo. Visitas às "capelinhas" e copos com o pessoal na sexta, jantares com amigos no sábado, ida à festa medieval de Aljubarrota passear e meter-me nos petiscos no domingo, mais patuscadas na segunda...
Na terça feira, finalmente, tempo para fazer uns trabalhinhos em casa... já temos net em wireless e telefones sem fios... e outras coisas, a seu tempo!
Ainda não consegui ir á praia... nem só por não ter tempo, mas muito por não estar tempo para isso. Parece que o verão se resignou a passar as suas férias no Algarve e a zona centro foi invadida por uma taciturna neblina constante.
Vou aproveitar a ida para beber café com uma amiga de juventude, aproveito o tímido sol para dar um salto à praia de sempre, a tal praia dos verões da nossa infância... à "baia das marquesas", mais conhecida por São Martinho do Porto.
Bem... afinal, apesar da tal "inevitabilidade" ainda creio que têm sido uns dias interessantes, agora com uns dias de praia e já uns três jantares marcados com amigos... a coisa promete!
Não deixo de me sentir mal por não ter assunto com conteúdo para partilhar. Sinto que estou a aproveitar a simplicidade e despreocupação natural dos dias de férias. O que é bom, não me interpretem mal!!!
Mas assim que paro um pouco para pensar, fico triste... não! Tristes não, mais preocupado. Parece que estou a adiar algumas resoluções importantes...
Agora não vou pensar nisso, afinal estou de férias!!!



11 agosto 2011

Vou de férias... ou talvez não!?

     autor: desconhecido | fonte: liveinthelead.com
Vou amanhã de férias. Vou passar uma semana, ou duas... ou apenas alguns dias à "santa terrinha", o tal do "lugar do costume", sítio de tantas histórias, pequenos deboches e longas noites! Tinha de ser... era inevitável a ida para o lugar onde tudo começou, e onde creio que irei acabar.
Mas vou com um certo receio... e não sei bem porquê!?
O certo é que vou mesmo amanhã e já tenho uma série de coisas para tratar.
Além de uns trabalhos que me comprometi fazer para uns colegas, vou ainda com um "projecto" na cabeça, ainda na sua fase embrionária, para um possível negócio. Ando a pensar nele constantemente, e talvez seja a "salvação" que procurava.
Mas como tudo tem um revés: A acontecer, terei de voltar a viver na terrinha, pelo menos durantes uns meses valentes... Mas isso será tema para outras conversas!
Assim, não creio que vá usufruir de grande descanso, e antes pelo contrário, vejo bastantes confusões, preocupações, dilemas... enfim, espera-me uma espécie de céu nubelado de verão! Mas vou fazer por usufruir...
Da última vez que fui lá, voltei contente e talvez mesmo satisfeito, sabendo bem aquilo que devo, posso e quero fazer! Vou tentar passar mais tempo com antigos amigos, tratar de fazer uns arranjos na casa de família e fazer uns bons dias de praia! (pareço um vampiro, junto do pessoal que já foi de férias..)
Mas vou com aquele receito de exagerar nos copos... esbanjar demasiado dinheiro, destruir células hepáticas e inutilizar massa cinzenta! Vou com pena de não poder ir ao ginásio durante esses dias... e lá vou ter que ir correr pela cidade novamente! Não sei... acho que já é falta de hábito de "fazer férias" e passar um valente temporada na terra natal.
Não será nada demais e creio que até me vai fazer bem!
Agora, espero não fazer férias aqui do blog, e vou manter-me "em contacto".
Definitivamente, não quero perder o ritmo da escrita... tenho um pavor de, paulatinamente, me ir esquecendo de escrever e deixar a coisa definhar.
Preciso disto e tenho mesmo de o fazer! E preciso também de vocês! Caros anónimos ou amigos conhecidos, leitores assíduos ou esporádicos.
A quem tiver a mesma sorte que eu, desejo-lhes umas óptimas férias.
Para quem não tiver essa sorte, convido-vos a aproveitar os fins-de-semana.
E se forem a Alcobaça, avisem! E vamos beber um copo... ;)


09 agosto 2011

Condicionalismo infantil...

     autor: desconhecido | fonte: kisahberuang.com
Eu admito... começo por admiti-lo antes que alguém diga que não o fiz!
Talvez seja uma desculpa, ou simplesmente uma razão encontrada para me identificar como a vítima incompreendida numa sociedade conspurcada com maus hábitos que normalmente são herdados ou mal ensinados.
Mas... vou tentar explicar isto com calma.
Fui educado para ser um "cavalheiro"! Sempre me identifiquei com a mística e fui tentando praticar o óbvio, até que me ficou entranhado, como que identidade intrinseca da minha personalidade, coisa que me é impossível de negar, ou contrariar! Engraçado é que só recentemente encontrei a descrição mais básica para um cavalheiro e isso deixou-me a pensar.
Alguém disse: "Um cavalheiro define-se por ser a pessoa que não permite que os que estão à sua volta fiquem desconfortáveis."
Engraçado, não!? Pois além de colocar os outros em primeiro lugar, é impedido de utilizar uma das ferramentas mais praticada no "engate", ou seja, o tal do "desprezo" ou "fazer de conta" que não está interessado...
E então, porque é que essas ferramentas são tão utilizadas e, penso eu de que, comprovadamente com grande eficácia sobre o sexo oposto!?
Já tinha pensado um bocado nisto, e acreditava ter chegado a uma conclusão.
Mas foi só enquanto visionava um filme muito bem escrito é que me deparei com a verdadeira relevancia do facto. (peço desculpa, não me lembro do título...)
Ora, todos sabemos que as crianças, nomeadamente os rapazes, naquela idade de final de infância entre os 7 e os 12 anos, tem o hábito de tratar mal as raparigas. Esta atitude chega a ter impacto profundo, pois além da conhecida violência verbal, chega mesmo a ser pancada... leve, mas não deixa de ser agressão!
E então, o que acontece depois!? Depois, vai a rapariga a chorar para o colo da mãe, a explicar que não percebe porque o rapaz a tratou mal, e a mãe, faz o que de pior poderia fazer e que irá condiciona-la para toda a sua existência.
Assim, diz-lhe sorrindo, com aquele habitual terno tom de voz, proferido por quem parece ter todas as respostas para infindáveis dilemas existenciais:
"Deixa estar, pois ele faz isso porque realmente ele gosta é de ti!"
Que brutalidade! Isto é abuso!... Que mentira mais depravada e que atitude mais sádica por parte de um progenitor! A rapariga vai crescer, passar a adolescencia a "levar no focinho" e a gostar, ou a pensar que gosta...
Depois, chega à idade adulta com o condicionalismo de que só aqueles que a tratam mal é que gostam verdadeiramente dela. Não é triste!?..
Então é assim... não me consigo encaixar no perfil estereotipado do gajo que vai "dando para trás" e  "deixando a coisa andar" e mais não sei o quê...
Não quero, não tenho paciência... acho tudo treta. Quando gosto mesmo, digo, e se estou interessado, mostro-o! No entanto, não serve para nada!...
Serei sempre mal entendido, e como não sigo os "tramites" normais do sistema, acho que chego a passar por maluco e como andando "pelo beicinho" etc.
Mas que merda! Somos todos adultos e toda a gente se comporta como crianças...
Acho que a próxima vez que conhecer uma rapariga interessante, no fim da conversa devia dar-lhe uma cabeçada na testa e partir-lhe o nariz!
Acredito piamente que não se iria mais esquecer de mim, não fosse eu um cavalheiro.


07 agosto 2011

Seis meses... e a tranquilidade!

     Gorje Hewek ft. Colleen - "Sea and tranquility"
Pois... passaram seis meses desde que isto aqui foi criado. Foi um "parto" fácil, e um crescimento rápido... talvez demasiado rápido! Andei a pensar nesta data desde há algum tempo, e tinha em mente fazer algumas alterações estruturais ao blog... Fui deixando passar o tempo, e não preparei o trabalho. Cheguei agora a casa e vinha a pensar: "Será que foi desleixo, ou simplesmente uma tranquilidade infiltrada!?"
Encontrei esta música há dias, gostei imediatamente do som, e fiquei embevecido com a face da rapariga e hipnotizado pelo cabelo a balouçar com alguma brisa fantasmagórica! Não me apetece entrar em grandes e longos dilemas hoje... acredito mesmo que seja uma tranquilidade que se começa a instalar.
Esta música fui perfeita para perceber isso.
Assim, vai ser com mais calma. Terei mais alguns dias para pensar como irei alterar a estrutura e posteriormente encontrar o desejo para o fazer. Por enquanto, uma alteração de fundo... acho que vai ser só para variar um bocado! (gosto muito da outra imagem...)
Este post não faz sentido nenhum... mas também, ninguém me obriga a que isto tudo tenha de fazer sentido!

05 agosto 2011

É sempre a rapariga errada!...

     Nicole Lively | still-frame Matthew Dear "Slowdance" videoclip
E por mais que tente... por mais que procure, ou que investigue na multidão... por mais que escolha, que olhe, que indague... que estude ou que procure entender!!! Encontro sempre a pessoa errada!...
Aparece sempre alguém que me chama a atenção, mas nunca é alguém "viável" ou simplesmente disponível... Merda! Mas porquê... Porquê "Eu", porquê "a mim"?
Cheguei agora a casa, vindo de um belo concerto "de borla" de Legendary Tiger Man no Longe D do Casino do Estoril. Consegui ir assistir ao concerto com dois amigos e uma amiga, depois de um simples jantar de franguito assado e lulas grelhas, regado com "Fundação Eugénio de Almeida" tinto. Lá fomos para o Casino investigar o concerto do artista (eu chamo-lhe jovem mestre) que os meus acompanhantes desconheciam, mas que ficaram agradavelmente surpreendidos.
Não é, com certeza absoluta, o lugar ideal para um concerto deste género.
O show do homem requeria talvez um ambiente mais intimista, mais recatado e acolhedor e com um "som" bastante melhor... mas "a cavalo dado, não se olha o dente" e lá assistimos com gosto, por entre corpos e cabeças vacilantes ao espectáculo. Mais por imagens projectadas em display electrónico em directo com delay, do que ao vivo e em pessoa... pois o mestre fez questão de desaparecer várias vezes por entre a plateia, deixando os espectadores do fundo da sala sem hipótese de perspectiva.
A audiência estava repleta de gente interessante! Pessoas, gente, mulheres, raparigas... com este e aquele estilo, de um género ou outro. Enfim, um ambiente porreiro, salutar e diverso. E nestas ocasiões, é inevitável um homem solteiro olhar, investigar e indagar perspectivas... Adjuvado por outro amigo na mesma situação, seria impossível de resistir a alguns comentários e outros olhares.
De origem e tipo tão diversa seriam as possibilidades, mas aqui o jovem, teve de centrar a sua atenção em alguém específico.
Uma rapariga... claro! Já não tão jovem como queria parecer, mas com o espírito e carisma típico deste tipo de música. E tinha aquela aura... aquele "Q" que me atrai, que me "impele" que desperta a minha curiosidade!
Usava umas simples sandálias rasas de pele curtida, umas calças de ganga roçadas, uma blusa cinza solta sem mangas e uma mala de pele com alças finas adquirida numa qualquer loja de artigos usados. Cabelos morenos pelas costas com uma "franja de testa" cortada a preceito, um olhar assertivo mas ansioso, com uns olhos tão escuros como a noite sem luar... Não era reconhecivelmente linda, mas para mim era simplesmente muito Bonita e interessante!
Claro que, estando eu interessando, não podia ser assim tão simples...
Evidentemente que, após um curto estudo da situação, me apreço que está acompanhada de alguém! Um jovem armado em puto, com calças pelo fundo do rabo, uma camisa preta dois números a baixo do que seria certo, a roer as unhas e ainda a "obrigar" a miúda a ir buscar a sua bebida ao bar, enquanto o incompreensível energúmeno continuava a observar o concerto rodeado de mais dois ou três parvos!
Mas que merda! Tinha logo de ser a miúda, que para mim era a mais interessante, que tinha de estar rodeada de gente estúpida e parva...
Que pontaria!!! Será estigma, destino, habilitação, fado ou coincidência!?...
Porque raio, é que sempre que me encontro nesta posição, deparo-me sempre com "a errada"!!!
Ou porque namora, ou porque não me acha interessante, ou porque é mais nova ou simplesmente por "não estar interessada"...
Fogo!!! Um oportunidade... um hipótese!... Será pedir demais?

02 agosto 2011

Preciso de me apaixonar!

     autor: desconhecido | fonte: itscarols.tumblr.com
Sim!! Assumo, digo, desabafo, escrevo e partilho... Acho que preciso de o fazer, ou mesmo sou "obrigado" ou compelido a fazê-lo. Já não se trata de uma simples questão física, emocional ou psicológica... não! Não é por "precisar" ou por achar que "faz falta". Não é por que o status quo assim o exige ou porque está padronizado socialmente que assim deve acontecer... Não! Não é por isso.
Cheguei a um ponto intermédio, talvez um entroncamento ou bifurcação. 
Um tempo, uma "altura", talvez zona temporal e espiritual... a um estádio de definição e indefinição a que iremos chamar de middle-earth.
(não! não sou um geek do Lord of the ring's, mas a analogia serve)
Cheguei ao fim de uma estúpida existência juvenil. Um percurso solitário, adolescente e jovem feito simplesmente pela vontade de fazer "algo" e experimentar "coisas". Vida essa que nunca me compeliu a estabilizar, ou criar raízes profundas, e por isso, foi andando ao sabor de uma contra-corrente que me foi imposta. Fui fazendo o "estritamente necessário" para não ir andando para trás... mas nunca mais que isso!
Acho que ainda não exercitei a excelência... o potencial completo das minhas capacidades. Uma energia latente, escondida, irrequieta... uma força expectante na espera de um impulso ou necessidade!
Acabou-se a vontade casuística de fazer as coisas com a normalidade necessária. Preciso de um incentivo, de uma vontade "maior que vida", de um desfio, de uma obrigação ou vontade. Faz-me falta sentir que alguém depende de mim, e ter alguém por quem quero fazer mais, tudo e mais alguma coisa.
Sinto falta dos dramas estúpidos e dos telefonemas chatos. Tenho muitas saudades das preocupações constantes e dos desabafos correntes. Talvez sinta a nostalgia de me sentir importante, prestável... "preciso" ou necessário.
Fazia todo o sentido encontrar alguém que precisa-se de mim.
Alguém que seja independente o suficiente para me dar tempo, mas que no fundo quisesse mesmo ser amada, e que... também estivesse disposta a isso!
Na visão, talvez imaginária, da minha humilde e fragil existência, preciso de me sentir um farol para que todos os problemas que se apresentem pareçam apenas parafusos soltos para os quais tenho todas as chaves!
Quero, preciso ou tenho de me... apaixonar!

31 julho 2011

Sonhei, outra vez... com ela!

     autor: desconhecido | fonte: baryblue56.blogspot.com
Já não sei se me lembro pouco dos sonhos, se não sonho tanto como o normal ou se apenas me lembro dos sonhos realmente interessantes... Certo é que raramente acordo com alguma lembrança de imagens, sons ou cheiros reminescentes de qualquer montagem cerebral durante o descanso nocturno.
Acordei sobressaltado! Algo desorientado e atónito por ter acabado de sentir sonho tão realista e sensorial. Ainda estava tentar juntar as imagens para formar um fio de raciocínio, já elas se iam desvanecendo lentamente como que areia entre os dedos e quanto mais esforço fazia para as agrarrar, mais rápido elas definhavam...
Umas cenas surrealistas de praia, uns polícias a prestar primeiros socorros a uma pessoa e uns médicos do Inem a observar e controlar a multidão... um grupo de amigos que chegava de carro à praia e iam caminhar junto ao mar... e durante um passeio pelas rochas numa falésia irreconhecível, lembro-me dela!!!
Não a vi... não foi ela que me viu, apenas estávamos juntos. Não percebi o âmbito da história, nem consigo lembrar o que me disse... mas recordo vivamente a sua face morna na minha orelha, o suave queixo pousado no meu ombro e as suas lindas, pequenas, secas e frias mãos no meu peito! Bem... que cena!
Mas quem é esta personagem!?...
Relembro de a ver à minha frente, a falar comigo. Cabelos pelos ombros, de um castanho claro com madeixas de um dourado brilhante, com uma estatura baixa, esguia, mas algo atlética. Uns inesquecíveis, sinceros mas interrogativos olhos verde acizentados que me penetravam a alma e me deixavam completamente relaxado... As bochechas levemente rosadas e com pequenas sardas acastanhadas e uns finos e encarnados labios formando um belo e "maroto" sorriso.
Não entendo... não consigo perceber o enredo do sonho!!! Mas queria, queria tanto saber a história dela... Será possível a sua existência? Será um conjunto de memórias dispersas ou uma projecção de uma vontade latente?...
Acho que consigo perceber um pouco da casuística do sonho, devido ao seu enquadramento no tempo e aos pequenos pormenores que o compunham... talvez não passe apenas de um conjunto de acontecimentos que me levaram a sonhar com isto e que ela seja apenas um aglomerado de coincidências!
Não me parecia ser a "tal"... e não sentia que fosse aquela pessoa "perfeita".
Mas sentia-me bem, e fazia-me sentir melhor, parecendo-me tudo tão... ideal!!!
Que merd*!!! Detesto sonhar... só me traz desgostos! Agora vou passar o dia a pensar nisto, e depois a ansiar com outro sonho que me traga uma resposta...
Qual seria o seu nome!?...

30 julho 2011

Noite morna, concerto surpreendente!

     Jamie Cullem - "High & Dry"
Admito que não é bem "a minha onda". Não é aquele tipo de música por que anseio, ou desejo ouvir recorrentemente. Não compro, nem descarrego da net e poucas vezes escolho ouvir... Mas tinha curiosidade e sempre que apanhava uma música ou outra num carro de um amigo ou num lugar comum, ficava sempre com a certeza que o homem devia ser grande músico!
Desvendou-se uma oportunidade de ir ver o concerto de Jamie Cullum ao CoolJazz Fest em Cascais (por sinal, mais uma estreia minha num ano em que se vão revelando com regularidade!) Tinha combinado ir com um grupo de amigos que também queria ver o concerto, e diga-se a verdade, ia também com a fútil curiosidade de encontrar alguém específico no meio de uma multidão que acabou por encher o hipódromo...
Não apanhei o concerto de abertura intero... foi um pena pois a Luisa Sobral revelou-se uma óptima surpresa e fiquei curioso para ouvir mais. O concerto começou, ritmo leve e sóbrio, ao cair da noite e a temperatura a baixar.
Estávamos ainda na segunda música, já o homem tinha tirado o casaco, a gravata e a camisa... ficando apenas com uma t-shirt do Elvis! Após a terceira música faz uma apresentação e revela a história comum do artista que gosta mesmo de vir tocar a Portugal porque aqui o público "sabe mostrar as suas emoções!"
Acreditem quando vos digo que pareceu mesmo sincero!!!
Meia hora depois de ter começado o concerto, disse a um amigo: "O billhete já está pago!" Tal foi a entrega do músico, a sua comunhão com a banda e interacção com público que tornou o espectáculo inebriante. O jovem chegou, por duas vezes, a subir a cima do piano para saltar extasiado do mesmo...
Não parecia mesmo ser um concerto para casais! E passou a ser simplesmente uma bela  noite ao ar livre a beber uns imperiais e ouvir excelente música.
Mais lá para o fim, como era de esperar, apareceram duas ou três músicas "do beijinho", mas o homem queria acabar em grande e depois de duas horas contínuas de concerto, escolheu o "High & Dry" dos Radiohead para terminar. Excelente!!! Mas não conseguiu, pois em terras lusitana, ninguém sai de palco sem um enconre, e lá voltou para uma outra última.
Nunca vi tal entrega em palco, por um músico de estilo mais clássico, e tal emoção em perceber que aquela mancha enorme de gente estava a adorar o concerto... Se o concerto foi inebriante, o próprio músico fico completamente inebriado com o público e acabou por o revelar várias vezes, tanto por palavras como por longos olhares emocionados pela plateia.
Era uma noite que se esperava morna, mas que revelou um músico espectacular a oferecer um surpreendente concerto! Gostei.

28 julho 2011

Quando o dia acaba assim...

     autor: angelasilva | fonte: olhares.aeiou.pt
Começo a achar que... Esperem... não é bem assim! Percebo agora que, a regularidade, senão a própria existência do blog, se devia a ter muito tempo livre nas mãos. Ou seja, enquanto não tinha nada para fazer, arranjava tempo demais para passar a pensar em coisas que "só lembra o diabo" o que, consequentemente, me deixava num estado ainda pior!... Uuff!!!
Bem!... É mais ou menos isso que agora sinto, pois começo a ver que os post se distanciam uns dos outros, e acreditem em mim, quando digo que não é por falta de assunto! Mas antes, devido a ter andado um pouco mais atarefado que o normal, o que me deixa pouco tempo para por as ideias em ordem e posteriormente partilha-las aqui.
Passado alguns dias, começo a sentir-me mal por não escrever! Parece que já assumi o compromisso comigo próprio e agora não posso falhar!
Bem, hoje já esperava um dia atribulado, mas creio que não antecipei bem o volume de encargos que tinha programado... Depois de cedo acordar, fui direito para Alcobaça, onde me esperavam "uns a fazeres"! Assim que cheguei fui logo correios levantar um registo, depois fui à câmara com um amigo tratar de uma licença. Antes do almoço ainda fiz o levantamento de uma loja onde um colega quer montar uma pastelaria... o que fui algo cansativo, pois foi trabalho que deveria ter sido feito numas três horas, que foi feito em uma e dez!...
Já tinha dois convites para almoçar, e ainda apareceu um terceiro! Como é evidente, só pude assistir a um. Antes de retornar ainda fui olhar para um imóvel onde poderei ter um interesse particular no desenvolvimento de um projecto interessante (coisa a contar num futuro próximo) que manteve a minha cabeça a pensar desde que me tinha deitado ontem até agora mesmo... evidentemente que foi ocupando os pensamentos durante o dia!
De regresso, consegui ainda passar uma boa meia-hora ao telefone com um amigo que é arquitecto na câmara para ver se ajudava na resolução de um problema... Na viagem de hora e meio devo ter feito uns sete telefonemas e recebidos uns seis! Já não usava o auricular há algum tempo...
Estava já cansado! Um pouco desgastado até. 
Com tanto assunto tratado em tão pouco tempo, fiquei stressado... rígido e tenso! Não sei bem porque (mas imagino) pensei: "Estou a precisar de sexo!"
Que estupidez. Um gajo pensa em cada coisa enquanto conduz... Devia dar multa!
Chegando a Lisboa liguei à minha irmã, pois trazia-lhe da terra um belo cesto de fruta madura, broa de milho e pão caseiro fresco, para combinar a sua entrega. 
Como o namorado ia sair para o Guincho para uma surfada, perguntou-me se queria ir a casa buscar uns calções e juntar-me a eles. Nem pensei duas vezes!
Nunca tinha feito praia no Guincho. Já era bem tarde e pensei que iria infalivelmente ser violentamente molestado pelo vento! 
Para meu espanto, foi completamente o contrário... Um fim de tarde brutal, com uma temperatura genial e um mar calmo levemente fresco! 
Duas horas e meia de praia que valeram por um fim-de-semana inteiro!
Viemos embora ainda há pouco, e ainda sinto a brisa fresca do nevoeiro a chegar à costa enquanto o sol batia nas costas antes de entrar no carro!... Mesmo lindo! 
Claro que, estando em Cascais, obrigatoriamente fomos traçar o habitual gelado ao Santini (por sinal, experiência nova para mim!) mas ouvi dizer que é habitual...
O certo é que nunca comi um gelado de figo+pistacho tão bom!!! :)
Enquanto subiamos a rua lembrei-me: "Amanhã virei novamente a Cascais ver o concerto de Jamie Cullum!" Mas que vida de burguês.
Se todos os dias acabassem assim!... 

25 julho 2011

Mais uns dias, menos uns tempos...

     autor: Eduardo Martins | fonte: ionline.pt
Mais um fim-de-semana de copos com os amigos na terrinha de sempre!... 
Digo mais um, porque é de certa maneira redondante como, se assim o entender, conseguiria antecipar o resultado final destas curtas viagens. 
Mas... tento não pensar muito nisso, e assim ficar sempre com a esperança que as coisas aconteçam de uma maneira diferente, e ser surpreendido!
E assim, aconteceu! Acontece que aconteceu algo do mesmo e também algo de diferente... mas isso não é nada de "especial", pois dia-a-dia nos acontecem coisas normais e pontualmente nos acontecem coisas diferentes. Neste caso, o "diferente" foi tão agradável de interiorizar que agora ainda consigo sentir o ténue e subtíl calor no peito e a suave e paulatina elevação de espírito.
Depois de uma noite ocupada com um jantar atribulado com alguém que não via à bastante tempo e dos copos da praxe com a rapaziada, lá me fui deitar, meio tarde... Qual o meu espanto quando acordo pelas sete da manhã, sem vontade de dormir!!! Decidi que ia correr. Assim que saí de casa, equipado, sinto os raios de sol matinal a tocar de leve na face e a brisa fresca nas pernas... 
Liguei o leitor de mp3, e senti-me bem, senti-me mesmo muito bem!!! 
Durante as primeiras voltas ao circuito desenhado mentalmente, pouco antes enquanto tomava o pequeno almoço na pastelaria onde trabalha um amigo, fui-me lembrando das vezes que desejei correr precisamente nas mesmas ruas onde agora o estava a fazer... isso deu-me força, alegria e paz. 
Acho que começo a sentir o auto-reconhecimento que definitivamente já mudei alguma coisa!... Fiz por vontade própria, e não porque alguém me disse para o fazer e consegui não desistir a meio...
No fim da corrida sentia-me bem! Algo contente... Estava mesmo a "curtir" o fim-de-semana! Uma corrida matinal, e depois já uma almoçarada já marcada com a malta e mais uma noite de "levantamento de copo"! Claro que, como não podia correr tudo bem, lá exagerei um bocado e o domingo de manhã foi algo doloroso...
Fui buscar um amigo que tinha combinado trazer para Lisboa, pois ia apanhar voo para a Irlanda. Viemos bastante devagar, na bela da conversa... Antes de o deixar no aeroporto, ainda tivemos tempo para ir beber uma imperial à praia! 
Foi uma tarde porreira... falamos da vida, do trabalho e inevitavelmente de mulheres! Não me lembro como cheguei a esse pensamento, mas de súbito lembrei-me que sinto falta das confusões,  dos "stress" e das altercações provocadas pelas mulheres... ou antes, pelas namoradas!
Ontem à noite fiquei a pensar nisso. Cheguei à conclusão que passei tanto tempo a evitar ter relacionamentos próximos, que agora até já sinto falta de me sentir mal quando "dá para o torto" ou simplesmente quando há uma pequena desavença... Que estupidez!.. Como é que consigo fazer sempre isto!?
Hoje lembrei-me que já anteriormente tinha pensado nisso. Precisamente neste sábado à noite, me tinha atravessado a memória, o que - creio eu - me levou a terminar mal a noite... Andava eu numa paz de espírito completamente inesperada e natural... tinha de arranjar alguma coisa para a estragar.
Bem!... Mais dias virão. Claro que menos tempo terei, para "curtir"! Mas também, podia ser bem pior... Se descobri que tenho falta de algo, é porque já não preciso de "fugir" mais!... E agora, até já sei de mais uma coisa que me faz sentir bem.

20 julho 2011

Deve ser um estado de espírito...

     autor: desconhecido | fonte unusuallife.com
Durante esta semana... talvez desde o final da semana passada, tenho-me debatido para organizar ideias e sentir aquela vontade de escrever que me tem acompanhado frequentemente durante os últimos cinco meses. Algo aconteceu, talvez esteja diferente! Ainda não percebi bem em como nem porquê, mas sinto-o ... ou antes, não sinto o que antes sentia!
Estou vazio! Sim, vazio de ideias, de emoções, de sentimentos... não é bem um estado de apatia, mas antes um leve estado de "contentamento". Claro que ainda não chegamos ao fim do mês, e quando isso acontecer, devo logo ficar super transtornado novamente... Pensarei nisso quando lá chegar.
Mas agora, sinto-me como flutuando entre estadios. Entre alturas e zonas onde devemos estar e permanecer. Não estou triste, nem estou feliz... não me apetece fazer nada, mas estava agora a olhar para o pôr-do-sol e deu-me vontade de ir correr. Não quero nada, nem consigo me lembrar nada que imediatamente anseie ter. Estranho, esquisito... nunca me senti assim!
Estava agora a terminar um trabalho ao computador, e fui dar uma vista de olhos ao blog. Dei uma leitura na diagonal a alguns post's, e achei muito estranho aquele gajo hiper perturbado e errático de raciocínio... Ganhei-lhe aversão!
Reconheço que ultimamente tenho sentido uma maior dificuldade em me fazer entender. As pessoas lêem o que escrevo, mas interpretam as coisas de uma maneira completamente distinta do sentido que tentei incutir ao texto...
É bastante confuso e algo de desesperante... mas é isso que deve acontecer com muitos escritores, creio. Se a escrita for completamente transparente, não será uma escrita com grande interesse. E logo ninguém terá paciência para a ler!
Um grande problema é que já não sei muito bem o para quê de isto!?
Para que é que serve o blog, e para quem é que realmente o criei?...
Escrevi tanto sobre mim, demasiado! Escolhi tanto assuntos, outros dramas, novos acontecimentos... tudo em jeito de expiação dramática.
Será que deitei mesmo tudo para fora? Restará mais alguma coisa a dizer...!?
Valerá mesmo a pena continuar a escrever sobre coisas tão fúteis e ao mesmo tempo tão pessoais e intímas, apenas pelo hábito criado por fazê-lo com frequência!? Talvez na esperança inconscientemente latente que um milagre por fim, se realize...

18 julho 2011

Será que quero o que não posso ter?!...

     autor: desconhecido | fonte: cushwake.com
Domingo... Encontrava-me eu a desempenhar o papel de filho atencioso, que levou a mãe às compras ao Centro comercial repleto de gente... Os saldos!... 
A confusão desnecessária, os inevitáveis encontros, os olhares estranho, as esperas incessantes e claro, o desconforto! "Ainda bem que bebi vinho ao almoço!" pensei eu!... Mas quando viramos a esquina e vi a montra da loja, lembrei-me dela... Será que estaria ela a trabalhar na loja neste dia?!
Fazendo o meu papel de acompanhante, já com um fatinho comprado nos saldo na mão, entro na loja e depois de um leve olhar nos mostruários, ela aparece. Com um andar leve, seguro e calmo nos sapatos rasos de cor marfim. Traz novamente o cabelo, de um loiro sujo, bem escorrido, uma saia bege travada e uma blusa em tons castanhos. Aquele simpático sorriso bem rasgado é simplesmente "imbatível" e mais uma vez, revela o aparelho. É soberbo com apresenta um tez tão suave e clara, os gestos extremamente requintados, apresentado uma imagem esbelta e uma presença clássica. Deve ter a minha altura... e eu não sou baixo!...
Acho que lhe achei uma certa "piada" desde a primeira vez que fui aquela loja, mas também não passa daí. No fundo não acredito que pudesse ser outra coisa, e nesta altura,  também não me ia meter noutra confusão.
Ao fim da tarde, enquanto corria junto ao rio, ela fez lembrar: 
"Será que quero mais do que posso, ou me será permitido ter? Será que não deveria ficar contentado com menos... como uma pessoa normal?"
Já tinha pensado nisto algumas vezes, e ultimamente, como tenho andado um pouco mais "calmo" e com mais paz de espírito do que o normal, tenho aproveitado para analisar as coisas de outra perspectiva. (acho que escrevo mais quando estou perturbado, visto que ando a escrever com menos frequência...)
Eu sei que sou exigente, e também acredito que sei aquilo que quero.
Mas será que poderei eu aspirar a conseguir ter tudo aquilo que quero... Será que posso ou devo aspirar a ter uma vida "perfeita" a meu ver? Não será que estarei a desgastar-me ou tentar encontrar aquela pessoa por que terei tal amor que não conseguiria ver mais nada, ou seria melhor ficar "contentado" com alguém que simplesmente seja compatível e que goste de mim... Será que o segredo para ser feliz é exigir menos?! Mas se assim for, não estarei eu a trair-me a mim mesmo, e "mais tarde, ou mais cedo" a minha vida não terá de pagar por uma escolha que não era aquela que verdadeiramente eu desejava!?...
Fiquei perturbado, algo ansioso! Confuso e pensativo... Vou ter que pensar nisto seriamente e com a calma necessária para não correr o risco de resvalar novamente. Acho que preciso de ouvir concelhos de alguns amigos.
Lembro-me de uma frase que encontrei não sei bem onde: "Never leave the person you love for the person you like because the person you like will leave you for the person they love."
Não sei bem porquê, mas lembrei-me dela... da frase claro!!!
A rapariga? Essa, lá está na loja quando eu lá voltar.

15 julho 2011

Está tudo ligado...é a vida!

     autor: desconhecido | fonte:poeta-perdido.blogspot.com
É mesmo curioso como tudo parece tão intrincado e interligado... de certa maneira tudo tem a ver com pouco e nada tem a ver com tudo! Fabulosa é a sensação de descobrir mais um pouco... uma revelação, uma confirmação de uma suspeita ou sentimento de certeza. Creio que deve acontecer periodicamente, a mais do que uma pessoa ao mesmo tempo. Mas quando nos acontece a nós... bem, quando isso acontece, é grandioso!
Não vou aqui explicar o sucedido... por não querer, por não conseguir ou por não dever agora pouco interessa! O que posso partilhar convosco, minha ubíqua audiência, é que as acções provocam reacções. Mesmo quando a pessoa que reagiu não tinha conhecimento da acção que lhe deu origem, e daí o saber que "está tudo ligado"! 
Não venham agora os religiosos afirmar que está tudo destinado e que "Deus" (ou essa energia cósmica a que alguns preferem dar forma humana...) cozinha todas essas coisas... Népia, nada disso! Apenas acontece que à medida que vamos tomando a verdadeira noção das coisas, consequentemente iremos produzir certas e determinadas acções. Mais tarde, ou mais cedo, essas acções iram produzir - inevitavelmente - algum efeito... do tipo "efeito borboleta (vejam o filme!)
Pois, aconteceu hoje, uma revelação que confirmou algumas suspeitas que tinha em relação a certos "condicionalismos" emocionais na minha vida... 
Ou seja, descobri mais uma grande bocado de mim!!!...
Isso só aconteceu, porque em certa altura decidi "romper"... bater com o pé e dizer "basta"! Só por ter feito isso, é que posteriormente iria desencadear o movimento necessário que fosse catalisador da descoberta da verdadeira realidade. Na altura foi doloroso... mas agora percebo que foi necessário.
"The truth alone triumphs" in Devanagari scripts.

12 julho 2011

As razões da queda... 0.3

    "Migração forçada ou exílio voluntário?"
     autor: desconhecido | fonte: paratyemfoco.com/blog
Não estou no meu meio... na minha terra... no meu espaço de conforto! Não nasci aqui, pior!... não cresci aqui nem me formei como pessoa aqui. Nunca desenvolvi "raízes", fortes amizades, fracas amizades, desgostos ou cicatrizes aqui!
Não me sinto como "sendo destas bandas". Antes sinto-me um pouco como um apátrida em suspensão... moro em Alcobaça, mas resido em Lisboa. Voto e pago impostos em Alcobaça, mas vivo em Lisboa. Trabalho em Lisboa, mas a maior parte da minha vida social está em Alcobaça...
É um sentimento estranho, de uma vida desconexa e com que venho a lutar hà quatro anos. Vim para Lisboa estudar durante a faculdade. Foram sete anos a fazer viagens pendulares aos fins-de-semana à terrinha para matar saudades, células cerebrais e camadas de fígado... Assim que terminei o curso,  retornei à minha zona para trabalhar, mas dois anos depois voltei para aqui à procura de melhores oportunidades. Não correu muito bem... como se pode entender!?
Durante estes quatro anos, fui paulatinamente deixando de ir com regularidade a Alcobaça. Por razões várias fui-me afastando e resignando a ficar por cá.
Lembro-me que começou por dinheiro... para poupar, e por vergonha, por ter pouco para gastar quando lá ia. Talvez também fosse para fugir de algumas relações falhadas, e por não perspectivar uma vida adulta inserido num meio onde não encontrava uma "alma gémea" ou alguém interessante para o fazer...
Depois, como ia lá cada vez menos, fui perdendo amigos... começou a ser mais difícil ir, pois já me encontrava resumido a um punhado deles.
Passado algum tempo, quando lá ia, a vontade de falar com todas as pessoas e visitar todas as "capelas" fazia com que o "exagero" se apodera-se de mim e obstruísse a sensatez... e fazia coisas impossíveis de lembrar e partilhar.
Do género: aquelas coisas das quais não se pode dizer o nome...
Mas o pior... o pior é que, não ia a Alcobaça socializar, mas cá também não o fazia!
Alguns amigos de faculdade e amigos desses amigos... dois ou três conhecidos de trabalho, e pouco mais. Não saía muito! Aliás, nem muito nem pouco... era mais nada! Outra vez por dinheiro... se não saísse de casa, não gastava. Lembro-me alguns fins-de-semana verdadeiramente em estado "ermita", sem proferir palavra com ninguém, tirando: "Um café" e "Obrigado" quando ia à pastelaria...
Sei que isto não me fez nada bem! Estragou-me... danificou-me... alterou muito a maneira de ver as coisas! Durante longos meses tornou-se um incómodo recorrente, e entretanto espero quebrar esta "barreira" intransponível...
Ajuda!... Já me exilei tanto, agora mal consigo sair disto. Preciso urgentemente que me dêem a mão! Anseio por um convite, uma proposta... um desafio!
Sei que fiz uma migração necessária... mas não queria tornar isto num exílio forçado. E estando numa das cidades mais bonitas da Europa, onde agora não há desculpa para ficar em casa. 
Vou começar a comprar a "Time Out", e agora só preciso de companhia!...