25 julho 2011

Mais uns dias, menos uns tempos...

     autor: Eduardo Martins | fonte: ionline.pt
Mais um fim-de-semana de copos com os amigos na terrinha de sempre!... 
Digo mais um, porque é de certa maneira redondante como, se assim o entender, conseguiria antecipar o resultado final destas curtas viagens. 
Mas... tento não pensar muito nisso, e assim ficar sempre com a esperança que as coisas aconteçam de uma maneira diferente, e ser surpreendido!
E assim, aconteceu! Acontece que aconteceu algo do mesmo e também algo de diferente... mas isso não é nada de "especial", pois dia-a-dia nos acontecem coisas normais e pontualmente nos acontecem coisas diferentes. Neste caso, o "diferente" foi tão agradável de interiorizar que agora ainda consigo sentir o ténue e subtíl calor no peito e a suave e paulatina elevação de espírito.
Depois de uma noite ocupada com um jantar atribulado com alguém que não via à bastante tempo e dos copos da praxe com a rapaziada, lá me fui deitar, meio tarde... Qual o meu espanto quando acordo pelas sete da manhã, sem vontade de dormir!!! Decidi que ia correr. Assim que saí de casa, equipado, sinto os raios de sol matinal a tocar de leve na face e a brisa fresca nas pernas... 
Liguei o leitor de mp3, e senti-me bem, senti-me mesmo muito bem!!! 
Durante as primeiras voltas ao circuito desenhado mentalmente, pouco antes enquanto tomava o pequeno almoço na pastelaria onde trabalha um amigo, fui-me lembrando das vezes que desejei correr precisamente nas mesmas ruas onde agora o estava a fazer... isso deu-me força, alegria e paz. 
Acho que começo a sentir o auto-reconhecimento que definitivamente já mudei alguma coisa!... Fiz por vontade própria, e não porque alguém me disse para o fazer e consegui não desistir a meio...
No fim da corrida sentia-me bem! Algo contente... Estava mesmo a "curtir" o fim-de-semana! Uma corrida matinal, e depois já uma almoçarada já marcada com a malta e mais uma noite de "levantamento de copo"! Claro que, como não podia correr tudo bem, lá exagerei um bocado e o domingo de manhã foi algo doloroso...
Fui buscar um amigo que tinha combinado trazer para Lisboa, pois ia apanhar voo para a Irlanda. Viemos bastante devagar, na bela da conversa... Antes de o deixar no aeroporto, ainda tivemos tempo para ir beber uma imperial à praia! 
Foi uma tarde porreira... falamos da vida, do trabalho e inevitavelmente de mulheres! Não me lembro como cheguei a esse pensamento, mas de súbito lembrei-me que sinto falta das confusões,  dos "stress" e das altercações provocadas pelas mulheres... ou antes, pelas namoradas!
Ontem à noite fiquei a pensar nisso. Cheguei à conclusão que passei tanto tempo a evitar ter relacionamentos próximos, que agora até já sinto falta de me sentir mal quando "dá para o torto" ou simplesmente quando há uma pequena desavença... Que estupidez!.. Como é que consigo fazer sempre isto!?
Hoje lembrei-me que já anteriormente tinha pensado nisso. Precisamente neste sábado à noite, me tinha atravessado a memória, o que - creio eu - me levou a terminar mal a noite... Andava eu numa paz de espírito completamente inesperada e natural... tinha de arranjar alguma coisa para a estragar.
Bem!... Mais dias virão. Claro que menos tempo terei, para "curtir"! Mas também, podia ser bem pior... Se descobri que tenho falta de algo, é porque já não preciso de "fugir" mais!... E agora, até já sei de mais uma coisa que me faz sentir bem.

4 comentários:

  1. Na minha opinião, acho que o facto de andarmos constantemente à procura da tal pessoa faz-nos com que seja mais dificil de a encontrar que acabamos por achar que nunca irá aparecer. Se calhar o melhor remédio é viver a vida e pode ser que até a encontremos, o que no meu caso duvido mto, lol. Bjinho

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  2. Mas quem não procura, também não vai encontrar!... De modo que, se andarmos sempre a "deixar a vida andar", ela poderá acabar por passar por nós, sem a sentirmos... Claro, que apenas alguns afortunados terão a hipótese de encontrar o seu "graal"! Os outros entretêm-se na busca! :)

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  3. Claro k sim, mas nesta etapa da vida começo a achar que o "graal" só existe para alguns

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