20 julho 2011

Deve ser um estado de espírito...

     autor: desconhecido | fonte unusuallife.com
Durante esta semana... talvez desde o final da semana passada, tenho-me debatido para organizar ideias e sentir aquela vontade de escrever que me tem acompanhado frequentemente durante os últimos cinco meses. Algo aconteceu, talvez esteja diferente! Ainda não percebi bem em como nem porquê, mas sinto-o ... ou antes, não sinto o que antes sentia!
Estou vazio! Sim, vazio de ideias, de emoções, de sentimentos... não é bem um estado de apatia, mas antes um leve estado de "contentamento". Claro que ainda não chegamos ao fim do mês, e quando isso acontecer, devo logo ficar super transtornado novamente... Pensarei nisso quando lá chegar.
Mas agora, sinto-me como flutuando entre estadios. Entre alturas e zonas onde devemos estar e permanecer. Não estou triste, nem estou feliz... não me apetece fazer nada, mas estava agora a olhar para o pôr-do-sol e deu-me vontade de ir correr. Não quero nada, nem consigo me lembrar nada que imediatamente anseie ter. Estranho, esquisito... nunca me senti assim!
Estava agora a terminar um trabalho ao computador, e fui dar uma vista de olhos ao blog. Dei uma leitura na diagonal a alguns post's, e achei muito estranho aquele gajo hiper perturbado e errático de raciocínio... Ganhei-lhe aversão!
Reconheço que ultimamente tenho sentido uma maior dificuldade em me fazer entender. As pessoas lêem o que escrevo, mas interpretam as coisas de uma maneira completamente distinta do sentido que tentei incutir ao texto...
É bastante confuso e algo de desesperante... mas é isso que deve acontecer com muitos escritores, creio. Se a escrita for completamente transparente, não será uma escrita com grande interesse. E logo ninguém terá paciência para a ler!
Um grande problema é que já não sei muito bem o para quê de isto!?
Para que é que serve o blog, e para quem é que realmente o criei?...
Escrevi tanto sobre mim, demasiado! Escolhi tanto assuntos, outros dramas, novos acontecimentos... tudo em jeito de expiação dramática.
Será que deitei mesmo tudo para fora? Restará mais alguma coisa a dizer...!?
Valerá mesmo a pena continuar a escrever sobre coisas tão fúteis e ao mesmo tempo tão pessoais e intímas, apenas pelo hábito criado por fazê-lo com frequência!? Talvez na esperança inconscientemente latente que um milagre por fim, se realize...

4 comentários:

  1. Escreves para ti e para nós...para todos os que esperam um milagre (qualquer que ele seja)
    .. pessoas com essa capacidade, iniciativa e até paciência, de partilhar sem medo das interpretações e da exposição tornam-se importantes para outros que sentem o mesmo e são mais cobardes, menos criativos ou apenas mais acomodados... conseguem chegar aos sentimentos dos outros fazê-los sentir menos sós e menos incompreendidos...
    esperando que tu sintas o mesmo pq na realidade isto não é um monólogo ;)
    http://youtu.be/9PnOG67flRA

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  2. Esse tipo de dúvidas poderá ser um sinal de que estás a "arrumar a casa".
    Anyway... Continua a escrever até sentires que o deves fazer, seja qual for o motivo ;)

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  3. Mais uma vez, obrigado Raquel!
    Pois, realmente enquanto escrevia o texto fui reparando nisso... a "casa começa a ficar mais arrumada!". Acho que não queria acreditar nisso... mas é o mais provavel.
    Creio que o blog irá ter várias "fases", e provavelmente cheguei ao final da primeira (só demorou 6 meses...).

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  4. Passei aqui (quase) por acaso, achei o nome do blogue muito provocativo e dei-me a liberdade de entrar. Li o título, li o texto, reli o título. E pensei: um estado de espírito não é certamente - é escrita, escrita como eu a entendo.
    Se tenho algo para dizer, vou ter com a pessoa e digo-lhe. Se não tenho nada para dizer, escrevo. Pois bem, penso que essa é uma óptima razão para escrever. Por que razão uma pessoa faz filhos? Nenhuma. Faz, sem saber que os está a fazer. Faz porque isso lhe dá gozo. O mesmo é escrever.
    Eu cá ponho-me assim de fora e olho para dentro de mim e escrevo sobre o que pensa, que sente e que faz o palhaço que vejo. Não é escrita intimista, é tão realista como descrever o que se encontra no forro de um bolso... Mas não quero fazer um comentário tão extenso como o seu post, quero apenas dizer-lhe que existo e que topei com o seu post, o que me levou a escrever isto. Rui (tremontelo.blogspot.com).

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