31 julho 2011

Sonhei, outra vez... com ela!

     autor: desconhecido | fonte: baryblue56.blogspot.com
Já não sei se me lembro pouco dos sonhos, se não sonho tanto como o normal ou se apenas me lembro dos sonhos realmente interessantes... Certo é que raramente acordo com alguma lembrança de imagens, sons ou cheiros reminescentes de qualquer montagem cerebral durante o descanso nocturno.
Acordei sobressaltado! Algo desorientado e atónito por ter acabado de sentir sonho tão realista e sensorial. Ainda estava tentar juntar as imagens para formar um fio de raciocínio, já elas se iam desvanecendo lentamente como que areia entre os dedos e quanto mais esforço fazia para as agrarrar, mais rápido elas definhavam...
Umas cenas surrealistas de praia, uns polícias a prestar primeiros socorros a uma pessoa e uns médicos do Inem a observar e controlar a multidão... um grupo de amigos que chegava de carro à praia e iam caminhar junto ao mar... e durante um passeio pelas rochas numa falésia irreconhecível, lembro-me dela!!!
Não a vi... não foi ela que me viu, apenas estávamos juntos. Não percebi o âmbito da história, nem consigo lembrar o que me disse... mas recordo vivamente a sua face morna na minha orelha, o suave queixo pousado no meu ombro e as suas lindas, pequenas, secas e frias mãos no meu peito! Bem... que cena!
Mas quem é esta personagem!?...
Relembro de a ver à minha frente, a falar comigo. Cabelos pelos ombros, de um castanho claro com madeixas de um dourado brilhante, com uma estatura baixa, esguia, mas algo atlética. Uns inesquecíveis, sinceros mas interrogativos olhos verde acizentados que me penetravam a alma e me deixavam completamente relaxado... As bochechas levemente rosadas e com pequenas sardas acastanhadas e uns finos e encarnados labios formando um belo e "maroto" sorriso.
Não entendo... não consigo perceber o enredo do sonho!!! Mas queria, queria tanto saber a história dela... Será possível a sua existência? Será um conjunto de memórias dispersas ou uma projecção de uma vontade latente?...
Acho que consigo perceber um pouco da casuística do sonho, devido ao seu enquadramento no tempo e aos pequenos pormenores que o compunham... talvez não passe apenas de um conjunto de acontecimentos que me levaram a sonhar com isto e que ela seja apenas um aglomerado de coincidências!
Não me parecia ser a "tal"... e não sentia que fosse aquela pessoa "perfeita".
Mas sentia-me bem, e fazia-me sentir melhor, parecendo-me tudo tão... ideal!!!
Que merd*!!! Detesto sonhar... só me traz desgostos! Agora vou passar o dia a pensar nisto, e depois a ansiar com outro sonho que me traga uma resposta...
Qual seria o seu nome!?...

30 julho 2011

Noite morna, concerto surpreendente!

     Jamie Cullem - "High & Dry"
Admito que não é bem "a minha onda". Não é aquele tipo de música por que anseio, ou desejo ouvir recorrentemente. Não compro, nem descarrego da net e poucas vezes escolho ouvir... Mas tinha curiosidade e sempre que apanhava uma música ou outra num carro de um amigo ou num lugar comum, ficava sempre com a certeza que o homem devia ser grande músico!
Desvendou-se uma oportunidade de ir ver o concerto de Jamie Cullum ao CoolJazz Fest em Cascais (por sinal, mais uma estreia minha num ano em que se vão revelando com regularidade!) Tinha combinado ir com um grupo de amigos que também queria ver o concerto, e diga-se a verdade, ia também com a fútil curiosidade de encontrar alguém específico no meio de uma multidão que acabou por encher o hipódromo...
Não apanhei o concerto de abertura intero... foi um pena pois a Luisa Sobral revelou-se uma óptima surpresa e fiquei curioso para ouvir mais. O concerto começou, ritmo leve e sóbrio, ao cair da noite e a temperatura a baixar.
Estávamos ainda na segunda música, já o homem tinha tirado o casaco, a gravata e a camisa... ficando apenas com uma t-shirt do Elvis! Após a terceira música faz uma apresentação e revela a história comum do artista que gosta mesmo de vir tocar a Portugal porque aqui o público "sabe mostrar as suas emoções!"
Acreditem quando vos digo que pareceu mesmo sincero!!!
Meia hora depois de ter começado o concerto, disse a um amigo: "O billhete já está pago!" Tal foi a entrega do músico, a sua comunhão com a banda e interacção com público que tornou o espectáculo inebriante. O jovem chegou, por duas vezes, a subir a cima do piano para saltar extasiado do mesmo...
Não parecia mesmo ser um concerto para casais! E passou a ser simplesmente uma bela  noite ao ar livre a beber uns imperiais e ouvir excelente música.
Mais lá para o fim, como era de esperar, apareceram duas ou três músicas "do beijinho", mas o homem queria acabar em grande e depois de duas horas contínuas de concerto, escolheu o "High & Dry" dos Radiohead para terminar. Excelente!!! Mas não conseguiu, pois em terras lusitana, ninguém sai de palco sem um enconre, e lá voltou para uma outra última.
Nunca vi tal entrega em palco, por um músico de estilo mais clássico, e tal emoção em perceber que aquela mancha enorme de gente estava a adorar o concerto... Se o concerto foi inebriante, o próprio músico fico completamente inebriado com o público e acabou por o revelar várias vezes, tanto por palavras como por longos olhares emocionados pela plateia.
Era uma noite que se esperava morna, mas que revelou um músico espectacular a oferecer um surpreendente concerto! Gostei.

28 julho 2011

Quando o dia acaba assim...

     autor: angelasilva | fonte: olhares.aeiou.pt
Começo a achar que... Esperem... não é bem assim! Percebo agora que, a regularidade, senão a própria existência do blog, se devia a ter muito tempo livre nas mãos. Ou seja, enquanto não tinha nada para fazer, arranjava tempo demais para passar a pensar em coisas que "só lembra o diabo" o que, consequentemente, me deixava num estado ainda pior!... Uuff!!!
Bem!... É mais ou menos isso que agora sinto, pois começo a ver que os post se distanciam uns dos outros, e acreditem em mim, quando digo que não é por falta de assunto! Mas antes, devido a ter andado um pouco mais atarefado que o normal, o que me deixa pouco tempo para por as ideias em ordem e posteriormente partilha-las aqui.
Passado alguns dias, começo a sentir-me mal por não escrever! Parece que já assumi o compromisso comigo próprio e agora não posso falhar!
Bem, hoje já esperava um dia atribulado, mas creio que não antecipei bem o volume de encargos que tinha programado... Depois de cedo acordar, fui direito para Alcobaça, onde me esperavam "uns a fazeres"! Assim que cheguei fui logo correios levantar um registo, depois fui à câmara com um amigo tratar de uma licença. Antes do almoço ainda fiz o levantamento de uma loja onde um colega quer montar uma pastelaria... o que fui algo cansativo, pois foi trabalho que deveria ter sido feito numas três horas, que foi feito em uma e dez!...
Já tinha dois convites para almoçar, e ainda apareceu um terceiro! Como é evidente, só pude assistir a um. Antes de retornar ainda fui olhar para um imóvel onde poderei ter um interesse particular no desenvolvimento de um projecto interessante (coisa a contar num futuro próximo) que manteve a minha cabeça a pensar desde que me tinha deitado ontem até agora mesmo... evidentemente que foi ocupando os pensamentos durante o dia!
De regresso, consegui ainda passar uma boa meia-hora ao telefone com um amigo que é arquitecto na câmara para ver se ajudava na resolução de um problema... Na viagem de hora e meio devo ter feito uns sete telefonemas e recebidos uns seis! Já não usava o auricular há algum tempo...
Estava já cansado! Um pouco desgastado até. 
Com tanto assunto tratado em tão pouco tempo, fiquei stressado... rígido e tenso! Não sei bem porque (mas imagino) pensei: "Estou a precisar de sexo!"
Que estupidez. Um gajo pensa em cada coisa enquanto conduz... Devia dar multa!
Chegando a Lisboa liguei à minha irmã, pois trazia-lhe da terra um belo cesto de fruta madura, broa de milho e pão caseiro fresco, para combinar a sua entrega. 
Como o namorado ia sair para o Guincho para uma surfada, perguntou-me se queria ir a casa buscar uns calções e juntar-me a eles. Nem pensei duas vezes!
Nunca tinha feito praia no Guincho. Já era bem tarde e pensei que iria infalivelmente ser violentamente molestado pelo vento! 
Para meu espanto, foi completamente o contrário... Um fim de tarde brutal, com uma temperatura genial e um mar calmo levemente fresco! 
Duas horas e meia de praia que valeram por um fim-de-semana inteiro!
Viemos embora ainda há pouco, e ainda sinto a brisa fresca do nevoeiro a chegar à costa enquanto o sol batia nas costas antes de entrar no carro!... Mesmo lindo! 
Claro que, estando em Cascais, obrigatoriamente fomos traçar o habitual gelado ao Santini (por sinal, experiência nova para mim!) mas ouvi dizer que é habitual...
O certo é que nunca comi um gelado de figo+pistacho tão bom!!! :)
Enquanto subiamos a rua lembrei-me: "Amanhã virei novamente a Cascais ver o concerto de Jamie Cullum!" Mas que vida de burguês.
Se todos os dias acabassem assim!... 

25 julho 2011

Mais uns dias, menos uns tempos...

     autor: Eduardo Martins | fonte: ionline.pt
Mais um fim-de-semana de copos com os amigos na terrinha de sempre!... 
Digo mais um, porque é de certa maneira redondante como, se assim o entender, conseguiria antecipar o resultado final destas curtas viagens. 
Mas... tento não pensar muito nisso, e assim ficar sempre com a esperança que as coisas aconteçam de uma maneira diferente, e ser surpreendido!
E assim, aconteceu! Acontece que aconteceu algo do mesmo e também algo de diferente... mas isso não é nada de "especial", pois dia-a-dia nos acontecem coisas normais e pontualmente nos acontecem coisas diferentes. Neste caso, o "diferente" foi tão agradável de interiorizar que agora ainda consigo sentir o ténue e subtíl calor no peito e a suave e paulatina elevação de espírito.
Depois de uma noite ocupada com um jantar atribulado com alguém que não via à bastante tempo e dos copos da praxe com a rapaziada, lá me fui deitar, meio tarde... Qual o meu espanto quando acordo pelas sete da manhã, sem vontade de dormir!!! Decidi que ia correr. Assim que saí de casa, equipado, sinto os raios de sol matinal a tocar de leve na face e a brisa fresca nas pernas... 
Liguei o leitor de mp3, e senti-me bem, senti-me mesmo muito bem!!! 
Durante as primeiras voltas ao circuito desenhado mentalmente, pouco antes enquanto tomava o pequeno almoço na pastelaria onde trabalha um amigo, fui-me lembrando das vezes que desejei correr precisamente nas mesmas ruas onde agora o estava a fazer... isso deu-me força, alegria e paz. 
Acho que começo a sentir o auto-reconhecimento que definitivamente já mudei alguma coisa!... Fiz por vontade própria, e não porque alguém me disse para o fazer e consegui não desistir a meio...
No fim da corrida sentia-me bem! Algo contente... Estava mesmo a "curtir" o fim-de-semana! Uma corrida matinal, e depois já uma almoçarada já marcada com a malta e mais uma noite de "levantamento de copo"! Claro que, como não podia correr tudo bem, lá exagerei um bocado e o domingo de manhã foi algo doloroso...
Fui buscar um amigo que tinha combinado trazer para Lisboa, pois ia apanhar voo para a Irlanda. Viemos bastante devagar, na bela da conversa... Antes de o deixar no aeroporto, ainda tivemos tempo para ir beber uma imperial à praia! 
Foi uma tarde porreira... falamos da vida, do trabalho e inevitavelmente de mulheres! Não me lembro como cheguei a esse pensamento, mas de súbito lembrei-me que sinto falta das confusões,  dos "stress" e das altercações provocadas pelas mulheres... ou antes, pelas namoradas!
Ontem à noite fiquei a pensar nisso. Cheguei à conclusão que passei tanto tempo a evitar ter relacionamentos próximos, que agora até já sinto falta de me sentir mal quando "dá para o torto" ou simplesmente quando há uma pequena desavença... Que estupidez!.. Como é que consigo fazer sempre isto!?
Hoje lembrei-me que já anteriormente tinha pensado nisso. Precisamente neste sábado à noite, me tinha atravessado a memória, o que - creio eu - me levou a terminar mal a noite... Andava eu numa paz de espírito completamente inesperada e natural... tinha de arranjar alguma coisa para a estragar.
Bem!... Mais dias virão. Claro que menos tempo terei, para "curtir"! Mas também, podia ser bem pior... Se descobri que tenho falta de algo, é porque já não preciso de "fugir" mais!... E agora, até já sei de mais uma coisa que me faz sentir bem.

20 julho 2011

Deve ser um estado de espírito...

     autor: desconhecido | fonte unusuallife.com
Durante esta semana... talvez desde o final da semana passada, tenho-me debatido para organizar ideias e sentir aquela vontade de escrever que me tem acompanhado frequentemente durante os últimos cinco meses. Algo aconteceu, talvez esteja diferente! Ainda não percebi bem em como nem porquê, mas sinto-o ... ou antes, não sinto o que antes sentia!
Estou vazio! Sim, vazio de ideias, de emoções, de sentimentos... não é bem um estado de apatia, mas antes um leve estado de "contentamento". Claro que ainda não chegamos ao fim do mês, e quando isso acontecer, devo logo ficar super transtornado novamente... Pensarei nisso quando lá chegar.
Mas agora, sinto-me como flutuando entre estadios. Entre alturas e zonas onde devemos estar e permanecer. Não estou triste, nem estou feliz... não me apetece fazer nada, mas estava agora a olhar para o pôr-do-sol e deu-me vontade de ir correr. Não quero nada, nem consigo me lembrar nada que imediatamente anseie ter. Estranho, esquisito... nunca me senti assim!
Estava agora a terminar um trabalho ao computador, e fui dar uma vista de olhos ao blog. Dei uma leitura na diagonal a alguns post's, e achei muito estranho aquele gajo hiper perturbado e errático de raciocínio... Ganhei-lhe aversão!
Reconheço que ultimamente tenho sentido uma maior dificuldade em me fazer entender. As pessoas lêem o que escrevo, mas interpretam as coisas de uma maneira completamente distinta do sentido que tentei incutir ao texto...
É bastante confuso e algo de desesperante... mas é isso que deve acontecer com muitos escritores, creio. Se a escrita for completamente transparente, não será uma escrita com grande interesse. E logo ninguém terá paciência para a ler!
Um grande problema é que já não sei muito bem o para quê de isto!?
Para que é que serve o blog, e para quem é que realmente o criei?...
Escrevi tanto sobre mim, demasiado! Escolhi tanto assuntos, outros dramas, novos acontecimentos... tudo em jeito de expiação dramática.
Será que deitei mesmo tudo para fora? Restará mais alguma coisa a dizer...!?
Valerá mesmo a pena continuar a escrever sobre coisas tão fúteis e ao mesmo tempo tão pessoais e intímas, apenas pelo hábito criado por fazê-lo com frequência!? Talvez na esperança inconscientemente latente que um milagre por fim, se realize...

18 julho 2011

Será que quero o que não posso ter?!...

     autor: desconhecido | fonte: cushwake.com
Domingo... Encontrava-me eu a desempenhar o papel de filho atencioso, que levou a mãe às compras ao Centro comercial repleto de gente... Os saldos!... 
A confusão desnecessária, os inevitáveis encontros, os olhares estranho, as esperas incessantes e claro, o desconforto! "Ainda bem que bebi vinho ao almoço!" pensei eu!... Mas quando viramos a esquina e vi a montra da loja, lembrei-me dela... Será que estaria ela a trabalhar na loja neste dia?!
Fazendo o meu papel de acompanhante, já com um fatinho comprado nos saldo na mão, entro na loja e depois de um leve olhar nos mostruários, ela aparece. Com um andar leve, seguro e calmo nos sapatos rasos de cor marfim. Traz novamente o cabelo, de um loiro sujo, bem escorrido, uma saia bege travada e uma blusa em tons castanhos. Aquele simpático sorriso bem rasgado é simplesmente "imbatível" e mais uma vez, revela o aparelho. É soberbo com apresenta um tez tão suave e clara, os gestos extremamente requintados, apresentado uma imagem esbelta e uma presença clássica. Deve ter a minha altura... e eu não sou baixo!...
Acho que lhe achei uma certa "piada" desde a primeira vez que fui aquela loja, mas também não passa daí. No fundo não acredito que pudesse ser outra coisa, e nesta altura,  também não me ia meter noutra confusão.
Ao fim da tarde, enquanto corria junto ao rio, ela fez lembrar: 
"Será que quero mais do que posso, ou me será permitido ter? Será que não deveria ficar contentado com menos... como uma pessoa normal?"
Já tinha pensado nisto algumas vezes, e ultimamente, como tenho andado um pouco mais "calmo" e com mais paz de espírito do que o normal, tenho aproveitado para analisar as coisas de outra perspectiva. (acho que escrevo mais quando estou perturbado, visto que ando a escrever com menos frequência...)
Eu sei que sou exigente, e também acredito que sei aquilo que quero.
Mas será que poderei eu aspirar a conseguir ter tudo aquilo que quero... Será que posso ou devo aspirar a ter uma vida "perfeita" a meu ver? Não será que estarei a desgastar-me ou tentar encontrar aquela pessoa por que terei tal amor que não conseguiria ver mais nada, ou seria melhor ficar "contentado" com alguém que simplesmente seja compatível e que goste de mim... Será que o segredo para ser feliz é exigir menos?! Mas se assim for, não estarei eu a trair-me a mim mesmo, e "mais tarde, ou mais cedo" a minha vida não terá de pagar por uma escolha que não era aquela que verdadeiramente eu desejava!?...
Fiquei perturbado, algo ansioso! Confuso e pensativo... Vou ter que pensar nisto seriamente e com a calma necessária para não correr o risco de resvalar novamente. Acho que preciso de ouvir concelhos de alguns amigos.
Lembro-me de uma frase que encontrei não sei bem onde: "Never leave the person you love for the person you like because the person you like will leave you for the person they love."
Não sei bem porquê, mas lembrei-me dela... da frase claro!!!
A rapariga? Essa, lá está na loja quando eu lá voltar.

15 julho 2011

Está tudo ligado...é a vida!

     autor: desconhecido | fonte:poeta-perdido.blogspot.com
É mesmo curioso como tudo parece tão intrincado e interligado... de certa maneira tudo tem a ver com pouco e nada tem a ver com tudo! Fabulosa é a sensação de descobrir mais um pouco... uma revelação, uma confirmação de uma suspeita ou sentimento de certeza. Creio que deve acontecer periodicamente, a mais do que uma pessoa ao mesmo tempo. Mas quando nos acontece a nós... bem, quando isso acontece, é grandioso!
Não vou aqui explicar o sucedido... por não querer, por não conseguir ou por não dever agora pouco interessa! O que posso partilhar convosco, minha ubíqua audiência, é que as acções provocam reacções. Mesmo quando a pessoa que reagiu não tinha conhecimento da acção que lhe deu origem, e daí o saber que "está tudo ligado"! 
Não venham agora os religiosos afirmar que está tudo destinado e que "Deus" (ou essa energia cósmica a que alguns preferem dar forma humana...) cozinha todas essas coisas... Népia, nada disso! Apenas acontece que à medida que vamos tomando a verdadeira noção das coisas, consequentemente iremos produzir certas e determinadas acções. Mais tarde, ou mais cedo, essas acções iram produzir - inevitavelmente - algum efeito... do tipo "efeito borboleta (vejam o filme!)
Pois, aconteceu hoje, uma revelação que confirmou algumas suspeitas que tinha em relação a certos "condicionalismos" emocionais na minha vida... 
Ou seja, descobri mais uma grande bocado de mim!!!...
Isso só aconteceu, porque em certa altura decidi "romper"... bater com o pé e dizer "basta"! Só por ter feito isso, é que posteriormente iria desencadear o movimento necessário que fosse catalisador da descoberta da verdadeira realidade. Na altura foi doloroso... mas agora percebo que foi necessário.
"The truth alone triumphs" in Devanagari scripts.

12 julho 2011

As razões da queda... 0.3

    "Migração forçada ou exílio voluntário?"
     autor: desconhecido | fonte: paratyemfoco.com/blog
Não estou no meu meio... na minha terra... no meu espaço de conforto! Não nasci aqui, pior!... não cresci aqui nem me formei como pessoa aqui. Nunca desenvolvi "raízes", fortes amizades, fracas amizades, desgostos ou cicatrizes aqui!
Não me sinto como "sendo destas bandas". Antes sinto-me um pouco como um apátrida em suspensão... moro em Alcobaça, mas resido em Lisboa. Voto e pago impostos em Alcobaça, mas vivo em Lisboa. Trabalho em Lisboa, mas a maior parte da minha vida social está em Alcobaça...
É um sentimento estranho, de uma vida desconexa e com que venho a lutar hà quatro anos. Vim para Lisboa estudar durante a faculdade. Foram sete anos a fazer viagens pendulares aos fins-de-semana à terrinha para matar saudades, células cerebrais e camadas de fígado... Assim que terminei o curso,  retornei à minha zona para trabalhar, mas dois anos depois voltei para aqui à procura de melhores oportunidades. Não correu muito bem... como se pode entender!?
Durante estes quatro anos, fui paulatinamente deixando de ir com regularidade a Alcobaça. Por razões várias fui-me afastando e resignando a ficar por cá.
Lembro-me que começou por dinheiro... para poupar, e por vergonha, por ter pouco para gastar quando lá ia. Talvez também fosse para fugir de algumas relações falhadas, e por não perspectivar uma vida adulta inserido num meio onde não encontrava uma "alma gémea" ou alguém interessante para o fazer...
Depois, como ia lá cada vez menos, fui perdendo amigos... começou a ser mais difícil ir, pois já me encontrava resumido a um punhado deles.
Passado algum tempo, quando lá ia, a vontade de falar com todas as pessoas e visitar todas as "capelas" fazia com que o "exagero" se apodera-se de mim e obstruísse a sensatez... e fazia coisas impossíveis de lembrar e partilhar.
Do género: aquelas coisas das quais não se pode dizer o nome...
Mas o pior... o pior é que, não ia a Alcobaça socializar, mas cá também não o fazia!
Alguns amigos de faculdade e amigos desses amigos... dois ou três conhecidos de trabalho, e pouco mais. Não saía muito! Aliás, nem muito nem pouco... era mais nada! Outra vez por dinheiro... se não saísse de casa, não gastava. Lembro-me alguns fins-de-semana verdadeiramente em estado "ermita", sem proferir palavra com ninguém, tirando: "Um café" e "Obrigado" quando ia à pastelaria...
Sei que isto não me fez nada bem! Estragou-me... danificou-me... alterou muito a maneira de ver as coisas! Durante longos meses tornou-se um incómodo recorrente, e entretanto espero quebrar esta "barreira" intransponível...
Ajuda!... Já me exilei tanto, agora mal consigo sair disto. Preciso urgentemente que me dêem a mão! Anseio por um convite, uma proposta... um desafio!
Sei que fiz uma migração necessária... mas não queria tornar isto num exílio forçado. E estando numa das cidades mais bonitas da Europa, onde agora não há desculpa para ficar em casa. 
Vou começar a comprar a "Time Out", e agora só preciso de companhia!...

10 julho 2011

As razões da queda... 0.2

    "Será genético ou comportamental!?"
     autor: desconhecido | fonte: dailymail.co.uk
Andei a antecipar este post há alguns dias... não queria falar nele, sem ter a certeza absoluta que o deveria fazer. Neste preciso momento, nem sei bem como o farei, mas sinto que o preciso de fazer! Tentei fazê-lo de manhã, quando vim do ginásio... não consegui. Tinha agora acabado de abrir uma garrafa de Esteva 2009, apanhei-me o intervalo do Benfica, lembrei-me dele... vim aqui.
Já tinha comentado que o meu Pai já faleceu... irá fazer no princípio do próximo mês 10 anos... fogo!!! Dez anos, nem conseguo entender bem isso, parece que foi um.... Deu um tiro na cabeça, com um revólver calibre 22, ainda cedo enquanto estava dentro do seu carro a caminho do escritório. Decidiu fazê-lo depois de um último telefonema para o seu gestor de conta no banco, à qual não houve resposta satisfatória, pelo que aconteceu de seguida! Este "quadro" deve ser o suficiente para criar um panorama da ignóbil situação dramática...
Até hoje, era a única pessoa em quem confiava cegamente, pois além de ter usufruído da sua excelente educação cívica, tinha por ele uma estima que ultrapassava o sentimento de amor de filho... tinha orgulho por ele ser um homem completamente integro, excelente amigo do seu próximo e nunca hipócrita ou canalha... acabou por morrer por isso, por ser uma pessoa "boa" demais.
Lembro-me que, até hoje, era a única pessoa que, enquanto conduzia o carro, eu conseguia dormir na viatura... Fomos uma vez a Marrocos, em passeio, e ele adormeceu enquanto eu conduzia!...
Tínhamos tudo planeado. Ele tinha uma empresa de construção e era engenheiro, eu iria acabar o curso de arquitectura e vinha para a terra ajudar ao negócio de família. Eis que, em pleno verão de 2001, precisamente a meio do meu percurso universitário, o homem decidiu acabar com tudo... inevitavelmente sujeito a enormes pressões por parte da banca e não vendo outra alternativa à falência e à inevitável humilhação que se seguiria... era vereador na câmara há altura!
Nunca me revoltei... acho que compreendi, ou sempre soube que seria este o desfecho... mas fiquei "descalço", desamparado... sozinho! Consegui resolver as coisas a custo, e com a ajuda da Segurança Social lá acabei o curso... mas já não era a mesma coisa! Tinha um "fim" delineado... uma formação profissional para receber de meu Pai assim que terminasse o curso! Tinha um "objectivo" pré-definido, e tudo se esfumou... entre culpa e comiserações inúteis!
Tenho agora a noção que nestes dez anos andei aos trambolhões... à procura de uma zona plana no meio da encosta por onde comecei a resvalar desde que aquilo aconteceu! Pior... sei que... não! Tenho a certeza que podia o ter evitado, não tivesse eu sido tamanha desilusão e mais "homenzinho" em certa altura!...
Agora tenho medo, horror, pânico... de acabar igual! Não propriamente em suicídio... mas destroçado, sem solução possível... na falência e a pedir... talvez por orgulho, ou por ter sido educado de uma maneira que é mais provavel morrer de fome do que quebrar princípios fundamentais da nobreza humana!
Enquanto agarrado por um fio à tal parede escorregadia... ainda é a "bagagem" que me pesa mais nas costas e que me impede de ultrapassar algumas barreiras... Acho que não recuperei do choque de me tirarem o tapete debaixo dos pés, numa altura em que ele era mesmo preciso, e agora ainda mais, nesta conjuntura depravada impossível de contrariar!
Tenho saudades, tenho pena... tenho muita falta!

09 julho 2011

As razões da queda... 0.1

    "Pescadinha de rabo na boca!"
     autor: desconhecido | fonte: viagensnotempo-alpha.blogspot.com
"Por trás de um homem, há sempre uma grande mulher!" A frase é recorrente, e por vezes demasiado repetida e descontextualizada... mas não terá fundamentos verdadeiros!? Acredito que sim. Como tenho a certeza que na sua essência é bi-direccional... Isto porque é simples de perceber como o amor genuino de um parceiro pode elevar exponencialmente a auto-confiança de uma pessoa!
Na altura em que senti a minha vida a "afundar", atribui muito do ónus da culpa à falta de alguém que me pudesse apoiar nas batalhas diárias e nas frentes frias da luta quotidiana... talvez por me sentir simplesmente sozinho! 
Mas no fundo sei que tenho um pouco de razão, pois acredito que realmente precisamos de alguém próximo que acredite em nós, pois todos passamos por fazes em que não conseguimos fazê-lo sozinhos!
Agora o problema do sistema viciado (a tal pescadinha de rabo na boca!), pois se não tenho a auto-confiança suficiente para enfrentar certas batalhas, porque não tenho esse "apoio", então como conseguirei eu encontrar essa pessoa, se me sinto completamente destroçado e torturado por uma atribulada existência!? 
Como conseguiria eu, projectar a confiança necessária e acreditar em mim o suficiente para conseguir me aproximar de alguém e fazer com que essa pessoa se apaixone, ou outra coisa qualquer!?... Só me consigo lembrar da adivinha da galinha e do ovo e o que veio primeiro... que estupidez!
Mesmo agora! Hoje, neste preciso momento! Fiz melhorias significativas, em termos físicos e mentais. Acho que melhorei e tomei outro tipo de decisões, libertei-me um pouco mais de manias e restições... mas nunca é o suficiente!!! Em seis meses encontro três pessoas por quem me interesso, e não consigo realizar nenhuma delas! Então que merda está errada comigo?... Só vejo as unhas a escorregar nos verdes e húmidos limos da parede lisa vertical do poço...
Porque serei eu prejudicado por ter uma boa noção de aquilo que quero e do tipo de pessoa que me interessa, reduzindo assim ao mínimo a possibilidade de "não resultar"!!! Enquanto vejo outros a afincar os dedos em potes de mel só porque sabe bem, cagando para as consequências... 
Sou sincero e pragmático em achar que não devo andar por ai a arranjar fodinhas de fim-de-semana com pessoas que à partida já tenho a certeza que não terei interesse nenhum em partilhar a vida! Apesar de custar um pouco...
Gostava simplesmente que me acontece-se algo de diferente... do tipo ver um rapariga a chegar ao pé de mim e dizer: "Acho-te piada e se fossemos beber um copo?" Por que não? Alguém que eu provavelmente nunca acharia que podia "resultar" e que inversamente achasse que sim! Talvez por passar a conhecer, poderia ficar surpreendido! (isto até parece argumento de curta-metragem... :)
Bem... durante esta semana, devido à leve e vagarosa ascensão do fundo escuro do buraco, tenho pensado nisso... com calma! Desvalorizei um pouco esta "pressão" em encontrar a tal pessoa, e vou deixar agora as coisas andar ao ritmo que o universo desejar. Talvez fosse preciso bater no fundo para me aperceber disto, apesar de muita gente me ter dito o mesmo! 
Ás vezes, temos mesmo que ver as coisas por nós próprios...

07 julho 2011

A cinza materializou... e fui!

     autor: descon. | fonte: roundsquarecollective.wordpress.com
Tinha terminado de jantar, e estava indeciso... afinal não tinha companhia para ir! Mas a curiosidade e a vontade de não falhar comigo mesmo levou a melhor, e lá me decidi!... Troquei rapidamente de roupa, bebi um cálice de moscatel fresco e agarrei nas chaves do carro. Olhei para o relógio e pensei: "Vais chegar cedo..."
Quando saí do carro ia um pouco a termer... sinal de ansiedade sintomática.
A zona do Cais do Sodré, aquela hora, também ajuda à instalação do sentimento trémulo sobre a incerteza do desenrolar da noite!
O apero no estomago acompanhou-me até à travessa... ao chegar vejo rapaziada nova a emborcar litrosas no passeio e um segurança à porta... dúvida!? Entro, não entro!? Porquê tanta gente cá fora!? Bem...decido que era cedo, e vou dar uma volta, aproveito e vou beber uma imperial ao "Recife" de sempre. Assim que pago a imperial, lembro-me que não paguei parquímetro... volto atrás para "contribuir"!
De volta à porta, averiguo junto do segurança: "Só se entra à hora do concerto?" Ele olha para mim como se fosse extraterrestre e debita: "Não! Podes entrar."
O corredor fresco de um misterioso azul acinzentado enquadra duas portas
vai-e-vem com óculos circulares, belo "foier!"... As portas entregam-me de súbito na brutal sala... era intimidante se não fosse tão escura!
Ao balcão, enquanto saboreio uma imperial, descubro que o espaço é amplo, com uma altura espectacular... surpreendente! Imagino fantásticos concertos próximos, enquanto sinto a cambada a entrar em vagas... do tipo soluços crónicos.
De repente apercebo-me: "Merda!!! Pode-se fumar.." Andava à algumas semanas a pensar nisso e só via maços de tabaco à frente. Quase dois anos de abstinência, não posso estragar isto agora... mas em tempos difíceis a gratificação de um cigarro é como o conforto de um partido de estrema esquerda (ou direita!)...
10h para as 11h, meia casa, muito pessoal da Flor Caveira e da Amor Fúria... e muita canalha nova! Bom sinal, pelo menos têm um gosto musical...
O concerto de Os Velhos foi brutal, já era fã...fiquei adepto. Têm uma energia sublime e um conjunto saudável. O baixista tem uns tiques de Ian Curtis... no final mostraram-se malta porreira. Os Lacraus de alguma maneira desiludiram-me, mas também já o esperava... assim que assisti à subida ao palco do Miguel Ângelo (ex Delfins) para uma colaboração... achei que estava na hora de ir!
Saio do Musicbox, e desco a travessa. Portadas escancaradas de bares de alterne, putas na rua... uma brisa morna na cara! Satisfeito. Com uma mão no bolso lembro-me que só gastei 8€ em imperiais... porreiro!
A caminho do carro fui-me sentindo chateado, algo triste... com pena!
Um gajo com 30 anos e não têm alguns amigos próximos com gostos comuns, a quem possa ligar para convidar a assistir um concerto destes! Como pode isso ter acontecido... Lembrei-me do sábado passado e a miserável "festa do Malibu".
Um grupo de pessoal que gosto imenso e com o qual me divirto, mas que normalmente não frequentam os locais e os eventos que eu adoro! Assim, para não ficar em casa, lá enfrentei a miserável "festa" com miudagem estúpida e o reaggae da moda... não foi a melhor das noites.
Bem... não deixei isso estragar a noite. Atravessava já a marginal, com o vidro do carro aberto e a brisa confortante na cara: "Apetecia-me tanto um cigarro..."

05 julho 2011

Saída do buraco...

     banda: Shout Out Louds | musica: "The Comeback"
"I've been pushed around and I'm not gonna pushed this time, yes this time is mine (...) I'm out of my mind, I'm about to crack. So let's call this the comeback"

Como sempre, foi um pequeno pormenor... um detalhe que serviu de charneira!
É sempre um pequeno pormenor!.. E também as quentes palavras de célebres pessoas desconhecidas, mas não anónimas, a lembrar que é sempre preciso levantar depois de cair! Para elas o meu sincero obrigado! :)
O domingo foi lixado, de certa maneira muito complicado de gerir e ultrapassar...
A segunda-feira foi má, e tudo corria mal! Parecia um designio pré-anunciado, impossível de adiar. Mas hoje deu-se a mudança, uma viragem no rumo ou na maneira de olhar o horizonte... E tudo a dever-se a uma pequena curiosidade!
Uma simples descoberta que "alguém" me fez um convite no facebook, para algumas horas depois o anular! Sim!... foi só isto, e eu sei que não é nada. Mas serviu. De um momento para o outro comecei a sentir qualquer coisa que me fez despertar de uma certa apatia que se ia instalando... um saudável "desprezo"!
Lembrei-me da campanha da Sumol: http://youtu.be/SWs3mNHFZ-0
Isto fez com que realizasse que se não está interessada em mim, pior para ela!!! Pois eu sei aquilo que sou, tenho a noção que não sou pior que muitos, e portanto, se não quer, azar! Tornou-se num excelente "boost" de auto-confiança...
Depois lembrei-me que estou falido! Mas, e depois!? Foi para isso que inventaram o termo "falência"... E as empresas e/ou pessoas que atingem a falência, podem ser recuperadas. Não é nada de impossível! Pode demorar tempo, mas não é o fim de nada... "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."
Estou sem trabalho... também nunca tive um "emprego". Um desses das 9h às 5h, num instituto público qualquer... Sempre me habituei a trabalhar, seja naquilo que for. Por isso, vou levantar a cabeça, pedir ai uns favores e arranjar depressa alguma coisa para fazer... que pague as contas, claro! Provavelmente, o melhor será um "trabalho de braço"... de cariz manual e obrigando a esforço físico!
Um trabalho humilde que sirva de purgador a uma latente arrogância social...
Queria me esforçar para começar hoje a alterar coisas e descobri (no facebook, quem diria...) que vai haver um concerto do "Os Velho"+"Os Lacraus" hoje no MusicBox. Aproveitando uma falha, por não ter ido ainda ao MusicBox, vou-me esforçar para ir... Até nem se paga bilhete! Basta uns trocos para umas imperiais... Ainda nem sei se tenho companhia... que se lixe! Se for preciso vou sozinho!
"So let's call this the comeback!" e dai o tema dos Shout Out Louds!
Será apenas depois de bater bem no fundo - não enquanto tremendo... agarrado, pelas pontas dos dedos, à parede escorregadia - que existirá tempo e paz de espírito suficientes para analisar o problema de uma outra perspectiva!
Do género "Oh Capitan, my Capitan"!... Quem não se lembra!? Lindo...

03 julho 2011

Bati no fundo! E sem redenção...

     autor: desconhecido | fonte: rio-bologna.blogspot.com
Acho que sempre tive a mania (ou antes, a certeza...) que sou um bocado bi-polar! Quando estou bem fico mesmo feliz, eufórico, aliviado... mas rapidamente arranjo qualquer coisa que me faça ficar mal! E quando estou mal, Bem... fico mesmo fodido, do tipo depressivo, caótico, derrotado...
Felizmente, ou não, como tenho a noção que sou assim, cada vez que me sinto a ficar em baixo tento logo perceber a gravidade e a origem da situação.
Deste modo, por vezes consigo evitar a entrada num ciclo de auto-comiseração em situações em que não existiria uma razão absoluta para o fazer!
Não é hoje o caso... bati no fundo! E bati com força!... de certa maneira em câmara lenta, pois tinha a perfeita noção que ia a cair e que o fundo estava tão perto... Fui-me tentando enganar... Estúpido!!! Ou fazendo de conta que não o sentia a chegar, ou deixando a estupidez dar ouvidos aqueles que - inocentemente - me diziam que "tudo vai correr bem", e que "é preciso dar tempo ao tempo!"
Neste momento, tenho a minha vida completa e irremediavelmente... fodida!
Acabou-se o sonho de ter uma "vida normal", pois a partir de aqui já se trata de sobrevivência... e neste estado, um ser que pensador não conseguirá ser feliz!
Esfumou-se o dinheiro... as contas a zeros! Mais tarde iram chegar as facturas... não serão pagas! As dívidas judiciais herdadas por mortes próximas, e que se tornaram dividas pessoais... ficaram por saldar!
Acabou-se o trabalho... sinceramente também nunca abundou! Não acredito que estarei muito mais tempo a fazer aquilo para que andei tantos anos a estudar, e que (sinceramente) é a única coisa que sei fazer, e que ainda julgo que me faria feliz... assim, foi-se o sonho de ter uma vida realizada profissionalmente.
Desapareceram as hipótese amorosas ou de relacionamentos próximos... também no estado em que me encontro, como seria isso possível!? Hipóteses... estou eu aqui a falar de hipóteses!... Sou mesmo um perfeito Anormal!!!
Não vejo saída... literalmente a imagem do fundo do poço! Ainda anseio por uma passagem lateral falsa (talvez secreta!) que me faça chegar trabalho a curto prazo. Um trabalho que, não sendo na minha área, também não fosse tão opressivo que me impedisse um dia de lutar por sair do buraco... Mas, por muito que ande a tactear no escuro, não encontro tal passagem! Desespero, terror, pânico!..
Lembro-me das palavras de uma amiga: "Tens que ser mais optimista!" No meio das lágrimas, desmancho-me a rir em gargalhadas fartas e soluços asfixiantes!!! E penso que se for bastante optimista, e como a única coisa que me resta é alguma saúde (ganha a pulso em horas suadas no ginásio...), devo conseguir suportar este estado de agonia durante algumas semanas, até que o corpo ceda... Até ficar... desidratado, insosso, seco e inerte!...
Pior!!! Não irei ter a minha redenção... não terei tempo, nem meios para conseguir me redimir das merdas que fiz. Não foram muitas, nem assim a tantas pessoas... Mas aquelas que fiz mal, esmerei-me! Será por isso!?... Será esta a minha paga, a minha ironia, a minha cruz... Não sei, já não sei bem se fui empurrado para o poço, ou antes eu que fui descendo as escadas que se tornaram escorregadias e impossíveis de voltar a subir. Nem vale a pena pensar nisso...

02 julho 2011

O que é que fiz de errado...?

     autor: desconhecido | fonte: cleitonnoblog.blogspot.com
Quando terá sido...? Em que altura terei feito algo de tão incrivelmente errado... que me terá lançado num rumo incondicional que me guiou a esta situação!? Porque é que não tenho hoje aquilo que quero, ou que preciso... Se eu pedisse ou aspirasse ao impossível, não valeria a pena estar aqui a conjecturar sobre isto, mas eu não quero nada demais!...
Seria pedir muito, acordar num sábado de manhã, ir ao ginásio, passar na padaria, voltar a casa e encontrar alguém (ou antes "ela") meio desperta de uma calma e relaxada noite de sono... preparar um simples pequeno-almoço e ficar embrulhado no sofá a ver uma qualquer reposição de um filme clássico na TV!
Porquê!? Se pensar nisso racionalmente, não me parece nada de complicado... Será porque sou "esquisto" ou criterioso!? Será por não andar relaxado e despreocupado... é por pensar muito!? Será má sorte... azar, mau olhar... destino?
Ok. Eu sei que provavelmente a culpa é minha! Não o nego. Mas... bastará mudar a atitude e passar a ser mais optimista! Será? Não "prever" e deixar a vida andar.!? Mas... quando deixo andar, as coisas têm sempre a tendência de se tornarem mais complicadas... nada se torna mais claro ou simples, antes pelo contrário.
Não podia apenas ter um bocado de sorte, ou ser merecedor de um feliz acaso?...
É que nem quando me esforço! Nem quando tento agarrar aquilo que quero, nunca encontro a conjuntura necessário para que isso aconteça...
Ouvi um dia, num qualquer filme sem importância:
"Só há duas alturas na vida em que te apercebes realmente quem é a tua verdadeira companheira: ou quando a conheces ou quando a perdes!"
Numa perspectiva optimista, reconheço (ao menos) que nunca a perdi...!!!
Hoje tenho algumas dúvidas se já a terei conhecido... mas (o pior) é que começo a duvidar seriamente se serei abençoado com a oportunidade de a conhecer..!?
Ainda falam das segunda-feiras... pois a mim, o que me deixa mesmo triste...   são estes sábados de manhã!

01 julho 2011

Apartamento de Solteiro...0.4

     fonte: desconhecida...
Não sei se alguma vez repararam em varandas revestidas com rede de galinheiro!? Por Lisboa fora e arredores, encontram-se varandas de pisos intermédios de prédios baixos e antigos, envolvidas em complexas malhas desta rede...
Se já repararam nisso, talvez já tenham perdido um pouco de tempo a pensar sobre a razão da sua existência e que tipo de serviço prestará às pessoas que as colocaram  e se teria alguma coisa a ver com a infestação de pombos que ensombra a nossa capital, e também outras cidades do nosso Portugal!
Já há algumas semanas, tenho acordado ao som estridente de uns "piares" muito próximos... tinha já apanhado um susto com os pombo no parapeito da janela da cozinha. Suspeitei, mas não conclui o raciocínio... mal feito!
Explicando melhor: do lado exterior da janela da cozinha tenho uma pequena varanda com uma grade, que apenas serve para pendurar roupa. Desde que cheguei a este apartamento, que nessa varanda perdura um monte de detritos de obras passadas, e que nunca tive a paciência para limpar. Ora, um espaço exterior, não acessível, escondido por uma grade e alguns detritos... só poderia dar em ninho de pombos!!!
Não é que, ontem, depois de um esvoaçar estranho que me despertou curiosidade, abro a janela da cozinha e espreito para o pavimento da varanda e deparo-me com um farto ninho onde transbordam duas gordas crias de pombo, protegidas por uma mãe com olhar interrogativo e condescendente! Fechei a janela com raiva... talvez "nojo" também! Não gosto de aves, muito menos de pombos... criaturas do demo que mais parecem ratos com asas e que ainda têm a sorte de existir gente absolutamente estúpida que lhes dá de comer!
Agora não sei como resolver a situação... não posso, nem consigo ir retirar o ninho e as criaturas que o habitam! Tenho que deixar que cresçam e que desapareçam, para depois, finalmente limpar a varanda e mantê-la de modo que impeça a repetição de tal acaso...
Mas o pior é que agora sou refém em minha própria casa, pois não posso abrir a janela da cozinha! Além de correr o risco de me entrar um pombo pela casa dentro, tenho a certeza que fico com a cozinha cheia de penas e lixos levantados pelos efeito solo que resulta do levantar vou destas pestes!!!
Não acredito nisto...! Lembrei do livro do Patrick Suskind - "A Pomba", que narra literalmente a história de um indivíduo que não sai do quarto porque tem uma pomba à porta. Que estupidez...! Detesto pombos.