31 agosto 2011

Porque havia de o fazer...

     still frame do spot publicitário: "Sumol - Mantém-te original!"
Mais uma vez... de uma maneira estúpida e algo infantil, já andava mais uma vez a pensar muito!... e em coisas que, literalmente, não vale a pena pensar demasiado!
Acho que não me estou a fazer entender... pois é claro! Se nem eu consigo perceber o que estou para aqui a escrever!?... No entanto, e citando:
"Como tudo que é digno de ser escrito, soube-o inexplicavelmente e sem método." Stranger than fiction - 2006, citação de um personagem.
Parafraseando...
Andava eu a pensar o que deveria escrever no blog, a remoer sobre o assunto e a pressionar-me para conseguir fazê-lo até certa altura ou dia... E eis que, inexplicavelmente, cheguei a conclusão que estava já a "forçar" demasiado a situação. A elucidação deixou-me estarrecido!
Desde que comecei,  ia mentendo o hábito de escrever quando o momento o exigi-se, aparece-se uma vontade de o fazer e se proporciona-se o tema.
Agora, andava a tentar escrever condicionado por um "prazo" auto-imposto... uma espécie de obrigação imposta por uma vontade infantil de "ser ouvido" ou simplesmente pela mania de o fazer.... e pior! Tenho a leve sensação que estaria já a ponderar sobre o que os outros iriam pensar sobre o que eu iria escrever! Bem... que confusão esta!
Achava eu que entendia já o paradigma do funcionamento do blog, e assim ficando confortável com a sua génese, crescimento e manutenção... mas, mal eu sabia, que eu próprio me estava a preparar para sabotar a sua própria existência!
Não era isto que eu queria... mas foi nisto que me meti!
Inadvertidamente, encontrei as "desculpas" para lixar completamente mais uma coisa que criei... e sinto mesmo que, muito provavelmente, este será já um pequeno prenuncio de uma espécie de "morte anunciada".
Vendo bem as coisas, sempre fui do tipo de pessoa que não lhe interessa minimamente o que os outros pensam de mim.... não tenho por hábito entrar em "modas" e ser demasiado "politicamente correcto" ou mesmo hipócrita!
Não faço ideia porque que raio comecei a pensar assim... mas tenho a certeza que não o que sentir! Talvez seja da chuva... talvez seja isso.
Espero que o Outono apareça depressa...


29 agosto 2011

O Primata vs. O Altruísta

     autor: desconhecido | fonte: pattybypatricia.zip.net
E no meio da conversa, entre os três, ela com os olhos no horizonte exclama como assertiva convicção: "O Homem só come aquilo que foge!"... deu-se um segundo, olhamos uns para os outros e largamos uma daquelas pequenas mas brilhantemente libertadoras risadas de grupo. Não resisti, mesmo tendo percebido à primeira, e reiterei: "O Homem... o quê!?"
Foi bonito... mesmo lindo! Uma frase tão curta, tão sucinta... mas optimamente descritiva e demonstradora da visão que as mulheres têm dos homens.
Parametrizando: Acompanhava duas amigas, deambulando a caminho do café, pela frente de mar há algumas semanas. Naturalmente, como nos conhecemos bem, íamos a falar do inevitável e sempre presente tema... e no meio de um qualquer raciocínio, uma delas "sai-se" com esta brilhante frase, que... além de ser interessante, deixou-me a pensar:
Será mesmo assim... tão linear, previsível e universal!?
Ou a realidade será mais profunda e diferenciada?
Pensando bem e revendo as minhas próprias experiências e os conhecimentos adquiridos por histórias de outros, acho que consigo dividir estes Homens em duas categorias e assim desmaterializar um pouco esta ideia inicial.
Assim, vou chamar aos tipos... o Primata e o Altruísta!
O Primata - à primeira vista, todos reconhecemos o Homem que, como pode "comer" aquilo que bem quer, rapidamente só se começa a interessar por aquilo que realmente lhe foge;
O Altruísta - num segundo plano temos o Homem que prefere esperar até encontrar aquela que quer "comer" para sempre, mas que normalmente está indisponível, porque anda a correr atrás do primata;
Admito e imagino outros tipos e diferentes sub-categorias destes Homens.
Mas aqui para nós... estes dois extremos servem-nos para ponderar bem e pensar um pouco mais nestas "coisas"...!
Entenda-se que o Primata consegue perpetuar esta verdadeira proeza, porque "aos olhos de quem o vê" ele é "bonito" ou antes "Bom" (tipo.. um pão!);
um "menino mau" ou o verdadeiro "mau da fita"; gajo rico/afortunado ou alheiamente despreocupado...
Pelo contrário, o Altruísta é martirizado por ser demasiado sensível ou estupidamente honesto; demasiado carinhoso ou intrinsecamente cavalheiro;
um "homem simples" ou simplesmente "normal"...
Assim, temos uma espécie de triângulo estúpido no qual dançam os relacionamentos... como que uma tempestade de areia, de onde esporadicamente, por acaso e com bastante sorte brotam alguns felizes e casuísticos casais.
Olhando bem... parece mesmo que a realidade é bem mais estranha que a ficção!
Não tenho um moral para esta história... até talvez seja mais uma desculpa para me retirar algum peso de cima, e assim aliviar a auto-comiseração! Mas quando comecei a pensar nisto, senti-o como verdadeiro e pessoal.
Nesta equação... no eixo do triângulo, estará o tempo e a consequente mudança de "expectativas" dos intervenientes! Mas o tempo é relativo... como tudo.

25 agosto 2011

Stranger than fiction

    frame do filme: "Stranger Than Fiction"

"As Harold took a bite of Bavarian Sugar Cookie, he finally felt as if everything was going to be okay.
Sometimes, when we lose ourselves in fear and despair, in routine and constancy, in hopelessness and tragedy... there are Bavarian Sugar Cookies.
And, fortunately, when there aren't any cookies we can still find reassurance in a familiar hand on our skin... Or a kind and loving gesture... Or a subtle encouragement... Or a loving embrace... Or an offer or confort.
Not to mention hospital gurneys... And nose plugs... And uneaten Danish... And soft-spoken secrets... And Fender Stratocasters... And maybe, the occasional piece of fiction.
And we must remember that all these things, the nuances, the anomalies, the subtleties which we assume only accessorize our days, are in fact here for a much larger and nobler cause. 
They are here to save our lives.
I know the idea seems strange. But I also know that it just so happens to be true.
And so it was...(...)" última cena do filme, escrito por Zach Helm


Aos que ainda não viu esta bela "película", aconselho vivamente a o fazer!
Adoro o filme!... Foi um dos que me apanhou de surpresa, mesmo sabendo à partida do elenco brutal, pois não esperava um guião tão complexo, uma cinematografia genial, espantoso design de produção e uma realização impecável.
É uma daquelas coisas que dá raiva... pois uma pessoa identifica-se tanto com o filme que parece que foi feito só para nós! A história é tão estranha e impossível, mas ao mesmo tempo carrega uma realidade tão simples e humana...
Acho que me faz sempre sentir bem... em especial quando estou chateado!
Todos nós queremos ter alguém que nos "faça bolachas"... mas, quando não temos bolachas, há que apreciar as outras coisas, as pequenas coisas, os pormenores afinal... para mim, este filme nunca deixará de ser um deles!

24 agosto 2011

Outro aniversário...

     autor: desconhecido | fonte: desconhecido
E assim, lá passou mais um "dia de aniversário" enervante, sempre chato, já normal e sempre desinteressante... são já os belos 32! Bela idade.
Não gosto mesmo do dia! Não entendo este ritual humano, pois não favorece nada o mérito e, antes pelo contrário, só prejudica a aprendizagem... Isto de "toma-lá prendinhas" só porque é dia em que nasces-te há "não sei quantos" anos ou em que nasceu um puto qualquer na Cisjordânia hà dois mil anos... é pá, não me parece nada bem!!!
Sempre achei que as coisas devem ser celebradas espontaneamente e na altura em que são verdadeiramente merecidas. Se gosto de uma pessoa, e sinto que devo anima-la, convido-a para jantar ou ofereço-lhe "um boneco"... agora esperar pelo dia de aniversário para jantar com amigos ou passar o dia inteiro a receber telefonemas de pessoas muito preocupadas em dar os parabéns é uma.... verdadeira estupidez! 
O que raio é que eu fiz para merecer os parabéns!? Eihn? O quê?? Por ter nascido sem me ter asfixiado na porcaria do cordão umbilical, talvez... Dêem os parabéns à minha mãe que ela ficava toda contente... a mim, não me digam nada!
Garanto-vos que não é pela idade, pois desde que comecei a pensar por mim próprio, já em "adulto", sempre me senti desta maneira. Não sei bem porque isso aconteceu... mas pensando no caso, até acho que tenho uma ideia.
Sim, lembro-me!... Acho que os meus pais organizaram uma festa, de verão claro, na casa de praia com algum amigos e colegas de escola... sim, teria uns 10 ou 11 anos e sim... havia uma rapariga, há sempre uma rapariga!
De seu nome Sandra... linda de morrer, com o seu ar super tímido, nada extrovertida... cabelos pelos ombros escuros como a noite sem luar, olhos mornos de um castanho profundo  e uma pele lindamente torrada.
Andava sempre com os seus finos lábios levemente gretados, e por isso estava constantemente a por o seu baton do cieiro... era tão lido!
Lembro que ela não andava... era como se desliza-se, paira-se ou flutuasse no ar!
Gostava tanto dela... acho que lhe cheguei a enviar os bilhetes e as cartas do dia dos namorados tão característicos do ambiente escolar juvenil.
Seria na festa, sim!... Convidei-a, já com o intuito de a coisa se dar nesse dia!
Mas, não deu!... Não tive nervo, capacidade, coragem.. chamem-lhe o que quiserem! Também tinha 11 anos... porra! Deve-me ter marcado bem... e talvez seja por isso que não gosto nada de dias de aniversário!
Ou pelos menos, agora que me lembrei disto, já tenho uma desculpa para dar às pessoas que incompreensivelmente espantadas sempre me perguntam:
"Mas porque é que não gostas de fazer anos!?"
Bem... que se lixe! Já passou. Houve anos em que me incomodou profundamente "fazer mais um ano", por exemplo, os antecipados 30 foram um pouco chatos... deve ser por o número é muito redondo!
Agora não! Estou em paz com a minha idade, contente com o meu corpo, extraordinariamente feliz com a minha impecável forma física e satisfeito por estar a chegar ao patamar emocional que pretendia.
E se gostava de ter uma prenda? Gostava pois! Adorava mesmo ter um pouco de... sorte.


22 agosto 2011

Apartamento de Solteiro...0.5

     autor: desconhecido | fonte: www.izideal.pt
E foi então que sucumbi, entreguei-me e deixei me levar por teorias fúteis ou simples maneirismos que alguns julgam ser sinais divinos de mudança e que iram inevitavelmente fazer com que o destino mude.
Sim! Entreguei-me, embora pontualmente, a alguns desses "requintes" sempre presentes em livros vulgares de auto-ajuda...
Não sei porque o fiz!... Na altura, quando me contaram a história, ri-me que nem um perdido e passado uma semana acabei por o fazer. Nunca acreditei nessas "macumbas" e "mezinhas" que aparecem esporádicamente num livro ou numa revista... sou uma pessoa pragmática, um homem objectivo e racional.
No fim de contas, sou um gajo, não é!?
Passando a explicar. Na passada semana, enquanto tomava café na praia com duas amigas que já não via há bastante tempo, e depois de algumas conversas sobre o "estado das coisas" (leia-se: a vida amorosa...) uma delas pergunta-me se já tinha lido "O Segredo". Bem! Não o li, nem sequer sei do que se tratava... mas intuitivamente e por conhecer bem a pessoa, rapidamente associei ideias e disse-lhe que não acreditava nessa espécie de livros de auto-ajuda.
Tratando-se da mulher mais persistente que alguma vez conheci, lá explicou a teoria e me fez entender que tinha resultado para ela, etc. Na altura ouvi, e depois ri com a outra amiga que também não acredita nessas coisas. Mas a coisa ficou.
O certo é que ontem, enquanto arrumava umas coisas nem casa, e sem pensar nisso coloquei todos os meus pertences de casa de banho encostados a um lado na prateleira sob o espelho... imediatamente larguei uma gargalhada!
Olhei-me no espelho, bem nos olhos e pensei: "E se resulta-se mesmo?"
Resolvi tentar, afinal o que tinha a perder... Deixei as coisas na prateleira assim, fui à mesa da sala e coloquei dois individuais em vez do único que normalmente serve o dono da casa. Quando me deitei nessa noite, deixei bastante espado do lado esquerdo da cama e não toquei na almofada, e agora vou tentar deixar espaço vazio no sofá e não ficar lá deitado. Só não consigo deixar o lugar de estacionamento vago, porque não tenho garagem e a rua não é minha!...
Acho que a ideia da teoria é prepararmos na prática o espaço para oferecer a alguém, para que nos tornemos emocionalmente disponíveis para que essa pessoa apareça!... Não sei se é bem isso, mas vamos tentar crer que sim.
Naturalmente, eu como não acredito nestas coisas, certamente que não irá resultar comigo! Como em tudo, para que aconteça alguma coisas temos que acreditar minimamente que será possível essa coisa acontecer...
Mas, a actividade fez-me ver outra coisa... algo mais simples e mais prático!
Já não tenho aquela vergonha ou complexo com o meu apartamento! Paulatinamente, todos aqueles detalhes que me chateavam solenemente, foram já arranjados e organizados. Já tenho sofá, as minhas mesas de cabeceira, alguns candeeiros, e uma mesa de jantar com individuais!... Tirando a bicicleta ocupar quase toda a marquise e a omnipresente desarrumação na casa de um homem... finalmente estou satisfeito, contentado e descansado.
Será esse o meu "sinal" para que finalmente deixe aquela pessoa entrar!?...



21 agosto 2011

Mixed feeling...

     autor: desconhecido | fonte: pekenina.blogs.sapo.pt
Acordei cedo... tinha-me deitado a pensar levantar cedo para ir dar uma corrida, antes de sair de Alcobaça para dar um salto a Almeirim por causa de um trabalho. Mas acordei com uma dor de cabeça... um certo mal estar, com se fosse uma leve tontura, talvez mais uma sensação estranha e provavelmente maléfica!
Não fui correr... Meti-me no duche, e enquanto a água fria escorria pelos cabelos ia moendo o pensamento de culpa. Tinha tanta coisa para tratar durante a semana passada e não fiz quase nada do que tinha planeado! Ou porque não quis, ou porque não me deixaram, certamente algumas porque fui impedido... mas no fim das contas, eu é que sou o culpado.
Eu é que decidi o que tinha de fazer e quando o tinha de fazer. E fui EU, apenas eu que não fiz aquilo que me comprometi a fazer no tempo devido.
Enquanto me vestia, ia pensando se podia fazer algumas dessas tarefas na segunda ou terça... de súbito lembei-me! "Tenho de estar segunda em Lisboa..." merda!!! Foi o pânico... não ia a Almeirim, para voltar para trás e depois ir para Lisboa no mesmo dia... Que porcaria!!! Empacotei tudo à pressa e meti as malas no carro... roupa, sapatilhas, portátil, pastas, fruta... eu sei lá.
Na viagem voltou aquele sentimento, de que nunca me consigo libertar e que tende a ensombrar a minha ignóbil existência... "Não sei onde pertenço!"
Definitivamente, não sei onde e qual é o meu lugar... onde é a minha base, as minhas fundações, o meu farol. Ando permanentemente, como que, baralhado... frequentemente a pensar em Alcobaça quando estou em Lisboa e pontualmente o inverso... nunca estou bem em lado nenhum e nada, nem ninguém me "agarra" e me obriga a parar...
A causa principal é indubitavelmente o trabalho, ou antes a ausência dele e a latente instabilidade do negócio. Estou farto... figurativamente, a "rebentar pelas costuras"! Isto não pode ser assim... não queria isto.
Chego à capital, e encaixo na rotina que já me é familiar: ida ao ginásio, passagem pelo super-mercado e arrumar a casa. Tão estúpido, de certa maneira fútil e desinteressante... mas tão simples, apaziguador e estranhamente calmante!
Acho que anseio por uma vida mais simples... talvez mais linear. Não queria estar para aqui a pensar nisto! Porque é que me meto a pensar nisto!!!
Talvez consiga resolver o problema sem pensar nele!? Será isso possível?
Adenda:
Lembrei-me agora. Estou no estado ideal para ser "agarrado" por um qualquer movimento extremista de direita (ou de esquerda...) ou um desses grupos de pseudo-religiosos angariadores de dízimos no valor de 20% do ordenado...
Num estado destes, tão débil e letárgico, até me aventuro a dizer que estou "madurinho" para passar a ser um religioso fanático e entregar o meu "destino" nas mãos de Deus, ou antes, nas mãos dos que mandam no destino de Deus na terra, os católicos...

17 agosto 2011

Inevitabilidade da certeza...

     autor: hugo | nascer de sábado @ centro de Alcobaça
Eu ia dizer: "Detesto ter razão!..." Mas depois reparei que a frase só mostra a minha próprio estupidez. Se eu sei que as coisas vão acontecer, então porquê meter-me "a jeito" para que elas aconteçam!?
Tinha a certeza que os primeiros dias de férias na terra seriam pejados de excesso, e inevitavelmente assim aconteceu... a foto o prova! Foi através desta imagem, encontrada no meu telefone, que descobri que na sexta-feira à noite, saí do último bar já com o nascer do sol de sábado. Claro que a fotografia está tremida (vai-se lá saber porquê!) e que nem me lembro de a ter tirado, óbvio!
Mas também estou a exagerar... têm sido uns dias porreiros que têm dado para fazer tudo. Visitas às "capelinhas" e copos com o pessoal na sexta, jantares com amigos no sábado, ida à festa medieval de Aljubarrota passear e meter-me nos petiscos no domingo, mais patuscadas na segunda...
Na terça feira, finalmente, tempo para fazer uns trabalhinhos em casa... já temos net em wireless e telefones sem fios... e outras coisas, a seu tempo!
Ainda não consegui ir á praia... nem só por não ter tempo, mas muito por não estar tempo para isso. Parece que o verão se resignou a passar as suas férias no Algarve e a zona centro foi invadida por uma taciturna neblina constante.
Vou aproveitar a ida para beber café com uma amiga de juventude, aproveito o tímido sol para dar um salto à praia de sempre, a tal praia dos verões da nossa infância... à "baia das marquesas", mais conhecida por São Martinho do Porto.
Bem... afinal, apesar da tal "inevitabilidade" ainda creio que têm sido uns dias interessantes, agora com uns dias de praia e já uns três jantares marcados com amigos... a coisa promete!
Não deixo de me sentir mal por não ter assunto com conteúdo para partilhar. Sinto que estou a aproveitar a simplicidade e despreocupação natural dos dias de férias. O que é bom, não me interpretem mal!!!
Mas assim que paro um pouco para pensar, fico triste... não! Tristes não, mais preocupado. Parece que estou a adiar algumas resoluções importantes...
Agora não vou pensar nisso, afinal estou de férias!!!



11 agosto 2011

Vou de férias... ou talvez não!?

     autor: desconhecido | fonte: liveinthelead.com
Vou amanhã de férias. Vou passar uma semana, ou duas... ou apenas alguns dias à "santa terrinha", o tal do "lugar do costume", sítio de tantas histórias, pequenos deboches e longas noites! Tinha de ser... era inevitável a ida para o lugar onde tudo começou, e onde creio que irei acabar.
Mas vou com um certo receio... e não sei bem porquê!?
O certo é que vou mesmo amanhã e já tenho uma série de coisas para tratar.
Além de uns trabalhos que me comprometi fazer para uns colegas, vou ainda com um "projecto" na cabeça, ainda na sua fase embrionária, para um possível negócio. Ando a pensar nele constantemente, e talvez seja a "salvação" que procurava.
Mas como tudo tem um revés: A acontecer, terei de voltar a viver na terrinha, pelo menos durantes uns meses valentes... Mas isso será tema para outras conversas!
Assim, não creio que vá usufruir de grande descanso, e antes pelo contrário, vejo bastantes confusões, preocupações, dilemas... enfim, espera-me uma espécie de céu nubelado de verão! Mas vou fazer por usufruir...
Da última vez que fui lá, voltei contente e talvez mesmo satisfeito, sabendo bem aquilo que devo, posso e quero fazer! Vou tentar passar mais tempo com antigos amigos, tratar de fazer uns arranjos na casa de família e fazer uns bons dias de praia! (pareço um vampiro, junto do pessoal que já foi de férias..)
Mas vou com aquele receito de exagerar nos copos... esbanjar demasiado dinheiro, destruir células hepáticas e inutilizar massa cinzenta! Vou com pena de não poder ir ao ginásio durante esses dias... e lá vou ter que ir correr pela cidade novamente! Não sei... acho que já é falta de hábito de "fazer férias" e passar um valente temporada na terra natal.
Não será nada demais e creio que até me vai fazer bem!
Agora, espero não fazer férias aqui do blog, e vou manter-me "em contacto".
Definitivamente, não quero perder o ritmo da escrita... tenho um pavor de, paulatinamente, me ir esquecendo de escrever e deixar a coisa definhar.
Preciso disto e tenho mesmo de o fazer! E preciso também de vocês! Caros anónimos ou amigos conhecidos, leitores assíduos ou esporádicos.
A quem tiver a mesma sorte que eu, desejo-lhes umas óptimas férias.
Para quem não tiver essa sorte, convido-vos a aproveitar os fins-de-semana.
E se forem a Alcobaça, avisem! E vamos beber um copo... ;)


09 agosto 2011

Condicionalismo infantil...

     autor: desconhecido | fonte: kisahberuang.com
Eu admito... começo por admiti-lo antes que alguém diga que não o fiz!
Talvez seja uma desculpa, ou simplesmente uma razão encontrada para me identificar como a vítima incompreendida numa sociedade conspurcada com maus hábitos que normalmente são herdados ou mal ensinados.
Mas... vou tentar explicar isto com calma.
Fui educado para ser um "cavalheiro"! Sempre me identifiquei com a mística e fui tentando praticar o óbvio, até que me ficou entranhado, como que identidade intrinseca da minha personalidade, coisa que me é impossível de negar, ou contrariar! Engraçado é que só recentemente encontrei a descrição mais básica para um cavalheiro e isso deixou-me a pensar.
Alguém disse: "Um cavalheiro define-se por ser a pessoa que não permite que os que estão à sua volta fiquem desconfortáveis."
Engraçado, não!? Pois além de colocar os outros em primeiro lugar, é impedido de utilizar uma das ferramentas mais praticada no "engate", ou seja, o tal do "desprezo" ou "fazer de conta" que não está interessado...
E então, porque é que essas ferramentas são tão utilizadas e, penso eu de que, comprovadamente com grande eficácia sobre o sexo oposto!?
Já tinha pensado um bocado nisto, e acreditava ter chegado a uma conclusão.
Mas foi só enquanto visionava um filme muito bem escrito é que me deparei com a verdadeira relevancia do facto. (peço desculpa, não me lembro do título...)
Ora, todos sabemos que as crianças, nomeadamente os rapazes, naquela idade de final de infância entre os 7 e os 12 anos, tem o hábito de tratar mal as raparigas. Esta atitude chega a ter impacto profundo, pois além da conhecida violência verbal, chega mesmo a ser pancada... leve, mas não deixa de ser agressão!
E então, o que acontece depois!? Depois, vai a rapariga a chorar para o colo da mãe, a explicar que não percebe porque o rapaz a tratou mal, e a mãe, faz o que de pior poderia fazer e que irá condiciona-la para toda a sua existência.
Assim, diz-lhe sorrindo, com aquele habitual terno tom de voz, proferido por quem parece ter todas as respostas para infindáveis dilemas existenciais:
"Deixa estar, pois ele faz isso porque realmente ele gosta é de ti!"
Que brutalidade! Isto é abuso!... Que mentira mais depravada e que atitude mais sádica por parte de um progenitor! A rapariga vai crescer, passar a adolescencia a "levar no focinho" e a gostar, ou a pensar que gosta...
Depois, chega à idade adulta com o condicionalismo de que só aqueles que a tratam mal é que gostam verdadeiramente dela. Não é triste!?..
Então é assim... não me consigo encaixar no perfil estereotipado do gajo que vai "dando para trás" e  "deixando a coisa andar" e mais não sei o quê...
Não quero, não tenho paciência... acho tudo treta. Quando gosto mesmo, digo, e se estou interessado, mostro-o! No entanto, não serve para nada!...
Serei sempre mal entendido, e como não sigo os "tramites" normais do sistema, acho que chego a passar por maluco e como andando "pelo beicinho" etc.
Mas que merda! Somos todos adultos e toda a gente se comporta como crianças...
Acho que a próxima vez que conhecer uma rapariga interessante, no fim da conversa devia dar-lhe uma cabeçada na testa e partir-lhe o nariz!
Acredito piamente que não se iria mais esquecer de mim, não fosse eu um cavalheiro.


07 agosto 2011

Seis meses... e a tranquilidade!

     Gorje Hewek ft. Colleen - "Sea and tranquility"
Pois... passaram seis meses desde que isto aqui foi criado. Foi um "parto" fácil, e um crescimento rápido... talvez demasiado rápido! Andei a pensar nesta data desde há algum tempo, e tinha em mente fazer algumas alterações estruturais ao blog... Fui deixando passar o tempo, e não preparei o trabalho. Cheguei agora a casa e vinha a pensar: "Será que foi desleixo, ou simplesmente uma tranquilidade infiltrada!?"
Encontrei esta música há dias, gostei imediatamente do som, e fiquei embevecido com a face da rapariga e hipnotizado pelo cabelo a balouçar com alguma brisa fantasmagórica! Não me apetece entrar em grandes e longos dilemas hoje... acredito mesmo que seja uma tranquilidade que se começa a instalar.
Esta música fui perfeita para perceber isso.
Assim, vai ser com mais calma. Terei mais alguns dias para pensar como irei alterar a estrutura e posteriormente encontrar o desejo para o fazer. Por enquanto, uma alteração de fundo... acho que vai ser só para variar um bocado! (gosto muito da outra imagem...)
Este post não faz sentido nenhum... mas também, ninguém me obriga a que isto tudo tenha de fazer sentido!

05 agosto 2011

É sempre a rapariga errada!...

     Nicole Lively | still-frame Matthew Dear "Slowdance" videoclip
E por mais que tente... por mais que procure, ou que investigue na multidão... por mais que escolha, que olhe, que indague... que estude ou que procure entender!!! Encontro sempre a pessoa errada!...
Aparece sempre alguém que me chama a atenção, mas nunca é alguém "viável" ou simplesmente disponível... Merda! Mas porquê... Porquê "Eu", porquê "a mim"?
Cheguei agora a casa, vindo de um belo concerto "de borla" de Legendary Tiger Man no Longe D do Casino do Estoril. Consegui ir assistir ao concerto com dois amigos e uma amiga, depois de um simples jantar de franguito assado e lulas grelhas, regado com "Fundação Eugénio de Almeida" tinto. Lá fomos para o Casino investigar o concerto do artista (eu chamo-lhe jovem mestre) que os meus acompanhantes desconheciam, mas que ficaram agradavelmente surpreendidos.
Não é, com certeza absoluta, o lugar ideal para um concerto deste género.
O show do homem requeria talvez um ambiente mais intimista, mais recatado e acolhedor e com um "som" bastante melhor... mas "a cavalo dado, não se olha o dente" e lá assistimos com gosto, por entre corpos e cabeças vacilantes ao espectáculo. Mais por imagens projectadas em display electrónico em directo com delay, do que ao vivo e em pessoa... pois o mestre fez questão de desaparecer várias vezes por entre a plateia, deixando os espectadores do fundo da sala sem hipótese de perspectiva.
A audiência estava repleta de gente interessante! Pessoas, gente, mulheres, raparigas... com este e aquele estilo, de um género ou outro. Enfim, um ambiente porreiro, salutar e diverso. E nestas ocasiões, é inevitável um homem solteiro olhar, investigar e indagar perspectivas... Adjuvado por outro amigo na mesma situação, seria impossível de resistir a alguns comentários e outros olhares.
De origem e tipo tão diversa seriam as possibilidades, mas aqui o jovem, teve de centrar a sua atenção em alguém específico.
Uma rapariga... claro! Já não tão jovem como queria parecer, mas com o espírito e carisma típico deste tipo de música. E tinha aquela aura... aquele "Q" que me atrai, que me "impele" que desperta a minha curiosidade!
Usava umas simples sandálias rasas de pele curtida, umas calças de ganga roçadas, uma blusa cinza solta sem mangas e uma mala de pele com alças finas adquirida numa qualquer loja de artigos usados. Cabelos morenos pelas costas com uma "franja de testa" cortada a preceito, um olhar assertivo mas ansioso, com uns olhos tão escuros como a noite sem luar... Não era reconhecivelmente linda, mas para mim era simplesmente muito Bonita e interessante!
Claro que, estando eu interessando, não podia ser assim tão simples...
Evidentemente que, após um curto estudo da situação, me apreço que está acompanhada de alguém! Um jovem armado em puto, com calças pelo fundo do rabo, uma camisa preta dois números a baixo do que seria certo, a roer as unhas e ainda a "obrigar" a miúda a ir buscar a sua bebida ao bar, enquanto o incompreensível energúmeno continuava a observar o concerto rodeado de mais dois ou três parvos!
Mas que merda! Tinha logo de ser a miúda, que para mim era a mais interessante, que tinha de estar rodeada de gente estúpida e parva...
Que pontaria!!! Será estigma, destino, habilitação, fado ou coincidência!?...
Porque raio, é que sempre que me encontro nesta posição, deparo-me sempre com "a errada"!!!
Ou porque namora, ou porque não me acha interessante, ou porque é mais nova ou simplesmente por "não estar interessada"...
Fogo!!! Um oportunidade... um hipótese!... Será pedir demais?

02 agosto 2011

Preciso de me apaixonar!

     autor: desconhecido | fonte: itscarols.tumblr.com
Sim!! Assumo, digo, desabafo, escrevo e partilho... Acho que preciso de o fazer, ou mesmo sou "obrigado" ou compelido a fazê-lo. Já não se trata de uma simples questão física, emocional ou psicológica... não! Não é por "precisar" ou por achar que "faz falta". Não é por que o status quo assim o exige ou porque está padronizado socialmente que assim deve acontecer... Não! Não é por isso.
Cheguei a um ponto intermédio, talvez um entroncamento ou bifurcação. 
Um tempo, uma "altura", talvez zona temporal e espiritual... a um estádio de definição e indefinição a que iremos chamar de middle-earth.
(não! não sou um geek do Lord of the ring's, mas a analogia serve)
Cheguei ao fim de uma estúpida existência juvenil. Um percurso solitário, adolescente e jovem feito simplesmente pela vontade de fazer "algo" e experimentar "coisas". Vida essa que nunca me compeliu a estabilizar, ou criar raízes profundas, e por isso, foi andando ao sabor de uma contra-corrente que me foi imposta. Fui fazendo o "estritamente necessário" para não ir andando para trás... mas nunca mais que isso!
Acho que ainda não exercitei a excelência... o potencial completo das minhas capacidades. Uma energia latente, escondida, irrequieta... uma força expectante na espera de um impulso ou necessidade!
Acabou-se a vontade casuística de fazer as coisas com a normalidade necessária. Preciso de um incentivo, de uma vontade "maior que vida", de um desfio, de uma obrigação ou vontade. Faz-me falta sentir que alguém depende de mim, e ter alguém por quem quero fazer mais, tudo e mais alguma coisa.
Sinto falta dos dramas estúpidos e dos telefonemas chatos. Tenho muitas saudades das preocupações constantes e dos desabafos correntes. Talvez sinta a nostalgia de me sentir importante, prestável... "preciso" ou necessário.
Fazia todo o sentido encontrar alguém que precisa-se de mim.
Alguém que seja independente o suficiente para me dar tempo, mas que no fundo quisesse mesmo ser amada, e que... também estivesse disposta a isso!
Na visão, talvez imaginária, da minha humilde e fragil existência, preciso de me sentir um farol para que todos os problemas que se apresentem pareçam apenas parafusos soltos para os quais tenho todas as chaves!
Quero, preciso ou tenho de me... apaixonar!