29 agosto 2011

O Primata vs. O Altruísta

     autor: desconhecido | fonte: pattybypatricia.zip.net
E no meio da conversa, entre os três, ela com os olhos no horizonte exclama como assertiva convicção: "O Homem só come aquilo que foge!"... deu-se um segundo, olhamos uns para os outros e largamos uma daquelas pequenas mas brilhantemente libertadoras risadas de grupo. Não resisti, mesmo tendo percebido à primeira, e reiterei: "O Homem... o quê!?"
Foi bonito... mesmo lindo! Uma frase tão curta, tão sucinta... mas optimamente descritiva e demonstradora da visão que as mulheres têm dos homens.
Parametrizando: Acompanhava duas amigas, deambulando a caminho do café, pela frente de mar há algumas semanas. Naturalmente, como nos conhecemos bem, íamos a falar do inevitável e sempre presente tema... e no meio de um qualquer raciocínio, uma delas "sai-se" com esta brilhante frase, que... além de ser interessante, deixou-me a pensar:
Será mesmo assim... tão linear, previsível e universal!?
Ou a realidade será mais profunda e diferenciada?
Pensando bem e revendo as minhas próprias experiências e os conhecimentos adquiridos por histórias de outros, acho que consigo dividir estes Homens em duas categorias e assim desmaterializar um pouco esta ideia inicial.
Assim, vou chamar aos tipos... o Primata e o Altruísta!
O Primata - à primeira vista, todos reconhecemos o Homem que, como pode "comer" aquilo que bem quer, rapidamente só se começa a interessar por aquilo que realmente lhe foge;
O Altruísta - num segundo plano temos o Homem que prefere esperar até encontrar aquela que quer "comer" para sempre, mas que normalmente está indisponível, porque anda a correr atrás do primata;
Admito e imagino outros tipos e diferentes sub-categorias destes Homens.
Mas aqui para nós... estes dois extremos servem-nos para ponderar bem e pensar um pouco mais nestas "coisas"...!
Entenda-se que o Primata consegue perpetuar esta verdadeira proeza, porque "aos olhos de quem o vê" ele é "bonito" ou antes "Bom" (tipo.. um pão!);
um "menino mau" ou o verdadeiro "mau da fita"; gajo rico/afortunado ou alheiamente despreocupado...
Pelo contrário, o Altruísta é martirizado por ser demasiado sensível ou estupidamente honesto; demasiado carinhoso ou intrinsecamente cavalheiro;
um "homem simples" ou simplesmente "normal"...
Assim, temos uma espécie de triângulo estúpido no qual dançam os relacionamentos... como que uma tempestade de areia, de onde esporadicamente, por acaso e com bastante sorte brotam alguns felizes e casuísticos casais.
Olhando bem... parece mesmo que a realidade é bem mais estranha que a ficção!
Não tenho um moral para esta história... até talvez seja mais uma desculpa para me retirar algum peso de cima, e assim aliviar a auto-comiseração! Mas quando comecei a pensar nisto, senti-o como verdadeiro e pessoal.
Nesta equação... no eixo do triângulo, estará o tempo e a consequente mudança de "expectativas" dos intervenientes! Mas o tempo é relativo... como tudo.

3 comentários:

  1. Percebo perfeitamente esta separação que fazes porque tem um cunho vincadamente pessoal, mas tenho de discordar dessa teoria de limitar a coisa a dois espécimens!
    Tiveo, desde sempre, um grande contacto com o sexo masculino devido a vários factores: não tenho irmãos/irmãs, mas em compensação tenho uma tonelada de primos (rapazes) e temos todos idades muito próximas pelo que acompanhei muitos dos deus devaneios, e eles os meus, claro!
    Além disso, devido à actividade que os meus pais têm, acabei por crescer sempre mais rodeada de rapazes. Tinha latente em mim um grande potencial de me tornar uma Maria Rapaz, mas, felizmente isso não aconteceu, e acabei sempre por ir sendo a "princesa" deles, como muitos carinhosamente me tratam.
    Este percurso de vida implica que, muitos dos meus amigos falam abertamente comigo acerca das mulheres com as quais se vão cruzando e, apesar de conhecer espécimens que se encaixam nessas duas teorias, existem outros por aí a deambular, nomeadamente: "O que se gaba mais do que aquilo que faz" (sendo que na maoiria das vezes não faz nada), "O que a "prega pela calada"" (conheço muitos, muitos, muitos), "O tímido" (que muitas vezes pede ajuda na forma de abordar uma rapariga, porque é um tipo fofinho) e, não tão raros quanto isso, "O não procuro ninguém e logo se vê o que a vida traz"... E é melhor ficar por aqui :)!!!
    Ainda assim, importa referir que, essa tua divisão não se aplica só aos homens, mas também às mulheres.
    O ser humano é um animal labiríntico e parece-me que os teus pensamentos estão a ficar menos clarividentes. Am I right?

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  2. Entendo-te, e por saber isso "admiti" a existências desses vários tipos. Eu nem gosto de "categorizar" pessoas, mas neste caso achei que a dicotomias dos dois extremos servia simplesmente para demonstrar que a tal frase não poderia ser lida de maneira tão simples...
    Em relação às mulheres... imagino que sim! Mas como sempre as "elevo" a um patamar divino, nunca me lembro de alguns defeitos...
    Não acho que sejam "menos clarividentes"... mas sinto que estou menos confiante na capacidade de "resolver" coisas. E daí ficar com os pensamentos algo "turvos".
    O verão fez-me mal, pois não cumpri algumas simples tarefas a que me tinha proposto, apareceu-me um problema físico recorrente e debilitante, ainda não consegui "aprovar" um projecto que poderia alterar radicalmente a minha vida profissional, etc.
    Agora, não sei é como consegues perceber isso!?

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  3. Era pra ter deixado aqui um outro comentário a pedir-te desculpa por escrever um comment quase tão longo como o teu prórpio post. Confesso que depois de o ler fiquei cansada :)
    Apesar de não comentar assim tanto quanto isso, acabo por ir acompanhando as diferentes fases da tua escrita, que no fundo reflectem os diferentes estados de espírito que vais atravessando, e aqui é notório, algum "retrocesso" na clareza dos teus pensamentos.
    Ela é Loira mas é espertita :)

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