27 maio 2011

Liberdade... ou meio de locomoção?

     autor: Andrea Damato | fonte: planetasustentavel.abril.com.br
Fiquei sem carro hoje!... Partiu-se a bomba da embraiagem, e tive de chamar o reboque para levar a "biatura", mais específicamente "pobre criatura metálica" com 10 anos e mais de 130 mil km's, ao seu doutor de jardineiras favorito!
É uma dessas coisas que nos acontecem normalmente, mas transformam-se num transtorno brutal por nunca estarmos à espera que aconteça... a nós!!!
Mas se eu fosse um gajo desleixado, e que não cuidasse do seu humilde bólide e o tratasse mal, eu até entendia... mas não é esse o meu caso!!! Há duas semanas foi fazer a revisão mais cedo que o normal e até tinha acabado de lhe "oferecer" uns belos e novos pneuzinhos... e ele faz-me isto!?!?...
Só mesmo nestas alturas compreendemos bem o quanto nos tornamos dependentes destas coisas... assim que senti que ia ficar sem meio de locomoção, comecei logo a pensar nas coisas que não poderia fazer, ou locais a que não poderia ir!... Mas acho que é só por ter acontecido isto, pois o mais provável era acabar por passar todo o fim-de-semana num raio de 3 Km de casa e simplesmente não ir a lado nenhum.
Então comecei a pensar... o carro seria um catalisador de uma liberdade latente ou apenas um simples meio de locomoção? Seria mais um meio libertador, pois permite fazer muito... no entanto, poderia fazer as mesmas coisas, indo de boleia ou de transportes... então seria uma desculpa! Agora não faz sentido.
Ponderei... e cheguei a um consenso! Não gosto muito de "pedir favores" e de estar sempre a chatear os amigos para ajudar com alguma coisa. Mas tenho a leve impressão que levo esse conceito a extremos, o que faz com que, por vezes, acabe por ficar (mais uma vez) demasiado restringido ao meu constrangedor auto-exílio! Não pode ser...
Vou fazer o contrário, e como não tenho carro, vou chatear alguém para me vir "buscar" e ir fazer alguma coisa!!! Nem que seja ir beber uma imperial...
Fiquei sem meio de locomoção, porque a vida hoje entregou-me limões... e assim, peguei nesses limões e transformei-os em "imperial"... eheh.

6 comentários:

  1. Ora aí está uma bela forma de dar a volta à situação ... os tristes acham que o vento geme, os alegres acham que ele canta :)

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  2. Desculpa invadir o teu blog. Não pude deixar de comentar. Gostei da forma como conseguiste ver o copo meio cheio. É, tambem, a minha fiosofia e devia ser a de todos.
    Ah, btw, entendo a tua descrição. Embora não esteja à procura de namorado (saí há 2 meses de uma relação tramada e agora quero dar descanso à cabeça por uns meses), também já percebi que tenho 32 anos (sim, sou mais velhinha) e ninguém para amar... Mas sabes que mais? Por um lado, ainda bem. Até em estarmos sós há um lado positivo: ninguém nos chateia, não temos de dar explicações a ninguém, não temos medo de nos magoarmos nem de magoarmos alguém... e temos tempo para nós, coisa que, muitas vezes, é subvalorizada :)
    Bjs e felicidades para ti.

    PS.- Oeiras? Hmmm... somos vizinhos :)

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  3. Não tens que pedir desculpa, eu é que agradeço a participação. Nem sempre vejo o copo "meio cheio", mas desta vez até resultou! Olha que Oeiras é grande... ;)

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  4. Como eu percebo o que custa o nosso bólide "pregar-nos umas partidas". Mas é mesmo assim... Eles não duram para sempre e vão acusando o desgaste, tal como nós... :)

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  5. Hugo, estás à espera de quê para convidar a Mary a sair?? ;)

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  6. Não creio que seja um comentário produtivo... ainda mais vindo de alguém que nem assina! Este blog não é uma "plataforma" para angariar arranjinhos.

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