20 maio 2011

Seria eu um bom pai...!?

     autor: desconhecido | fonte: osabetudo.com
Agora são bastantes... O último foi um colega de faculdade. Ainda há uns dias fiz umas contas e cheguei ao valor de 60%! Valor dos meus amigos mais próximos que já foram, ou estão para ser pais...
Já dei comigo a pensar nisso, talvez uma atitude normal de um homem da minha idade. Eu acredito mais ser um "lugar comum" em que nos apanhamos a pensar naquilo que nos faz falta ou que acho que ainda devemos fazer.
Acho que nunca me vi como um verdadeiro "homem de família", que gostaria de ter 3 ou 4 filhos e tudo o que isso acarreta. Não creio ter o jeito e ou facilidade o suficiente para tratar de crianças pequenas... acho e sinto que me intimidam!
Talvez seja mais um sinal de imaturidade...
Mas o que é certo, é que apesar disso tudo, algo no interior me faz sentir que estou em falta! Provavelmente será o sentido cívico a exercitar a sua força, para que a espécie perdure. Mas ao mesmo tempo, se sinto que não sou o homem que gostaria de ser, como heide eu de produzir e criar um indivíduo à minha semelhança? Não seria isso uma contradição...?
Claro que nem vou começar a falar da mulher ideal para ser a mãe... Se começar a avaliar a situação por esse prisma...nem quando tiver 40!
No outro dia, estava a ver um filme estúpido na televisão e apareceu-me a seguinte frase:
"Acredito que um homem só precisa de uma coisa para ser feliz. Alguém para Amar! Se não poder ter isso, então oferece-lhe algo para aspirar. Se não poder ter isso, então dá-lhe algo para fazer!"
Ora, sei que não sou feliz, e entendo que não tenho alguém para amar. Deveria aspirar a alguma coisa, mas deixei de o sentir a algum tempo. Talvez devesse fazer um filho, pois assim teria alguém para amar e sempre poderia aspirar a ser um bom pai!
Eu sei... não faz sentido! Pelo menos já plantei algumas árvores e devido a ter começado a escrever neste blog, ando a pensar se um dia conseguirei escrever um livro.
Duas em três não é mau...

6 comentários:

  1. Hugo, eu trabalho diariamente com crianças... Crianças essas, que fogem daquilo que a sociedade dita como sendo "normal". E esse é o maior dos desafios da paternidade/maternidade. Ser pai ou mãe de uma criança "diferente". São muitas as vezes em que os pais me perguntam se estão a fazer o melhor para seu filho, se poderiam dar mais deles próprios... As dúvidas fazem parte destes pais, da mesma forma que, não nesta perspectiva, obviamente, fizeram parte dos nossos próprios pais, e irão ensombrar-nos a nós quando chegar a altura de sermos pais e mães.
    E essa é uma pergunta, cuja resposta não é taxativa... ela vai-se tendo ao longo da vida

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  2. Curioso... a minha mãe, agora reformada, era professora de ensino especial. Agora, se seremos como os nosso pais, ou completamente diferentes? É uma boa pergunta! Nao obstante, acho que não seria capaz, pelo menos conscientemente, de trazer ao mundo uma criatura tão inocente. Especialmente nesta altura tão conturbada e distorcida... já sei...além irá dizer que sou derrotista... terei que aceitar!.
    O meu apreço por ti, por participares no crescimento de crianças!

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  3. Não sei se já alguma vez leste "A Insustentável leveza do ser" de Milan Kundera.
    Aconselho-te vivamente. Põe a nu a permanente inconstância com que o Homem se depara, entre "o bom e o mau", "o leve e o pesado", e mostra como é difícil a balança equilibrar-se.
    Bom fim-de-semana com sol e praia de preferência ;)

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  4. Já tinha pensado nisso, pois já ouvi falar bastante... Vou ver se o faço!

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  5. Aconselho vivamente. Volta e meia releio-o

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  6. gostei de visitar este blog...
    escreve tudo o que pensa e com um leveza extraordinária!
    vou continuar a visitar, e se quer a minha opinião... deve avançar com o livro!

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